Concurso Público Nacional de Arquitetura e ExpografiaInscrições abertas para seleção do projeto para a Expo Dubai 2020 Concurso é de âmbito nacional e o projeto vencedor será responsável pelo Pavilhão do Brasil na Exposição Universal, que acontece no país árabe entre 20 de outubro de 2020 e 10 abril de 2021 A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) convida os profissionais de Arquitetura e Expografia a participarem do concurso para a seleção de Projeto de Arquitetura e Expografia que vai orientar a construção do Pavilhão do Brasil na Exposição Universal de 2020, a ser realizada entre 20 de outubro de 2020 e 10 abril de 2021 em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O concurso é realizado pela Apex-Brasil e organizado pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil, seção Distrito Federal (IAB-DF). As Exposições Universais ocorrem a cada cinco anos e são grandes exposições voltadas ao público final em que a maior atração são os pavilhões de cada país, com espaço expositivo, atividades culturais e gastronômicas, seminários e eventos de relacionamento. Em 2020, com o tema Connecting Minds, Creating the Future, a Expo Dubai está distribuída em três eixos temáticos: Oportunidade, Mobilidade e Sustentabilidade. O Pavilhão do Brasil estará localizado neste último eixo temático, foco importante das discussões atuais do país, reafirmando a importância da biodiversidade, da cultura da preservação do meio ambiente, da competitividade baseada na sustentabilidade e no retrato da multiculturalidade brasileira. O Pavilhão do Brasil destacará a sustentabilidade a partir do tema TOGETHER FOR DIVERSITY, dividido em natureza, pessoas e o amanhã (Together for Nature, Together for People e Together for Tomorrow). Esses são os pontos de partida para que os arquitetos mostrem a diversidade de fauna e flora, a multiplicidade étnica, criativa e cultural do povo brasileiro e ainda apresentem o Brasil como um país agregador, além de ator de relevância global nas questões internacionais relacionadas à sustentabilidade. A palavra-chave que resume o tema do pavilhão verde-amarelo é a sociobiodiversidade brasileira – e o Pavilhão do Brasil, desde a sua concepção, deve refletir essa característica tão única do país. A Expo Dubai representa um momento singular de promoção da diversidade brasileira e uma oportunidade para a divulgação do país e de seus múltiplos aspectos. O evento tem ligação direta com os esforços da Apex-Brasil na promoção comercial do agronegócio, de tecnologias inovadoras, na construção da imagem de um país atrativo economicamente e um destino natural para investimentos estrangeiros, além de reforçar a diversidade regional, gastronômica e a multiplicidade étnica e imigratória. Para concorrer, os projetos deverão ser elaborados de acordo com as temáticas estratégicas e conforme os guias técnicos estabelecidos pela organização da Expo 2020 com as normativas legais de construção na cidade de Dubai, em parceira com profissionais locais. A seleção terá como diretrizes a inovação tecnológica com sua concepção sustentável, evidenciada no processo de construção e desmontagem desse equipamento. A Apex-Brasil espera que o projeto vencedor seja uma edificação que priorize a experiência sensorial do visitante. SERVIÇO Concurso para seleção do projeto arquitetônico do Pavilhão do Brasil na Expo Dubai 2020 Inscrições: 19/09/18 a 27/10/18 pelo site www.concursoexpo2020dubai.org
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O Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), cumprindo sua missão de contribuir para o desenvolvimento técnico-científico e sociocultural do país e para a preservação do patrimônio cultural nacional, lamenta profundamente pela perda irreparável do Museu Nacional, instituição central da cultura e da ciência brasileiras localizada no bairro de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, que ardeu em chamas na noite do último dia 02 de setembro.
O incêndio da Quinta da Boa Vista não somente deixou em ruínas um conjunto arquitetônico declarado patrimônio nacional, mas também destruiu milhões de peças e documentos históricos pertencentes ao seu acervo, que estavam entre os mais representativos da história brasileira, de relevância mundial. Trata-se, portanto, de uma perda irreversível, que está sendo lamentada por todos que se preocupam com a cultura e a memória brasileiras, no país e no exterior. A destruição do Museu Nacional, no ano em que completa 200 anos de fundação e 80 anos de tombamento, é resultado da expressiva redução, observada nos últimos anos, nos investimentos em cultura, educação e ciência. Os problemas decorrentes da escassez de recursos para sua manutenção eram amplamente conhecidos, tendo sido objeto, nos últimos anos, de diversas matérias publicadas pela imprensa nacional. Um orçamento de menos de 14 mil reais mensais para a manutenção de um equipamento dessa importância é representativo da ausência de compreensão da sua importância para a história, a cultura e as ciências brasileiras. Demonstra ainda a escassa aplicação de recursos no custeio das políticas culturais e científicas, um cenário que tende a se agravar com medidas de austeridade que congelam investimentos nestes setores pelas próximas décadas. Apesar da existência, há 81 anos, de instituições e leis voltadas à preservação do patrimônio cultural nacional, a efetiva salvaguarda dos nossos bens culturais esteve sempre limitada pelos reduzidos recursos humanos e econômicos destinados a essas ações. O Museu Nacional, por exemplo, não dispunha das instalações necessárias para prevenir e combater incêndios, que certamente teriam levado o recente incidente a um outro desfecho, menos traumático. Para denunciar o abandono ao qual o patrimônio cultural brasileiro encontra-se relegado, o IAB e instituições parceiras promoveram, há pouco mais de duas semanas, um “abraço ao patrimônio”, que envolveu centenas de pessoas em 27 localidades de 13 Estados, de Presidente Figueiredo, no Amazonas, a Santana do Livramento, na divisa do Rio Grande do Sul com o Uruguai. É preciso aprender nos momentos de crise. O Centro Histórico de Quito, primeiro sítio urbano do mundo a ser inscrito na Lista do Patrimônio Mundial da Unesco, foi atingido por um terremoto devastador em março de 1987; no final do mesmo ano, aproveitando a comoção nacional provocada pela destruição, foi criado no Equador o "Fundo de Salvamento do Patrimônio Cultural", que instituiu a mais exitosa experiência de preservação do patrimônio urbano na América Latina, referência nos últimos trinta anos ao garantir os recursos necessários para a preservação da memória nacional equatoriana Frente à perda do Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, o IAB conclama a sociedade e as instituições preocupadas com a preservação da nossa cultura e da nossa memória a exigir da Presidência da República e do Congresso Nacional a imediata criação de um fundo permanente, gerido pelo IPHAN e pelo IBRAM, que garanta a manutenção dos museus nacionais e a preservação do nosso patrimônio cultural, independentemente dos interesses políticos de cada momento. Do mesmo modo, devemos exigir dos candidatos à Presidência e ao Congresso Nacional que se comprometam com a criação e manutenção desse fundo. Recentemente, o IAB e o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) divulgaram a “Carta Aberta dos Arquitetos e Urbanistas aos Candidatos nas Eleições de 2018 pelo Direito à Cidade”, que já apresenta propostas neste sentido e que está sendo entregue aos candidatos de todos os partidos, em todo o Brasil. A proposta de criação de um fundo permanente de preservação do patrimônio cultural vem detalhar essas propostas. Salvador, 03 de setembro de 2018 Nivaldo Vieira de Andrade Junior Presidente Nacional do IAB |
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