O projeto vencedor do Concurso Público Nacional de Arquitetura "Habitação de Interesse Sustentável", promovido pela Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ) em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e organizado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil - Departamento do Distrito Federal (IAB-DF) em 2021, será implantado em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. A proposta inovadora dará origem ao primeiro condomínio habitacional sustentável do Brasil, beneficiando 164 famílias com renda de até três salários-mínimos. No final de fevereiro de 2025 a Prefeitura de Campo Grande assinou o contrato para dar início às obras do conjunto de interesse social, que será construído no Bairro Paulo Coelho Machado, na Avenida dos Cafezais e, tudo indica, será um marco na habitação para baixa renda no país. O projeto prevê 3 tipologias distintas, todas com varandas. Também integra soluções como uso de energia solar fotovoltaica, captação de água da chuva, abundância de áreas verdes e espaços drenantes para águas pluviais e orientação solar que minimiza insolação direta nos imóveis, além de um modelo de autogestão financeira, garantindo a sustentabilidade do empreendimento. O conjunto contará com 164 apartamentos, 15 lojas e quatro espaços destinados a equipamentos públicos. As obras terão início imediato e prazo de conclusão de 18 meses. Projeto inovador e modelo para o Brasil O Concurso Público Nacional de Arquitetura "Habitação de Interesse Sustentável" resultou em três projetos premiados em primeiro lugar. Entre os três projetos selecionados para serem implantados como protótipos do Programa Casa Verde e Amarela, o de Campo Grande foi escolhido por atender plenamente aos critérios estabelecidos. O concurso avaliou quatro eixos principais: eficiência energética, industrialização, adaptabilidade e custo. O objetivo é garantir conforto ambiental, reduzindo custos e consumo de energia, tornando-se uma referência para futuras construções sustentáveis no país. O projeto incorpora diversas soluções sustentáveis, como fachada ativa com espaços comerciais voltados para a Avenida dos Cafezais, praças e jardins, pátios drenantes, horta comunitária, bicicletário, pisos ecológicos e tecnologias para eficiência energética. O sistema de captação de água da chuva para reuso é mais um elemento que reforça o compromisso ambiental do projeto. Paula Vilela e Souza, arquiteta e urbanista responsável pela proposta vencedora, destacou a importância do concurso. “É de grande importância poder celebrar esta premiação. É bacana ter três bons projetos sendo premiados, três propostas de altíssima qualidade que servirão de modelo para podermos construir boas arquiteturas dentro desse tema chave da habitação de interesse social. Será um momento de celebrar a ousadia desse concurso”. A iniciativa reforça o modelo de concursos públicos como a melhor forma de licitação pública para escolha de projetos arquitetônicos e urbanísticos, garantindo transparência no certame e qualidade dos produtos contratados. O presidente do IAB-DF, arquiteto e urbanista Luiz Eduardo Sarmento, observou que “a construção desse conjunto habitacional vai adicionar mais uma obra de interesse social de referência no país, cujo projeto foi escolhida por meio de concurso público nacional”, lembrando que no DF recentemente dois conjuntos habitacionais, também oriundos de concurso, foram entregues no Sol Nascente, nos trechos 1 e 2, “obras que mostram que quando a contratação do projeto é feita de forma democrática e priorizando critérios técnicos, é possível construir habitações de interesse social para a faixa 1 do MCMV com qualidade arquitetônica e dentro do orçamento disponível”. Conheça o projeto vencedor: https://drive.google.com/file/d/1TeHYHk7zPnWa80bgJFuXcv8M2ez0Nrl-/view?usp=sharing
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Março 2025
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