Frank Svensson, arquiteto graduado em 1962 pela UFMG, trabalhou na SUDENE até 1970, onde foi colega, dentre outros, da saudosa Christina Jucá.
Como professor da UnB e importante comunista, foi enquadrado na lei de exceção 477 de 1973. Fora do Brasil por 16 anos, lecionou nas Escolas Superiores de Arquitetura de Estrasburgo e Nancy, e nas Universidades Tecnológicas de Gotemburgo e Lund-Suécia. De 1979 a 1982, assessorou o Ministro da Educação de Angola e o Movimento Popular de Libertação da Angola – MPLA, na formação de arquitetos. Doutor em Filosofia na Suécia (1986), desde 1988 era professor titular de teoria e história da arquitetura e urbanismo, lecionando disciplinas de história da arquitetura e urbanismo da sociedade industrial e de teoria do conhecimentos, na FAU-UnB. O IAB/DF se despede hoje do grande mestre Frank Algot Svensson, que aprofundou em seus alunos “sentimentos ligados aos valores do povo e do país que […] evoluem para uma crescente conscientização do papel dos mesmos no desenvolvimento socioeconômico” e na construção da “perspectiva clara do desenvolvimento histórico da sociedade” em “necessidade inevitável para o arquiteto”. A imprescindibilidade da consciência e do reconhecimento do espaço e tempo como expressão arquitetônica, rompendo a limitação teórica da forma e da alienação social em nome do realismo, formaram raízes profundas de seus ensinamentos. A densidade de suas palavras, de tom sempre sereno e parcimonioso, deixarão um imenso espaço, para nossa reflexão e inspiração. Desde 2012 mantinha o blog Arquitetura e Engajamento, acesse clicando AQUI
1 Comentário
Daniel Mendes
4/6/2018 16:59:45
O 477 não é lei e sim decreto-lei. Foi baixado pelo general Artur da Costa e Silva em fevereiro de 1969.
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