Créditos: Alê Bastos/Mandato Fábio Felix. O Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento do Distrito Federal (IAB-DF) participou, nesta terça-feira (18/03), de uma reunião na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), atendendo ao convite do deputado distrital Fábio Félix. O encontro teve como principal objetivo a apresentação da proposta do parlamentar para a realização de uma sessão solene em homenagem aos 65 anos do IAB-DF, celebrados no próximo dia 20 de março. A entidade foi recebida pelo deputado e por seu chefe de gabinete, Thiago Carvalho Pereira.
Fundado em 1960, antes mesmo da inauguração oficial de Brasília, o IAB-DF tem desempenhado um papel fundamental na luta pelo desenvolvimento urbano e territorial sustentável e socialmente justo, na defesa do patrimônio cultural e no direito à cidade e à arquitetura. Além disso, a entidade tem sido protagonista na organização de concursos públicos para projetos arquitetônicos, incluindo a seleção do Plano Piloto de Brasília. Política Distrital de Arborização Urbana Durante a reunião, o presidente do IAB-DF, Luiz Eduardo Sarmento, elogiou a iniciativa do deputado Fábio Félix referente ao Projeto de Lei Complementar que institui a Política Distrital de Arborização Urbana e de Combate às Desigualdades Ambientais. A proposta busca ampliar a cobertura vegetal em áreas urbanas do Distrito Federal, reduzir desigualdades ambientais e mitigar os impactos das mudanças climáticas. Dados apresentados pelo parlamentar apontam uma disparidade significativa na distribuição de áreas verdes no DF. Regiões centrais, como o Plano Piloto, possuem uma arborização consolidada, enquanto áreas periféricas apresentam cobertura vegetal reduzida. Entre 2023 e 2024, por exemplo, foram plantadas 7.841 árvores no Plano Piloto, em contraste com apenas 18 em Santa Maria e 16 em Samambaia. "A arborização urbana deve ser um direito de todos, pois impacta diretamente a qualidade de vida da população, reduzindo ilhas de calor, melhorando a umidade do ar e contribuindo para a biodiversidade", ressaltou Fábio Félix. Visita aos Conjuntos Habitacionais no Sol Nascente O deputado também relatou sua recente visita aos trechos 1 e 2 do Sol Nascente, onde conheceu os conjuntos habitacionais entregues pelo programa Minha Casa Minha Vida. Ele destacou a qualidade arquitetônica dos projetos, escolhidos por meio de concursos públicos nacionais promovidos pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (CODHAB) entre 2015 e 2019, com apoio do IAB-DF, que atendeu a um convite do Governador Rodrigo Rollemberg. "Foi emocionante ver moradias bem projetadas para famílias de baixa renda, com ventilação cruzada, fachadas bem desenhadas, pátios internos e comércios no térreo. Esse tipo de habitação digna deveria ser regra, e não exceção", afirmou Félix. O parlamentar comprometeu-se a auxiliar na divulgação dessas iniciativas arquitetônicas bem-sucedidas, que muitas vezes não recebem a devida atenção da mídia e acabam desconhecidas pelo grande público. Promoção da Diversidade e Segurança Urbana Outro tema abordado na reunião foi a segurança nas passagens subterrâneas do Eixão. A conselheira do IAB-DF, Luísa Coelho, ressaltou a vulnerabilidade das mulheres nesses espaços e defendeu soluções para tornar o ambiente urbano mais seguro. "Precisamos garantir que as cidades sejam planejadas levando em consideração a segurança de todas as pessoas, especialmente das mulheres, que são mais expostas a riscos nesses locais", destacou. Ela também mencionou ações do IAB-DF em parceria com a Universidade de Brasília (UnB) e o Ministério das Mulheres, voltadas para a promoção da diversidade e da equidade de gênero no planejamento urbano. Sessão Solene em Homenagem ao IAB-DF A reunião foi considerada produtiva e apontou para futuras parcerias ao longo de 2025, aproveitando o aniversário de 65 anos do IAB-DF e de Brasília como um momento de reflexão e ação. O deputado Fábio Félix reforçou a importância da atuação do IAB-DF na construção de uma cidade mais democrática e sustentável e confirmou a realização da sessão solene em homenagem à entidade e aos profissionais que, ao longo de seis décadas e meia, contribuíram voluntariamente para a qualificação dos espaços urbanos no Distrito Federal e no Brasil. O evento será uma oportunidade para reconhecer a relevância do IAB-DF e fortalecer o debate sobre o futuro da arquitetura e do urbanismo na capital federal.
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O Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento do Distrito Federal (IAB-DF) recebeu, na última sexta-feira (14/03/2025), em sua sede, uma delegação da União Europeia para discutir possíveis parcerias na promoção da arquitetura e do urbanismo. O encontro teve como objetivo estabelecer iniciativas de intercâmbio no DF, tanto para divulgar a produção local quanto para trazer a Brasília exposições e eventos sobre a arquitetura europeia.
A reunião contou com a presença de Noelia Barriuso, Team Leader no programa de Diplomacia Pública da UE no Brasil; Stephanie Horel, Programme Officer do programa de Diplomacia Pública da UE no Brasil; e do premiado arquiteto Laurent Troost, consultor do programa de Diplomacia Pública da UE no Brasil para a Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo. Pelo IAB-DF, estiveram presentes o presidente Luiz Eduardo Sarmento, a conselheira e coordenadora de Assuntos Culturais Internacionais do IAB-DF, arquiteta Luiza Dias Coelho, e o assessor, arquiteto João Schincariol. Durante o encontro, também foi debatida a importância de consolidar Brasília como uma cidade da arquitetura, do urbanismo e do design, fortalecendo sua vocação para sediar exposições e eventos que ampliem o debate sobre esses temas. Reconhecida mundialmente por sua relevância urbanística e arquitetônica, listada pela Unesco como Patrimônio Mundial e protegida por tombamentos em nível nacional e distrital, Brasília tem potencial para intensificar sua agenda de eventos voltados à arquitetura e ao urbanismo. A ideia é fomentar conexões entre profissionais e instituições do Brasil e da Europa, promovendo discussões e trocas de experiências por meio de exposições, seminários e outras iniciativas culturais. Em maio, será inaugurada em Brasília a exposição com os projetos vencedores do Prêmio Mies van der Rohe, premiação promovida pela União Europeia para a Arquitetura Contemporânea. No âmbito da exposição, o IAB-DF promoverá, em conjunto com a Embaixada da União Europeia, um seminário sobre arquitetura contemporânea em Brasília. Novos desdobramentos serão divulgados em breve. Acompanhe as redes sociais e o site do IAB-DF para mais informações. O projeto vencedor do Concurso Público Nacional de Arquitetura "Habitação de Interesse Sustentável", promovido pela Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ) em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e organizado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil - Departamento do Distrito Federal (IAB-DF) em 2021, será implantado em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. A proposta inovadora dará origem ao primeiro condomínio habitacional sustentável do Brasil, beneficiando 164 famílias com renda de até três salários-mínimos. No final de fevereiro de 2025 a Prefeitura de Campo Grande assinou o contrato para dar início às obras do conjunto de interesse social, que será construído no Bairro Paulo Coelho Machado, na Avenida dos Cafezais e, tudo indica, será um marco na habitação para baixa renda no país. O projeto prevê 3 tipologias distintas, todas com varandas. Também integra soluções como uso de energia solar fotovoltaica, captação de água da chuva, abundância de áreas verdes e espaços drenantes para águas pluviais e orientação solar que minimiza insolação direta nos imóveis, além de um modelo de autogestão financeira, garantindo a sustentabilidade do empreendimento. O conjunto contará com 164 apartamentos, 15 lojas e quatro espaços destinados a equipamentos públicos. As obras terão início imediato e prazo de conclusão de 18 meses. Projeto inovador e modelo para o Brasil O Concurso Público Nacional de Arquitetura "Habitação de Interesse Sustentável" resultou em três projetos premiados em primeiro lugar. Entre os três projetos selecionados para serem implantados como protótipos do Programa Casa Verde e Amarela, o de Campo Grande foi escolhido por atender plenamente aos critérios estabelecidos. O concurso avaliou quatro eixos principais: eficiência energética, industrialização, adaptabilidade e custo. O objetivo é garantir conforto ambiental, reduzindo custos e consumo de energia, tornando-se uma referência para futuras construções sustentáveis no país. O projeto incorpora diversas soluções sustentáveis, como fachada ativa com espaços comerciais voltados para a Avenida dos Cafezais, praças e jardins, pátios drenantes, horta comunitária, bicicletário, pisos ecológicos e tecnologias para eficiência energética. O sistema de captação de água da chuva para reuso é mais um elemento que reforça o compromisso ambiental do projeto. Paula Vilela e Souza, arquiteta e urbanista responsável pela proposta vencedora, destacou a importância do concurso. “É de grande importância poder celebrar esta premiação. É bacana ter três bons projetos sendo premiados, três propostas de altíssima qualidade que servirão de modelo para podermos construir boas arquiteturas dentro desse tema chave da habitação de interesse social. Será um momento de celebrar a ousadia desse concurso”. A iniciativa reforça o modelo de concursos públicos como a melhor forma de licitação pública para escolha de projetos arquitetônicos e urbanísticos, garantindo transparência no certame e qualidade dos produtos contratados. O presidente do IAB-DF, arquiteto e urbanista Luiz Eduardo Sarmento, observou que “a construção desse conjunto habitacional vai adicionar mais uma obra de interesse social de referência no país, cujo projeto foi escolhida por meio de concurso público nacional”, lembrando que no DF recentemente dois conjuntos habitacionais, também oriundos de concurso, foram entregues no Sol Nascente, nos trechos 1 e 2, “obras que mostram que quando a contratação do projeto é feita de forma democrática e priorizando critérios técnicos, é possível construir habitações de interesse social para a faixa 1 do MCMV com qualidade arquitetônica e dentro do orçamento disponível”. Conheça o projeto vencedor: https://drive.google.com/file/d/1TeHYHk7zPnWa80bgJFuXcv8M2ez0Nrl-/view?usp=sharing Em 21 de fevereiro, a professora Sabrina Fontenele apresentou a palestra "Um olhar sobre os arquivos e a construção de narrativas" no auditório Ernesto Walter, na UnB. Sabrina discorreu principalmente sobre sua experiência na valorização dos acervos documentais de arquitetura da USP e do IAB/SP.
Essa palestra fez parte do projeto Revela, que visa promover a organização, a catalogação e o tratamento técnico do acervo documental do IAB/DF, e contou com o apoio do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UnB (PPG-FAU) e do Laboratório de Pesquisa em Acervos e Arquivos (Lupa) da FAU-UnB. O projeto Revela é patrocinado pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal (CAU/DF), por meio do Edital CAU/DF 2/2024. Legenda: Eder Alencar, Matheus Seco e Luciana Saboia © Maressa Andrioli Fundação Bienal de São Paulo A partir do projeto curatorial Intelligens. Natural. Artificial. Collective, idealizada pelo curador Carlo Ratti, a Bienal de Arquitetura de Veneza 2025 deste ano se aprofunda nas três dimensões da inteligência - natural, artificial e coletiva, propondo a comunidade arquitetônica global a discutir soluções para o desafio premente das mudanças climáticas. No contexto desta edição, a Fundação Bienal de São Paulo anuncia o projeto curatorial e o título da exposição que ocupará o Pavilhão do Brasil no evento. Com o nome (RE)INVENÇÃO, a mostra conta com a curadoria da arquiteta Luciana Saboia e dos arquitetos Matheus Seco e Eder Alencar, do grupo Plano Coletivo. O projeto parte de uma reflexão sobre as recentes descobertas arqueológicas de infraestruturas ancestrais do território amazônico para considerar as contradições e questionar condições socioambientais da cidade contemporânea. Os curadores são egressos da Universidade de Brasília. Todos possuem um grande repertório de projetos em diferentes áreas de atuação profissional na arquitetura, destacando-se o trabalho dos escritórios brasilienses ARQBR Arquitetos e BLOCO Arquitetos, dos quais Eder e Matheus são, respectivamente, sócio-fundadores. Já a arquiteta Luciana Saboia, que é professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília, possui pesquisas acadêmicas e projetos de grande relevância para a área. Segundo o site do Coletivo: O Plano Coletivo é um grupo de arquitetos, professores e pesquisadores que possuem interesses e formações diversos e colaboram de forma livre em torno de dois objetivos comuns: discutir o território urbano como narrativa crítica e refletir sobre arquitetura como ação socioambiental. É com essa bagagem e preocupação que o trio de curadores optou por nomear a exposição de (RE)INVENÇÃO, tratada em dois atos e descrita como a construção de uma narrativa que atravessa tempos e territórios. Serão, segundo os autores, exploradas as mais diversas interpretações de infraestrutura e paisagem, como aquelas realizadas pelos povos indígenas há mais de 10 mil anos, como também projetos, pesquisas e práticas em arquitetura que trabalham a ressignificação da cidade. Uma das formas de retratar as influências brasilienses e da região centro-oeste na exposição foi a Plataforma-Jardim, descrita pelos profissionais como uma estrutura linear com jardim em toda a sua extensão, que anteriormente necessitava de constante irrigação, foi substituída por espécies nativas ou adaptadas à temporalidade do Brasil Central. O jardim naturalista de flores, capins e plantas savânicas nasce, cresce, floresce e seca acompanhando a sazonalidade do bioma do Planalto Central em uma grande plataforma existente de estrutura pré-moldada em concreto protendido. ![]() Estudos de pesos e contrapesos, 2025, Plano Coletivo / © cortesia Fundação Bienal de São Paulo. O grupo Plano Coletivo ainda conta com a participação de outros arquitetos, professores e pesquisadores. Três deles também são egressos da Universidade de Brasília: André Velloso (sócio do ARQBR), Daniel Mangabeira e Henrique Coutinho (sócios do BLOCO) são membros do grupo e colaboram diretamente com o projeto. A decisão sobre quem representa o país na Bienal é feita através de um Comitê estabelecido pela Fundação Bienal de São Paulo, que conta com representantes da própria Fundação, do Instituto de Arquitetos do Brasil - IAB e dos Ministérios da Cultura e das Relações Exteriores. A participação do Brasil na Bienal é viabilizada por uma parceria entre a Fundação e os Ministérios. É possível ver mais do projeto e ter atualizações através do site da Bienal e da página dos Arquitetos no Instagram: @ederalencar @saboia_luciana @matheusseco 1. Perspectiva interna (RE)INVENÇÃO / © cortesia dos autores, Fundação Bienal São Paulo;
2. Geoglifos encontrados no estado do Acre, Brasil, 2022, Diego Gurgel / © cortesia do fotógrafo; 3. “Plataforma Jardim” - Jardim de Sequeiro – ICC, realizado por Julio Pastore e Oscar Niemeyer, 2021, Joana França / © cortesia da fotógrafa; 4. Arrimo Habitado - Restaurante oati, realizado por Lina Bo Bardi e João Filgueiras Lima, 2014, Joana França © / cortesia da fotógrafa; 5.Jardim de Sequeiro, Instituto Central de Ciências, Universidade de Brasília, Brasil, 2023, Julio Pastore / © cortesia do fotógrafo Está em curso, nos arquivos do Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento do Distrito Federal (IAB/DF), o projeto Revela, que visa promover a organização, a catalogação e o tratamento técnico do acervo documental do IAB/DF. Essas ações têm permitido a descoberta de documentos relevantes para a história do IAB ou da arquitetura e do urbanismo.
Durante a triagem dos documentos, encontramos projetos da Novacap do início da década de 60 para o Plano Piloto. O projeto do setor de embaixadas, por exemplo, mostra que a ideia original deixaria as representações diplomáticas muito mais isoladas do resto da cidade do que a realidade atual – os lotes só seriam acessíveis pelo início ou pelo fim da asa sul. A distribuição dos lotes, porém, foi pouco alterada, com as embaixadas do Vaticano e de Portugal destacadas das demais. Podemos notar que o lote onde foi construída a embaixada da União Soviética/Rússia não havia sido previsto nesse projeto da Novacap. Outro documento interessante é a planta de numeração das superquadras. Essa planta já mostra uma evolução quanto ao desenho submetido por Lucio Costa, ganhador do concurso. Aqui vemos a previsão das superquadras 400, 500 e 700, ainda que as 600 e as 900 estejam ausentes. Conforme ilustrado no detalhe, havia também previsão de construção das superquadras 101 a 401, que acabaram sendo destinadas a outros usos. Não havia previsão de comércio local para as quadras 400, e as superquadras 216 e 416 tampouco existiriam. O projeto Revela conta com o patrocínio do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal (CAU/DF), por meio do Edital CAU/DF 2/2024. Os acervos de arquitetura têm se mostrado fonte de pesquisa tanto para questões já consolidadas, como história da arquitetura e urbanismo, quanto para temas contemporâneos como sustentabilidade, acessibilidade, preservação do patrimônio e a relação entre arquitetura e sociedade fomentando a reflexão crítica sobre o passado, o presente e o futuro da área. Além disso, são base para os trabalhos de preservação de patrimônio cultural, revelando informações fundamentais para qualquer trabalho de preservação e restauro.
A análise de desenhos técnicos, croquis, perspectivas, fotografias, memoriais, maquetes, cartas, diários e outros documentos permite revisitar obras, percursos de autores, relações entre projetos não apenas de autores consagrados, mas de (re)descobrir personagens e projetos invisibilizados que revelam narrativas para além das consagradas pela historiografia. Permite propor dinâmicas diversas das estabelecidas, num contínuo processo de pesquisa e crítica do campo. O Instituto de Arquitetos do Brasil, departamento do Distrito Federal, então, convida a todas e todos para a palestra "Um olhar sobre os arquivos e a construção de narrativas" a ser realizada no dia 21 de fevereiro, sexta-feira, às 17h30 no auditório Ernesto Walter - FAU UnB. Essa palestra busca discutir como estas aproximações podem se desdobrar em exposições, publicações, revisões e discussões atualizadas que enriquecem o debate sobre o papel da arquitetura e do urbanismo em nossa sociedade em um arco temporal que engloba o projeto, a construção e o transcorrer do tempo. A palestrante será Sabrina Fontenele, do Instituto Tomie Ohtake e da Escola da Cidade. Fontenele é arquiteta e urbanista pela Universidade Federal do Ceará, com mestrado e doutorado pela FAUUSP e pós-doutorado no IFCH Unicamp. Autora dos livros "Modos de morrer nos apartamentos modernos: rastros da modernidade", "Edifícios modernos e o traçado urbano no Centro de São Paulo" e do livro infantil "Jacaré Fujão no Triângulo". Atuou como Diretora de Cultura do IABsp (2020-2022) e co-curadora da 13ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo - Travessias. Professora de História da arquitetura do Escola da Cidade. Faz parte da equipe de curadoria do Instituto Tomie Ohtake. Essa palestra faz parte do projeto Revela, que visa promover a organização, a catalogação e o tratamento técnico do acervo documental do IAB/DF. Essas ações têm permitido a descoberta de documentos relevantes para a história do IAB ou da arquitetura e do urbanismo. O projeto Revela conta com o patrocínio do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal (CAU/DF), por meio do Edital CAU/DF 2/2024. Quando Sexta-feira. 21/02 17h30 Onde Auditório Ernesto WAlter FAU Unb O Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal (IHG-DF) e o Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento do Distrito Federal (IAB-DF) assinaram, na última terça-feira (11), um Acordo de Cooperação Técnica. A solenidade ocorreu na sede do IHG-DF, na Asa Sul, e contou com a apresentação da marca e do selo comemorativo dos 65 anos do Instituto.
O IHG-DF foi fundado em 8 de dezembro de 1960, mesmo ano da criação do IAB-DF, ocorrido um pouco antes, em 20 de março. A identidade visual da efeméride foi desenvolvida por Luiz Eduardo Sarmento, presidente do IAB-DF, que formalizou a doação do trabalho durante o evento. A cerimônia reuniu, na mesa de honra, o presidente do IHG-DF, Paulo Castelo Branco, além do diretor de Relações Institucionais, Sr. Jorge Cartaxo, e da diretora do Centro de Documentação da entidade, Sra. Lenora Barbo. Pelo IAB-DF, participaram o presidente Luiz Eduardo Sarmento. O ato contou ainda com a assinatura de testemunhas, os arquitetos Antônio Carlos Moraes de Castro e Sylvia Ficher. O acordo de cooperação entre as instituições tem como objetivo fortalecer a parceria para a promoção de atividades técnicas e culturais, com foco inicial na preservação da memória e do patrimônio cultural de Brasília, bem como na organização dos acervos históricos das entidades, que contam com importantes - e ainda pouco conhecidos - documentos sobre a capital. Entre os documentos preservados pelo IHG-DF, destacam-se registros e instrumentos do engenheiro Joffre Mozart Parada, utilizados na demarcação do marco zero de Brasília, além da ata de fundação do Instituto, assinada por Juscelino Kubitschek. Já no acervo do IAB-DF, encontra-se um documento inédito de 1922, no qual os arquitetos fundadores da entidade defendem a escolha do projeto de Brasília por meio de concurso público e a contratação da obra via licitação – um registro relevante sobre a atuação da categoria na defesa de boas práticas para projetos e obras públicas. A parceria entre o IHG-DF e o IAB-DF, firmada em um ano de celebrações e reflexões sobre a história da capital, representa um importante passo na valorização e preservação da memória de instituições que ajudaram a construir e consolidar Brasília e que agora buscam construir caminhos para um futuro mais justo e qualificado para o DF. Crédito das Imagens: IHG-DF ![]() Instituto de Arquitetos do Brasil - Departamento do Distrito Federal, é eleito para mais um mandato no Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan). Quatro entidades da sociedade civil organizada foram escolhidas para preencher as vagas remanescentes no Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan) para o mandato 2025-2026. A votação ocorreu nesta quinta-feira (16), durante reunião pública realizada na sede da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh-DF). A reunião pública foi conduzida pelo secretário adjunto substituto de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Daniel Rito. Quatro entidades foram eleitas: • Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal (CAU/DF); • Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Distrito Federal (Crea/DF); • Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico do Distrito Federal (Codese/DF); • Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento do Distrito Federal (IAB/DF). O Conplan é um órgão colegiado de caráter consultivo e deliberativo, responsável por auxiliar a administração pública na formulação, análise, acompanhamento e atualização das diretrizes e instrumentos de implementação da política territorial e urbana. O conselho é composto por 34 membros, sendo 17 representantes da sociedade civil, selecionados por meio de chamamento público, e 17 representantes do poder público. A ativa participação do IAB-DF no Conplan nas últimas décadas tem focado em garantir a qualidade dos projetos arquitetônicos e urbanísticos para o DF, a gestão participativa do espaço urbano, a preservação do patrimônio cultural e a sustentabilidade ambiental nos espaços construídos e justiça territorial. Com o resultado da eleição, que garantiu mais um mandato ao IAB-DF, o presidente da entidade, arquiteto e urbanista Luiz Eduardo Sarmento observou que "o IAB, mais uma vez, terá a oportunidade de contribuir, com seu conhecimento técnico acumulado ao longo de 65 anos em Brasília, com a qualificação dos espaços construídos e naturais do DF e com a qualidade de vida da população", destacando que "a luta pelo direito à cidade e à arquitetura são bandeiras históricas do IAB. Seguiremos hasteando essas bandeiras nesse importante conselho". *Com informações da Agência BrasíliaClique aqui para editar. | Amílcar Coelho Chaves |
23 de maio de 1944 - 9 de janeiro de 2025 O Instituto de Arquitetos do Brasil - Departamento do Distrito Federal (IAB/DF) e a Direção Nacional do IAB lamentavelmente cumprem o doloroso dever de comunicar o falecimento do abnegado ativista Amilcar Coelho Chaves. Pioneiro de Brasília que, ainda adolescente, aqui chegou com a família antes da inauguração da cidade. Ingressou na UnB em 1963, nas primeiras turmas, e se graduou em arquitetura e urbanismo em 1967. Foi presidente do IAB/DF no início da década de 70 e logo em seguida Secretário Geral da Direção Nacional do IAB e, por diversas gestões, foi conselheiro nacional da entidade, integrando o Conselho Superior (COSU-IAB). Especialmente na década de 70, Amílcar desempenhou importante papel no debate público em defesa do projeto urbanístico original para Brasília e de um desenvolvimento urbano com qualidade para o DF. Foi um dos organizadores do I Seminário de Estudos dos Problemas Urbanos de Brasília, realizado no Senado Nacional em 1974, evento que contou com a presença de Lucio Costa e outros arquitetos e urbanistas proeminentes. Em seu discurso no evento, Amílcar destacou a urgência de um “planejamento urbano unificado e abrangente de Brasília e sua região”, tema que segue absolutamente atual. O arquiteto foi um incansável lutador pela volta da democracia no Brasil. Deixa um legado de relevantes e inestimáveis serviços prestados para as organizações de arquitetos e urbanistas do país e importantes contribuições para a compreensão e debates dos problemas urbanos e ambientais desta cidade que adotou e ajudou a construir. Em agosto de 2024, por sugestão do IAB/DF, Amílcar foi um dos homenageados no Senado Federal na Sessão Solene em comemoração aos 50 anos do seminário de 1974. Para o presidente do IAB/DF, arquiteto Luiz Eduardo Sarmento, “a perda de Amílcar representa uma enorme vazio, não apenas por um dedicado colega às causas da profissão, mas de um pioneiro de Brasília que lutou incansavelmente contra as iniciativas governamentais, principalmente no período da Ditadura Militar, quando a UnB e o projeto de Lucio Costa para o Plano Piloto de Brasília estavam sendo ameaçados de serem completamente descaracterizados. Nos últimos meses Amílcar estava empenhado em ajudar o IAB/DF no registro da história da arquitetura e urbanismo em Brasília, com destaque para os momentos mais duros da ditadura militar mas também resgatando as propostas formuladas pelo instituto para a melhoria dos espaços urbanos de Brasília e pela qualidade de vida da população do DF.” Sentiremos sempre sua falta. Resquiecat In Pace, valoroso companheiro. |
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