Instituto de Arquitetos do Brasil - Departamento do Distrito Federal, é eleito para mais um mandato no Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan). Quatro entidades da sociedade civil organizada foram escolhidas para preencher as vagas remanescentes no Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan) para o mandato 2025-2026. A votação ocorreu nesta quinta-feira (16), durante reunião pública realizada na sede da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh-DF). A reunião pública foi conduzida pelo secretário adjunto substituto de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Daniel Rito. Quatro entidades foram eleitas: • Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal (CAU/DF); • Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Distrito Federal (Crea/DF); • Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico do Distrito Federal (Codese/DF); • Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento do Distrito Federal (IAB/DF). O Conplan é um órgão colegiado de caráter consultivo e deliberativo, responsável por auxiliar a administração pública na formulação, análise, acompanhamento e atualização das diretrizes e instrumentos de implementação da política territorial e urbana. O conselho é composto por 34 membros, sendo 17 representantes da sociedade civil, selecionados por meio de chamamento público, e 17 representantes do poder público. A ativa participação do IAB-DF no Conplan nas últimas décadas tem focado em garantir a qualidade dos projetos arquitetônicos e urbanísticos para o DF, a gestão participativa do espaço urbano, a preservação do patrimônio cultural e a sustentabilidade ambiental nos espaços construídos e justiça territorial. Com o resultado da eleição, que garantiu mais um mandato ao IAB-DF, o presidente da entidade, arquiteto e urbanista Luiz Eduardo Sarmento observou que "o IAB, mais uma vez, terá a oportunidade de contribuir, com seu conhecimento técnico acumulado ao longo de 65 anos em Brasília, com a qualificação dos espaços construídos e naturais do DF e com a qualidade de vida da população", destacando que "a luta pelo direito à cidade e à arquitetura são bandeiras históricas do IAB. Seguiremos hasteando essas bandeiras nesse importante conselho". *Com informações da Agência BrasíliaClique aqui para editar.
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| Amílcar Coelho Chaves |
23 de maio de 1944 - 9 de janeiro de 2025 O Instituto de Arquitetos do Brasil - Departamento do Distrito Federal (IAB/DF) e a Direção Nacional do IAB lamentavelmente cumprem o doloroso dever de comunicar o falecimento do abnegado ativista Amilcar Coelho Chaves. Pioneiro de Brasília que, ainda adolescente, aqui chegou com a família antes da inauguração da cidade. Ingressou na UnB em 1963, nas primeiras turmas, e se graduou em arquitetura e urbanismo em 1967. Foi presidente do IAB/DF no início da década de 70 e logo em seguida Secretário Geral da Direção Nacional do IAB e, por diversas gestões, foi conselheiro nacional da entidade, integrando o Conselho Superior (COSU-IAB). Especialmente na década de 70, Amílcar desempenhou importante papel no debate público em defesa do projeto urbanístico original para Brasília e de um desenvolvimento urbano com qualidade para o DF. Foi um dos organizadores do I Seminário de Estudos dos Problemas Urbanos de Brasília, realizado no Senado Nacional em 1974, evento que contou com a presença de Lucio Costa e outros arquitetos e urbanistas proeminentes. Em seu discurso no evento, Amílcar destacou a urgência de um “planejamento urbano unificado e abrangente de Brasília e sua região”, tema que segue absolutamente atual. O arquiteto foi um incansável lutador pela volta da democracia no Brasil. Deixa um legado de relevantes e inestimáveis serviços prestados para as organizações de arquitetos e urbanistas do país e importantes contribuições para a compreensão e debates dos problemas urbanos e ambientais desta cidade que adotou e ajudou a construir. Em agosto de 2024, por sugestão do IAB/DF, Amílcar foi um dos homenageados no Senado Federal na Sessão Solene em comemoração aos 50 anos do seminário de 1974. Para o presidente do IAB/DF, arquiteto Luiz Eduardo Sarmento, “a perda de Amílcar representa uma enorme vazio, não apenas por um dedicado colega às causas da profissão, mas de um pioneiro de Brasília que lutou incansavelmente contra as iniciativas governamentais, principalmente no período da Ditadura Militar, quando a UnB e o projeto de Lucio Costa para o Plano Piloto de Brasília estavam sendo ameaçados de serem completamente descaracterizados. Nos últimos meses Amílcar estava empenhado em ajudar o IAB/DF no registro da história da arquitetura e urbanismo em Brasília, com destaque para os momentos mais duros da ditadura militar mas também resgatando as propostas formuladas pelo instituto para a melhoria dos espaços urbanos de Brasília e pela qualidade de vida da população do DF.” Sentiremos sempre sua falta. Resquiecat In Pace, valoroso companheiro. Está em curso, nos arquivos do Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento do Distrito Federal (IAB/DF), o Projeto Revela, que visa promover a organização, a catalogação e o tratamento técnico do acervo documental do IAB/DF. Essas ações têm permitido a descoberta de documentos relevantes para a história do IAB ou da arquitetura e do urbanismo.
Durante a triagem dos documentos, encontramos o anteprojeto para o Hospital de Oncologia de Natal, de autoria do arquiteto Gilson Paranhos, ex-presidente do IAB. Segundo Gilson, esse projeto teve toda a conceituação do arquiteto João Filgueiras Lima, o Lelé. Uma das características marcantes do edifício seriam os solários, em níveis alternados, em cada extremidade. Gilson Paranhos relata que foi indicado por Lelé para desenvolver esse projeto. “Os detalhes conceituais saíram da cabeça de Lelé. Os solários, por exemplo, vêm das varandas do Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília. Essa solução permite criar um espaço ao ar livre onde os pacientes podem tomar sol”. Também chama a atenção a proposta de ventilação, que permite reduzir o risco de disseminação de infecções. O ar sairia das galerias de utilidades no subsolo, cruzando a edificação verticalmente e saindo por meio de sheds, localizados no teto, por convecção. Nota-se que é um projeto pensado para uma construção industrializada, nos moldes dos projetos da Fábrica de Equipamentos Comunitários (FAEC), de Lelé. Gilson complementa que “o projeto foi concebido para ser modular. As primeiras formas chegaram a ser executadas, mas no final acabou sendo construído de forma tradicional”. No local do projeto hoje encontra-se o Instituto de Ensino, Pesquisa e Inovação da Liga Contra o Câncer. O Projeto Revela conta com o patrocínio do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal (CAU/DF), por meio do Edital CAU/DF 2/2024. Está em curso, nos arquivos do Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento do Distrito Federal (IAB/DF), o Projeto Revela, que visa promover a organização, a catalogação e o tratamento técnico do acervo documental do IAB/DF. Essas ações têm permitido a descoberta de documentos relevantes para a história do IAB ou da arquitetura e do urbanismo. Encontramos, por exemplo, diversas pranchas do projeto definitivo (à época) do IAB, a Casa dos Arquitetos de Brasília, de autoria de Oscar Niemeyer, aprovado pelo GDF (Governo do Distrito Federal) para iniciar obras.
O projeto de Niemeyer previa um térreo com lojinhas em ilhas dispostas em um pilotis de livre circulação. No subsolo haveria 11 salas comerciais para aluguel ou venda pelo IAB e grande salão de exposições. No primeiro piso existiriam mais 13 salas comerciais. No segundo pavimento, em salas integradas com jardins, Niemeyer pensou as sedes do IAB Nacional e do IAB/DF, com secretaria compartilhada, além de uma biblioteca, um espaço de estar e um restaurante. A Casa dos Arquitetos seria construída em terreno de propriedade do IAB na W3 norte, quadra 509. Esse projeto, infelizmente, nunca foi realizado. Em abril de 1977 o terreno foi vendido. Essa venda permitiu a compra de um lote na quadra 603, na L2 sul, em Brasília, onde deveria ser construída nova sede definitiva do IAB. Por sua vez, essa nova sede tampouco foi construída. Atualmente o IAB/DF está localizado em salas comerciais do Setor Comercial Sul – por ironia, no edifício Oscar Niemeyer. O Projeto Revela conta com o patrocínio do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal (CAU/DF), por meio do Edital CAU/DF 2/2024. O Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento do Distrito Federal (IAB/DF) acumulou documentação significativa desde os anos 60. No entanto, devido à limitação de recursos, seu acervo documental nem sempre contou com boas condições de guarda. Em meados da década de 2010, os documentos encontravam-se mal-acondicionados e dispersos em três imóveis: na sede social da entidade, localizada na SGAS 603; no escritório do Instituto (sala 206) e no depósito (sala 202), ambos localizados no edifício Oscar Niemeyer, no Setor Comercial Sul.
A dispersão do acervo do IAB/DF, misturado a outros objetos sem relação com os de interesse cultural, era um problema a ser resolvido para salvaguarda da documentação relevante. O acervo que se encontrava na sede, em particular, estava sob grande risco, devido à presença de umidade excessiva, bem como à infestação de roedores e xilófagos. A reunião do acervo do IAB/DF em espaço único ocorreu em junho de 2017, quando o conjunto de arquivos e parte da biblioteca encontrada na sede (SGAS 603) foram transferidos para o escritório do edifício Oscar Niemeyer. Pela primeira vez em décadas, o acervo documental do IAB/DF estava reunido em um mesmo endereço, sob melhores condições de guarda e conservação, o que permitiu conhecer sua real dimensão. Desde 2017, várias iniciativas foram colocadas em operação para valorizar o acervo. Atualmente, o IAB/DF está executando o Projeto Revela, que deverá organizar, tratar e catalogar os documentos do Instituto. Ao final do projeto, o acervo estará sistematizado, e será publicado um catálogo dos documentos disponíveis. O Projeto Revela tem permitido a descoberta de documentos relevantes para a história do IAB ou da arquitetura e do urbanismo. Um desses documentos é a cópia da Ata de fundação do então Departamento de Brasília do Instituto de Arquitetos do Brasil, de 28.11.1960. Na ocasião, foi aprovado o primeiro estatuto do IAB/DF. Uma das finalidades do instituto, de acordo com aquele estatuto, era “proporcionar aos arquitetos residentes na Capital Federal meios de coordenar seus esforços na defesa da profissão e no desenvolvimento da arquitetura e do urbanismo”, o que continua sendo a bandeira principal do IAB. O Instituto era presidido pelo arquiteto Wilson Reis Netto e, na assembleia que aprovou o primeiro estatuto, estavam presentes nomes importantes da arquitetura e do urbanismo de Brasília, como Hermano Montenegro (autor do projeto do TJDFT), Gladson da Rocha (fundador do curso de arquitetura e urbanismo da Uniceplac), Lucio Marinho Estelita (autor do projeto do HFA), Glauco Campello (ex-presidente do Iphan), Germano Galler (autor do projeto da Escola Normal de Brasília), Sabino Barroso (integrante da equipe de Niemeyer e ex-diretor do Iphan), Donar Techmeier (autor do projeto dos abrigos de ônibus em forma de onda). O Projeto Revela conta com o patrocínio do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal (CAU/DF), por meio do Edital CAU/DF 2/2024. O projeto "A Construção da profissão" foi premiado na última edição do Prêmio José Aparecido de Oliveira. O Prêmio José Aparecido é promovido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal desde 2007 e visa reconhecer trabalhos de relevância na preservação e valorização do patrimônio cultural do DF.
O nome do prêmio é uma homenagem ao mineiro José Aparecido de Oliveira, que foi governador do Distrito Federal entre 1985 e 1988. Durante sua gestão, houve o retorno dos arquitetos e urbanistas Lucio Costa e Oscar Niemeyer na elaboração de propostas para o DF e a proteção do Conjunto Urbano Tombado de Brasília. Em sua gestão, e graças a seu grande empenho, Brasília foi reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Mundial em 7 de dezembro de 1987. "A Construção da profissão" foi um projeto do IAB/DF para divulgação do acervo centenário do Instituto localizado em Brasília e ainda pouco conhecido e acessado. Além da exposição foram realizadas palestras e oficinas sobre a conservação e divulgação de acervos e possibilidades de construção de novas (ou contra) narrativas a partir de documentos preservados. Merece destaque o fato do IAB/DF ter exposto, pela primeira vez, um documento do Instituto de Arquitetos registrando, em 1922, a importância de se fazer um concurso nacional de projetos para escolha da proposta urbanística e arquitetônica para Brasília. O projeto foi vencedor do edital de patrocínio do CAU/DF de 2023, o que permitiu sua plena execução. A organização do acervo documental do Instituto de Arquitetos do Brasil - Departamento do Distrito Federal (IAB/DF) começou, de forma profissionalizada, com a contratação da arquivista Natasha Tolêdo, que elaborou o Diagnóstico Situacional Arquivístico em 2021. Esse diagnóstico incluiu um plano de ação, que vem sendo implementado desde então graças ao trabalho voluntário dos membros do IAB/DF e ao apoio financeiro do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal (CAU/DF).
Em 2023, o IAB/DF promoveu várias atividades ligadas à valorização do acervo, culminando com a exposição A Construção da Profissão. Após o sucesso dessa exposição, o IAB/DF dá continuidade ao plano de ação por intermédio do Projeto Revela. Esse projeto, que teve início em outubro de 2024, está promovendo a organização, a catalogação e o tratamento técnico do acervo documental do IAB/DF. Ao final do projeto, o acervo estará sistematizado, e será publicado um catálogo dos documentos disponíveis. Essas iniciativas irão facilitar a consulta ao acervo e tornar possível pesquisas direcionadas. O Projeto Revela conta com o patrocínio do CAU/DF, por meio do Edital CAU/DF 2/2024. O Instituto de Arquitetos do Brasil- IAB divulgou, na quarta-feira, 04/12/2024, edital para credenciamento de empresas ou entidades de classe para administração de benefícios incluindo planos de saúde, planos odontológicos, seguros, previdência privada, clube de vantagens, linhas de crédito, financeiras e outros benefícios de ordem social e econômica para os seus associados em todo o país.
Através do Edital, o IAB irá credenciar empresas para a oferta e gestão de benefícios destinados a um público-alvo de cerca de 235mil arquitetos e 70mil estudantes de arquitetura e urbanismo no país. As empresas proponentes poderão apresentar suas propostas de credenciamento para atuação em nível nacional, regional ou estadual. As propostas deverão apresentar um plano de negócios, segundo modelo (exemplo) indicado no edital que pode ser adaptado pelas proponentes. Link para o Edital: https://drive.google.com/file/d/1w7Bdf4nnuL3PzMq5uyUBGv2jlaQcLSIy/view?usp=sharing Link para o modelo (exemplo) de plano de negócios a ser apresentado pelas proponentes: https://docs.google.com/spreadsheets/d/1wLEgR0sb-1n3CyUwI3tFP6i9rLMJ0BSH/edit?usp=sharing&ouid=107153259324721696100&rtpof=true&sd=true Dia da Consciência Negra: Leia o Manifesto de Arquitetas e Arquitetos Negros do IAB DF na íntegra!20/11/2024 A formação em arquitetura e urbanismo é notoriamente desigual. [...] Esta barreira é uma das que perpetuam um ciclo de exclusão que nos priva de nossa capacidade plena de transformar não apenas a nossa profissão e a forma como é vista, mas também a arquitetura que construímos e as cidades que habitamos. Hoje, 20 de novembro, celebramos o Dia da Consciência Negra, uma data que nos convida a refletir sobre as lutas históricas da população negra no Brasil e a importância de construir um futuro mais justo e inclusivo. Na arquitetura, um campo ainda marcado pelas lutas por equidade na profissão, a representatividade negra precisa ser fortalecida. Por isso, o Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento do Distrito Federal (IAB-DF) lança o Manifesto de Arquitetas e Arquitetos Negros, um documento que traz reflexões sobre os desafios e conquistas de profissionais negros no Distrito Federal e no Brasil. Este manifesto é um convite à ação, para que arquitetas e arquitetos negros tenham as redes de apoio fortalecidas, para reivindicar políticas públicas inclusivas e garantir que a diversidade da nossa sociedade esteja refletida em nossa profissão. Leia o manifesto completo : Manifesto de Arquitetas e Arquitetos Negros do IAB DF |
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