pelo presidente Luiz Eduardo SarmentoFotos: Toninho Barbosa Boa noite a todas, a todos e a todes.
Autoridades, apoiadores e associados do IAB; dirigentes e ex-dirigentes de nossa entidade; representantes do Conselho de Arquitetura e Urbanismo e das entidades irmãs de arquitetura e urbanismo; movimentos sociais; representações diplomáticas e estudantes de arquitetura e urbanismo: nosso muito obrigado pelo prestígio. Vocês honram o IAB com suas presenças neste Museu Nacional da República. Todas e todos que estão aqui hoje, reunidos neste espaço que é um patrimônio cultural do Brasil, projeto do nosso arquiteto maior Oscar Niemeyer, são pessoas que, de alguma forma, constroem o Brasil a partir deste planalto central. Nossa gratidão à vocês. E estamos aqui para um ritual de passagem. E pq sabemos o quão importantes são os rituais de passagem, que marcam o tempo, encerram e iniciam ciclos. Hoje iniciamos, com vcs, um novo ciclo de luta pelo direito à cidade, à arquitetura, à moradia, ao patrimônio cultural e a promoção de espaços propícios ao intercâmbio e desenvolvimento da arquitetura e urbanismo no brasil e no DF. É com grande satisfação e dever de responsabilidade que assumimos, nesta solenidade pública, como dirigentes do IAB.DF, uma empreitada de 3 anos, um compromisso voluntário e coletivo que escolhemos para focar nossas energias, nosso tempo (e trabalho livre) nos próximos três anos. Não é pouca coisa. Não será pouco o trabalho a qual teremos que enfrentar. Nossa responsabilidade é enorme ao dirigir uma entidade fundada pelo arquiteto Wilson Reis Netto: destacado artista e importante arquiteto e urbanista que chegou ao planalto para trabalhar com Niemeyer na construção de nossa Capital. Assim como eu, um LGBTQIA+ que veio construir uma vida, ajudar a consolidar essa cidade inserida no cerrado - ou o que sobrou dele e que tanto precisamos lutar para preservar. Gostaria de agradecer ao meu marido, Chico Monteiro, aqui presente, e que tem, nos últimos anos, ajudado ativamente nas atividades do IAB, inclusive na construção das comemorações do centenário de nossa Entidade em 2021. Começamos um novo ciclo em um IAB que foi casa de Lelé, de Olga Verjovstky, de Alda Rabelo, Ítalo Campofiorito - pausa: um profissional que como eu, Soneca, Raul, Henrique - que compõem nossa atual gestão, trabalhou no Iphan, órgão que presidiu e onde instruiu o processo de tombamento de Brasília), Fernando Burmeister, Elvin Dubugras, Milton Ramos, Miguel Pereira, Athos Bulcão e o mestre Edgar Graeff, para citar apenas alguns dos nossos que não estão mais entre nós mas que deixaram um legado importantíssimo ainda nos afeta. Nosso IAB, esta organização da sociedade civil potente, já foi sediada no apartamento do Wilson Reis Netto, na UnB, no Teatro Nacional, no Edifício Mineiro no SCS, no Edifício Oscar Niemeyer, também no SCS; em nosso belo terreno da L2 Sul - onde está prevista a construção da casa da arquitetura e do urbanismo no brasil - Sede Conjunta do Conselho de Arquitetura do Brasil e do IAB em Brasília. Hoje, mesmo que momentaneamente, fizemos do Museu Nacional da República nossa casa. Esperamos estar mais e mais vezes aqui neste importante espaço, discutindo, expondo e apresentando arquitetura e soluções para cidades mais justas e sustentáveis. Aproveitando o ensejo, agradeço a diretora do Museu, querida Sara Seilert e sua equipe pela acolhida e pelos projetos que virão! A chapa eleita, que ora toma posse nesta solenidade (solene pela presença de vocês!) se intitulou como IAB-DF: cultura, democracia e diversidade. Fomos eleitos em processo democrático no fim de 2022, quando tomamos posse cartorialmente e iniciamos nosso trabalho. Assim como estamos reconstruindo o país, estamos reconstruindo o IAB. Os últimos anos não foram fáceis. Enfrentamos uma pandemia mundial, perdemos pessoas queridas, inclusive arquitetas e arquitetos referenciais para nós e nossa entidade e, especificamente no Brasil, vivenciamos constantes ataques à nossa frágil e recente democracia e suas instituições. O isolamento social que nos impôs o coronavírus, evidenciou a importância vital da cultura para os seres humanos, e nos colocou diante da fragilidade da democracia ameaçada, reforçando o papel fundamental da sociedade civil organizada. Os desafios que enfrentamos nos últimos anos confirmou a necessidade de estarmos em permanente trabalho em prol de processos participativos e da radicalização do regime democrático, visando garantir mais acesso e mais direitos. O momento atual é de retomada, reorganização e reconstrução. Estes conceitos, aliados à cultura, democracia e diversidade devem orientar os três anos de trabalho voluntário que ora começamos no IAB. Pretendemos também que o IAB.DF se consolide como escola cidadã e que seja suporte para o exercício de posturas e das boas práticas que tanto cobramos de nossos governantes, como a busca pela transparência, respeito e instituição de processos participativos e com controle social. A virada do ano já foi de muito trabalho para nós: começamos a fazer um levantamento pormenorizado das condições físicas e fiscais dos bens imóveis do IAB.DF. Também começamos a organizar os acervos documentais e bibliográficos do Departamento, entendendo que possuímos um legado fruto de muito trabalho daqueles que nos antecederam anos atrás e das/os associados, com suas anuidades e doações. Os bens do IAB merecem nosso mais profundo respeito e responsabilidade e terão em nossa gestão. Já iniciamos a elaboração de um planejamento estratégico para o gerenciamento e a reorganização de nossa sede administrativa, além de muitas tarefas burocráticas inerentes à transição e início de gestão. Nesses três meses de gestão, estabelecemos a organização de nossa Comissão de Política Urbana - cujas reuniões talvez sejam nossa mais importante e duradoura ação, visto que congrega pessoas de diversas formações, classe social, local de moradia no DF, etc. para pensar e propor soluções para nossa metrópole Brasiliense e contribuir também com a política urbana e habitacional em nível nacional. Em breve vamos retomar nossa agenda atividades abertas ao público e eventos dedicados ao debate e desenvolvimento do urbanismo e da arquitetura, da ampliação do direito à cidade, à arquitetura e à cultura, além de potencializar trocas entre as/os profissionais associados ao IAB. A reunião Comissão de Política Urbana será a primeira dessas ações voltadas ao público, buscando, fortalecendo e estabelecendo novas pontes em prol do nosso DF e de nosso campo de atuação profissional e militante, formando massa crítica. Há muito trabalho a ser feito, muitas ideias, possibilidades e urgências. Para tanto, contamos com a contribuição de profissionais associados que são o sustentáculo de nosso departamento, seja por meio de doações, anuidades, parcerias e trabalho voluntário. Desde já convidamos a todas e todos para participar e ocupar o IAB.DF e seus espaços e nos ajudar a carregar nossas bandeiras históricas, como a luta intransigente para que projetos para obras públicas sejam escolhidos por meio de concursos nacionais de projeto, a promoção da arquitetura no Brasil, por meio de mostras e debates, a reforma urbana - conceito cunhado no âmbito do IAB que, em julho, faz 60 anos - Seminário do Quitandinha. E pegando o gancho do Quitandinha, me faz pensar que IAB é uma organização que tem se especializado em tramar: tramar no sentido de tecer, tecer redes para promover soluções e sonhos por meio da arquitetura e do urbanismo. Nessa trama, temos grandes conquistas: a criação do cau - luta de décadas do IAB, a sanção da lei de athis em 2008, que o IAB tanto contribuiu com as demais entidades, a criação do ministério e do estatuto das cidades - em grande parte escrito em nossa sede da L2 sul, sem contar mostras, seminários, congressos (nacionais e mundial), cursos… A responsabilidade de estar em uma organização - construída por trabalho dedicado, voluntário, e que se mede em décadas, não é pouca. O IAB, em 1922 se reunia, quando o presidente planejava inaugurar a pedra fundamental de Brasilia, localizada na charmosa Planaltina, para propor ao presidente da república que o projeto para a escolha da nova capital deveria ser por concurso público. Décadas depois, em 1956, depois de muita luta, o IAB logrou êxito e o resultado deste concurso é hoje este patrimônio Mundial em cujo coração estamos aqui reunidos agora. Cabe à nós agora, 101 anos depois, começar a forjar o futuro. E não há futuro possível se não começarmos uma guinada à revolução ambiental, à inclusão de pessoas marginalizadas e das periferias, que são centrais neste futuro que queremos. No presente, daremos continuidade às missões históricas do IAB, que é a luta pelo direito à cidade, à arquitetura, à memoria, à beleza, à habitação, à cultura. Meu muito obrigado a todas, todes e todos que estão aqui presentes e que estão contribuindo com essa construção coletiva sexagenária no DF e centenária no brasil! E falando em coletivo, eu estou aqui ocupando este púlpito, mas representando um grupo enorme. Algumas dessas pessoas estão aqui e gostaria de chamar ao palco. Peço o aplauso de vocês para cada integrante deste time IAB-DF: cultura, democracia e diversidade: Vice- Presidente - Maribel Fuentes Aliaga (colaborador: André Tavares) Diretora Administrativo Financeiro - Nádia Vilela Diretora Cultural e de Divulgação - Cecília de Almeida Silva Diretor de Articulação Institucional - Gabriel Couto Diretor Técnico - Leonardo Sá Diretora de Intercâmbio Acadêmico - Guiga Nery e Gê Gomes Coordenação da Comissão de Políticas Urbanas - Henrique Rabelo, Matias Ocaranza e Clarissa Sapori Coordenação da Comissão da Trienal de Arquitetura de Brasília - Juliette Lenoir e Cecília de Almeida Silva Coordenação Especial das Comissões e Articulação Política - André Tavares (Cargo não estatutário proposto para a gestão) Coordenação de comunicação - Juliette Lenoir e Cecília de Almeida Silva (Cargo não estatutário proposto para a gestão) Coordenação de patrimônio cultural - Julia Mazzutti e José Leme Galvão - (Cargo não estatutário proposto para a gestão) Comissão extraordinária de equidade de gênero e raça - Raquel Freire - (Cargo não estatutário proposto para a gestão) Conselheiras/os Superiores Titulares Conselheira - Luiza Rego Dias Coelho Conselheira - Raquel Freire Conselheira - Letícia Miguel Teixeira Conselheiro - José Leme Galvão Jr. Conselheiro - Antônio Carlos Moraes de Castro Suplentes Conselheiro - Raul Maravalhas Conselheiro - Caique Tomé Conselheiro - Gê Gomes Conselheiro - Heloísa Moura Conselho Fiscal Conselheira - Clarissa Sapori Conselheiro - João Augusto Pereira Júnior Nos encontramos na recepção onde estamos vendendo o livro do centenário do IAB, o livro Os Caminhos que Levam à Cidade, de nossa decana Vera França e Leite, e Arquitetura da Destruição, do companheiro Danilo Mattoso. Em seguida nos vemos no pavilhão anexo ao Museu para ouvirmos um pouco de música e batermos papo no bar da Fenea! Muito obrigado!
3 Comentários
13/5/2023 16:30:07
Muito obrigado a todos os presentes nesta solenidade pública, em especial às autoridades, apoiadores e associados do IAB, dirigentes e ex-dirigentes da entidade, representantes do Conselho de Arquitetura e Urbanismo e das entidades irmãs de arquitetura e urbanismo, movimentos sociais, representações diplomáticas e estudantes de arquitetura e urbanismo. Vocês honram o IAB com suas presenças neste patrimônio cultural do Brasil, projetado pelo nosso arquiteto maior Oscar Niemeyer. Agradecemos também aos nossos predecessores que deixaram um legado importante e nos inspiram a seguir lutando pelo direito à cidade, à arquitetura, à moradia, ao patrimônio cultural e a promoção de espaços propícios ao intercâmbio e desenvolvimento da arquitetura e urbanismo no Brasil e no DF. Saibam que nossa responsabilidade é enorme ao dirigir essa entidade fundada pelo arquiteto Wilson Reis Netto e que iniciamos um novo ciclo com muito comprometimento e dedicação. Por fim, gostaria de agradecer ao meu marido, Chico Monteiro, por sua ajuda ativa nas atividades do IAB e aos profissionais que fizeram parte dessa entidade e deixaram um legado tão significativo para a arquitetura e urbanismo brasileiros.
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