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Prêmio IAB 2023: resultado das propostas premiadas

 
Um enorme obrigado à todas e todos que compartilharam sua produção profissional na Premiação IAB 2023! Recebemos trabalhos incríveis que destacam a excelência da arquitetura e urbanismo produzido em nosso território.

Estávamos ansiosos para compartilhar os resultados! Na próxima semana, divulgaremos mais detalhes dos projetos premiados nas categorias de Cultura Arquitetônica, Edificações e Projetos e Interiores e Design.

Fiquem ligadas/os para conhecer melhor as propostas vencedoras e equipes responsáveis. 

Esta é a segunda edição do Prêmio IAB e queremos, nas próximas edições, ampliar esse evento que promove a boa produção em arquitetura e urbanismo. Vamos celebrar a criatividade e capacidade de propor soluções no campo da arquitetura, design e urbanismo. 

As propostas da lista a seguir, premiadas no DF, irão concorrer agora à etapa nacional do Prêmio IAB!

Interiores e Design:
Premiados:
ID 351 - Apartamento dos Arcos
ID 375 - Ap Nômade
ID 377 - Ap Mangueira

Menções Honrosas
ID 330 - Apartamento Fit
ID 332 - Loja Área Pedras 

Cultura Arquitetônica
Premiado:
ID 322 - Pavilhão Conecta

Edificações e Projetos
Premiados:
ID 52 - Casa dos Tijolos Brancos
ID 53 - Mercado Mané
ID 341 - Casa F&R

Menção Honrosa:
ID 393 - Casa A&R

Urbanismo, Planejamento e Cidades
A comissão julgadora deliberou por não outorgar premiação.
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Prêmio IAB 2023: Resultado preliminar de inscrições no DF

 
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Caras arquitetas e caros arquitetos!

Anunciamos o resultado preliminar dos trabalhos recebidos nas inscrições do Prêmio IAB 2023 pelo Departamento Distrito Federal. Confira a lista de homologação clicando aqui .

Conforme edital, os pedidos de recurso poderão ocorrer até às 23h59 do dia 07/11, pelo email [email protected] .

Gratos pela participação e boa sorte a todos!
Equipe IAB.DF
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Pensar o presente e futuro da luta pela reforma urbana e direito à moradia digna

 
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Contribuição do IAB DF aos debates dos eventos sobre o QUITANDINHA +60


No ano em que se comemoram os 60 anos do Seminário de Habitação e Reforma Urbana (s.HRu), o Instituto de Arquitetos do Brasil - Departamento do Distrito Federal (IAB.DF) oferece aos participantes do evento este registro dos debates ocorridos em 1963.

O evento idealizado pelo IAB e organizado conjuntamente com o IPASE (Instituto de Previdência e Aposentadoria dos Servidores do Estado) ocorreu em três cidades, na sede do IAB em São Paulo, no Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro, e, em seguida, no Hotel Quitandinha em Petrópolis, o que fez esse importante encontro ficar conhecido como Seminário de Quitandinha.

O material que ora apresentamos foi publicado na Edição de Nº 15 da ARQUITETURA, “órgão oficial do Instituto de Arquitetos do Brasil”, de setembro de 1963. ARQUITETURA era a revista cultural do IAB  que circulou nacionalmente de agosto de 1961 a dezembro de 1968, que não apenas publicava projetos e obras arquitetônicas e urbanísticas relevantes do Brasil e do Mundo, como também era espaço de promoção do design moderno, das artes visuais, cinema e literatura, além de teses e conceitos sobre os principais problemas e soluções para os espaços construídos. Lançada em um momento de enorme esperança para brasileiros e brasileiras, a revista saiu de circulação quando a Ditadura Militar mostrou seu lado mais repressor.

Anteriormente à publicação do “Documento Final do Seminário”, houve um enorme esforço do IAB, por meio de sua revista, em fazer circular opiniões sobre os problemas mais urgentes das cidades brasileiras. Temas como a importância dos planos diretores, a relação de saúde com habitação adequada e o problema do déficit quantitativo e qualitativo habitacional no Brasil estamparam as páginas de diversas edições da publicação, fomentando um pensamento crítico e colocando o tema na ordem do dia, ao menos entre as/os profissionais de arquitetura e urbanismo.

O propósito do s.HRu foi elaborar “um programa de atividades com o objetivo de conseguir do Governo as medidas indispensáveis para enfrentar o problema da habitação e do planejamento dos aglomerados humanos brasileiros”, conforme artigo publicado na edição da ARQUITETURA, de junho de 1963, que ressaltava: “esta atividade do IAB tem sido traduzida pela ação junto ao Poder Público e pelo esclarecimento da população”, visando encontrar uma solução global para a questão dos “problemas de planejamento urbano e de habitação”.

Por meio da republicação desses documentos históricos, pretendemos que, com um olhar atento à nossas conquistas do passado, frutos de enorme esforço coletivo, possamos novamente nos colocar como instrumentos de construção do futuro, de políticas públicas adequadas e baseadas em conhecimentos técnicos e participação social. Também almejamos formular soluções para os problemas que existiam em 1963 e que hoje estão ainda mais graves.

Ressaltamos que a relevância do s.HRu e seu impacto nas políticas públicas e na transformação das condições de vida da população - apesar da ditadura que golpeou violentamente o sonho da moradia digna e da reforma urbana - só foi possível graças a um exaustivo trabalho coletivo de elaboração de propostas e da articulação com o poder público, que incluía a participação direta da Presidência da República, no governo João Goulart, no contexto das Reformas de Base.

A partir do Seminário, os conceitos de reforma urbana e de moradia digna passaram a fazer parte do léxico de quem luta por cidades justas e pelo direito ao habitat adequado e, posteriormente, das políticas públicas.

Neste momento de reconstrução do país e de suas instituições, o IAB.DF deseja a todas e todos um excelente Seminário.  Que todos os coletivos, entidades, instituições de ensino e movimentos sociais aqui reunidos para discutir O Povo, Sua Casa, Sua Cidade, consigam não apenas aprofundar as análises sobre os problemas urbanos brasileiros, mas também propor soluções adequadas para enfrentar um mundo ainda mais desigual, violento e em acelerado colapso ambiental.

Que as estratégias e propostas de 1963 nos inspirem! Um outro mundo é possível!

Brasília, 21 de outubro de 2023.

Luiz Eduardo Sarmento
Presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil
Departamento do DF
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176° REUNIÃO DO CONSELHO SUPERIOR DO IAB - COSU_BSB

 
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🏛️✨ Anunciamos a 176ª Reunião do Conselho Superior do IAB (COSU)! 🏙️
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Nos dias 21 e 22 de outubro, Brasília, Distrito Federal, será o palco deste evento no Memorial Darcy Ribeiro, carinhosamente conhecido como Beijodromo, localizado na UnB, Asa Norte.
O COSU é a essência do nosso compromisso com a arquitetura e urbanismo. É o momento em que conselheiras e conselheiros do IAB, líderes e profissionais da área, se reúnem para discutir as questões mais prementes e desafiadoras que envolvem nossa profissão.
Nesta 176ª edição, destacamos a importância do COSU para o fortalecimento e evolução da nossa profissão e da nossa centenária entidade. Será um espaço para reflexão, compartilhamento de ideias e tomada de decisões buscam auxiliar a construção do futuro da profissão.
Desde o Beijódromo, arquitetura contemporânea inspirada nos saberes construtivos dos povos originários, esperamos por dias produtivos para ajudar a forjar um futuro arquitetônico e urbanístico inspirador, sustentável, justo e inovador.

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Suspensão do Projeto de Lei Complementar (PLC) n° 25/2023

 
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Vitória!
No último dia 28/09 o Juiz da Vara de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do DF, Dr. Carlos Maroja, concedeu liminar à Ação Civil Pública movida pela Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística do Ministério Público do DF e Territórios que apontou irregularidades cometidas pelo GDF no processo de elaboração do Projeto de Lei de Parcelamento do Solo Urbano. A Ação é fruto de uma representação apresentada pelo IAB-DF e o Movimento Andar a Pé e apoiada por um conjunto de outras dezoito entidades e movimentos da sociedade civil. Nessa representação foram denunciadas uma série de violações que prejudicaram a participação social na elaboração do projeto no âmbito do executivo distrital.
Tais violações já haviam sido apontadas pelo IAB-DF e por outras entidades no Conselho de Planejamento Territorial do DF – Conplan, mas foram ignoradas pelo GDF, que encaminhou o projeto à Câmara Legislativa. A proposta encaminhada apresenta vários pontos que representam um risco ao interesse público e demandam um amplo e efetivo debate público.
O IAB-DF reafirma seu compromisso histórico na luta por uma política urbana mais justa e democrática e permanecerá atento para que esse Projeto de Lei seja debatido com a sociedade e para que incorpore princípios de justiça socioambiental.
​
Leia mais em:

https://www.mpdft.mp.br/portal/index.php/comunicacao-menu/sala-de-imprensa/noticias/noticias-2023/15258-prourb-consegue-suspender-etapas-da-apreciacao-de-projeto-sobre-parcelamento-do-solo

https://www.correiobraziliense.com.br/cidades-df/2023/09/5129354-justica-suspende-tramitacao-de-pl-sobre-parcelamento-de-solo.html

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IAB DF em ação - informativo do Instituto de Arquitetos do Brasil do Distrito Federal

 
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CENTROPRAQUEM?
O IAB.DF acompanha com atenção e está articulado com diversas entidades da sociedade civil e parlamentares, ações contra o projeto de lei 2.260/2021, que tramita na Câmara Legislativa do DF, e os impactos que ele traz para quem usa a rodoviária de Brasília e suas adjacências.
Da forma como estão sendo construídas, às concessões pretendidas pelo GDF podem transformar o DF em um território ainda mais desigual, fomentando processos de gentrificação e restrição do uso e acesso a espaços públicos. Boas propostas, como a Zona Verde, que estabelece uma tarifa para estacionamento em áreas públicas e é adotado em cidades no Brasil e no mundo, parece ser deturpadas para beneficiar grandes empresários, já que a renda oriunda dos pagamentos irá para os concessionários e não para o poder público investir em transporte público ou mobilidade ativa, por exemplo. Das áreas mais centrais da metrópole à orla do Lago Paranoá, tudo parece ser foco da estratégia de tirar do público para dar vantagens à iniciativa privada. 

Acompanhe nossas redes para saber das próximas ações sobre o tema.

Arquitectura y feminismo - palestras e exposição
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O mês de julho é marcado por duas datas de grande relevância para a construção e debate sobre equidade, inclusão e visibilidade das mulheres no campo da arquitetura e urbanismo: o dia 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, e o dia 31 de julho, Dia Nacional da Arquiteta e Urbanista. Neste ano, a Coletiva Arquitetas (in)Visíveis, com o IAB.DF e a Vice-Presidência Nacional de Ações Afirmativas do IAB, em colaboração com o Instituto Cervantes montará a Exposição Arquitetura e Feminismo: sem começo nem fim, em Brasília, inaugurada no dia 19 no Espaço Lúcio Costa, na Praça dos Três Poderes. A exposição aborda o cotidiano dos espaços arquitetônicos, centralizando o ponto de vista das pessoas que tradicionalmente têm sido ignoradas e propondo alternativas mais igualitárias.

No dia seguinte, no Museu Nacional, houve uma mesa de debate sobre como habitar os espaços de forma mais sustentável, empática e justa, a partir da perspectiva feminista na arquitetura e urbanismo. Com falas extremamente ricas, contou com a participação de Semiramis González, curadora da exposição, Martha Fonseca Salinas, Collectiu Punt 6, Maribel Aliaga, observatório amar.é.linha, e Claudia Sales, conselheira federal do CAU pelo Ceará.

Leia mais em: https://www.iabdf.org.br/noticias/july-25th-2023​

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Clima e Cidades
O Presidente do IAB.DF e Diretor Nacional de Cultura do IAB esteve presente no I Seminário Emergência Climática e Cidades. 
Organizado pelo IAB.SP, o evento buscou engajar arquitetos urbanistas e os setores público, privado, não governamental e acadêmico no fortalecimento da agenda climática urbana brasileira, por meio de trocas de experiências sobre mitigação e adaptação aos efeitos das mudanças do clima no meio urbano.
Depois de décadas de alertas da comunidade científica, hoje já sentimos os impactos do aumento das temperaturas. Tempestades, ondas de calor e enchentes estão mais intensas e frequentes e causam doenças, mortes e remoções nas cidades. O racismo ambiental se aprofunda, já que tais eventos atingem desproporcionalmente a população preta e periférica. 
Nesse novo contexto, a pauta ambiental precisa tomar forma na gestão urbana e no pensamento arquitetônico, em desafios como mobilidade, águas, redução de emissões da construção e adaptação do meio construído, em especial dos assentamentos informais. Parte da solução para esses desafios está no resgate da natureza como elemento da infraestrutura urbana, incorporando a função social e ecológica do solo e das águas em uma nova forma de pensar o ambiente construído.
Em sua fala, o presidente Luiz Eduardo Sarmento ressaltou que: 
“É sintomático estarmos reunidos aqui tratando desse assunto quando acaba de terminar o julho mais quente do planeta. Este dado demonstra que encarar a questão climática é tarefa absolutamente emergencial.
Nós, arquitetos e urbanistas, tivemos nossas responsabilidades ampliadas: não basta buscarmos desenhar boas cidades, desenvolver  arquitetura de qualidade e preservar o patrimônio cultural edificado. Todas essas tarefas, por si só complexas, ganham uma nova camada de dificuldade. Precisaremos enfrentar um mundo em rápida e violenta mudança ambiental.
Naturalmente, que em um mundo desigual, as pessoas mais pobres, como sempre, são as mais impactadas. Uma enorme parcela do povo brasileiro vive em condições insalubres, em moradias inadequadas, como as típicas residências autoconstruídas, com pés direitos baixíssimos, coberturas de telhas de fibrocimento, e poucas aberturas. Se, nas condições atuais, já não são confortáveis, as condições de vida nesses espaços ficarão ainda pior. Nesse sentido, ampliarmos as ações de Athis, levando em conta as mudanças do clima se faz urgente e necessário.É tarefa nossa trabalhar para melhorar a vida da maior parte da população brasileira, que é pobre e sofrida, e está ficando ainda pior. "

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Comitê de Gestão Participativa (CGP) para renovação do PDOT 
O Instituto, como membro do CGP, participa ativamente das reuniões de definição dos moldes de participação social para a renovação do Plano Diretor de Ordenamento Territorial do DF (PDOT). O processo, tradiamente iniciado em 2019 pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Habitacional do DF (SEDUH), parou durante a pandemia e foi retomado junto às atividades presenciais com oficinas participativas organizadas em cada uma das 7 Unidades de Planejamento do DF (UPT). 
O CGP não aceitou esse formato em que a abrangência territorial não condiz com a participação efetiva da população do DF. Acatando a crítica, a nova equipe de gestão na SEDUH implementou um calendário de oficinas participativas por Região Administrativa e por temáticas. Iniciado em abril de 2023, o calendário em andamento conta com mais de 54 oficinas participativas previstas para acontecer até dezembro. É previsto concluir a fase de diagnóstico com uma apresentação pública em audiência pública na Câmara Legislativa (CLDF), mas o CGP já adiantou que um encontro não será suficiente para tal. 
O CGP também segue lamentando a falta de compromisso por parte do Governo com a comunicação para que haja de fato uma participação mais ampla. Somente agora no final de agosto foi liberado uma verba para contratação de carro de som e outros meios de comunicação. É lamentável que o GDF siga ignorando a participação social no PDOT enquanto poderia ter cartazes e anúncios nos ônibus, no jornal DFTV, na rádio Cultura entre outros meios. Ainda assim, é claro que, enquanto a equipe técnica da SEDUH tem muita vontade que o processo participativo faça parte da renovação do PDOT, a linha do Governo atual do DF segue outros interesses.
Em 2024 é previsto iniciar a fase seguinte de prognóstico cuja metodologia foi apresentada pela equipe técnica da SEDUH na última reunião ordinária do CGP, quarta dia 30 de agosto. Essa metodologia está sendo avaliada pelos membros do CGP.
Por fim, uma reunião extraordinária dia 13 de setembro discutiu a implementação de Comissões populares de acompanhamento dos resultados da participação social por RA e por segmentos. Os objetivos da criação das comissões, citando o professor Benny Schvarsberg (membro CGP pelo coletivo Andar a pé), são de descentralizar a responsabilidade da inclusão da participação no processo de renovação do PDOT, identificar interlocutores da sociedade civil, sistematizar as propostas e sua devolução à sociedade como um todo e, por fim,  acompanhar e mobilizar para o processo em trâmite do PLC na CLDF, formando lobbies fortes dentro da sociedade civil.

Observatório da Política Urbana
A Comissão de Política Urbana do IAB-DF (CPU) tem acompanhado o trâmite de aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLC) de Parcelamento do Solo Urbano. Apesar de ter votado contra a proposta no Conselho de Planejamento Territorial do Distrito Federal – Conplan, PLC foi aprovado e enviado à Câmara Legislativa. Com isso, o Instituto, em parceira com o movimento Andar a Pé, ingressou com uma representação junto ao Ministério Público, denunciando as irregularidades no rito de elaboração do projeto e de sua apresentação e votação no Conplan. Ao mesmo tempo, realizou um ciclo de encontros com Deputados Distritais e Assessores da Câmara Legislativa, apresentando propostas de emenda ao texto enviado pelo governo, com o intuito de alinhar o instrumento ao interesse público e à função social da propriedade. Atualmente, o PLC se encontra em análise na Comissão de Assuntos Fundiários da Câmara.

IAB Participa!                 
Parcerias e co-organização de eventos


Virada da habitação 2023 
evento realizado pela rede Colabora Habitat da ONU no CAU.DF e co-organizada pelo coletivo Panã (DF), pelo grupo Morada de Luz (Ceub.DF), pelo grupo Ideias Urbanas (Goiás), pelo CRESS.DF, pelo coletivo MOB (DF), pela Defensoria Pública do DF e pelo IAB.DF.

IX Seminário de Investigação, Ensino e Difusão do LABORATÓRIO COLABORATIVO: Dinâmicas Urbanas, Património, Artes
Esta edição do Seminário ocorreu em Brasília, em formato híbrido, nos dias 31 de agosto e 1 de setembro. O evento reuniu alunos, pesquisadores e interessados em geral para uma discussão de pesquisas em andamento ou recém-concluídas no campo da Arquitetura e Urbanismo, das Artes e do Patrimônio. 

O evento internacional foi promovido pelo Centro de Estudos sobre a Mudança Socioeconómica e o Território do ISCTE (Lisboa) e o Programa de pós-graduação da FAU-UnB, com apoio do CAU-DF, IAB-DF e FNA e em parceria com instituições de ensino e cultura do Brasil, Portugal e Espanha.
Confira os vídeos

Audiências públicas 
Representantes do IAB.DF estiveram presentes, como convidados, em duas audiências públicas realizadas recentemente. “Por um DF sem despejo” e “Participação social no PDOT: o DF que queremos”, ambas organizadas pelo Gabinete 24 do deputado distrital Fábio Felix trataram de temas pertinentes à atuação do IAB.

O IAB.DF participou também de diversas reuniões, a convite, com deputados distritais para tratar de temas relevantes para o território do DF e suas cidades. 
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Formação
O IAB.DF marcou presença na formatura dos alunos do curso de Arquitetura e Urbanistmo da FAU UnB, ocorrida no Campus Darcy Ribeiro no dia 30 de agosto. O presidente do IAB fez uma saudação às/aos agora colegas de profissão, destacando os desafios que a categoria precisa enfrentar em busca de um mundo justo, com espaços construídos ambientalmente adequados e sustentáveis frente à emergência climática e desigualdades sociais extremas. Por fim, lembrou que o IAB está sempre de portas abertas e que os novos arquitetos e urbanistas são muito bem vindos para somar na construção coletiva de nossa entidade e suas bandeiras.


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foto: Correio Braziliense

​IAB.DF na Mídia!
Conjunto Fazendinha, na Vila Planalto, está sob risco de desabar


Tombado pelo patrimônio histórico do DF, o complexo, da época da construção de Brasília, precisa urgente de restauração. Caso contrário, pode não resistir à estação chuvosa. Governos são cobrados há 10 anos para apresentar projeto de recuperação.
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A diretora Cultural e de Divulgação do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-DF), Cecília Almeida, frisou que o complexo é o último remanescente edificado onde é possível observar como viviam os funcionários pioneiros em Brasília. "Além da importância de caráter histórico e social, o Conjunto Fazendinha preserva técnicas construtivas do final dos anos 1950, possuindo relevantes edificações modernistas em madeira, com soluções adequadas ao clima, à estética do movimento moderno e, principalmente, à necessidade de velocidade de construção para receber os construtores de Brasília", declarou a arquiteta. "A preservação desse conjunto é fundamental para a memória não apenas da Vila Planalto, mas para história da arquitetura do país", conclui.
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​Mês do Patrimônio Cultural 2023

Os verdadeiros guardiões dos monumentos e da história de Brasília
No mês em que o patrimônio cultural é celebrado, o Correio Braziliense falou com algumas lideranças que dedicam tempo e energia para conservar a memória e a cultura da capital do país. IAB estava presente.
“'A comunidade é a melhor guardiã de seu patrimônio', disse o inovador designer e ex-presidente do Iphan Aloísio Magalhães. Neste mês do Patrimônio Cultural que se encerra, penso ser importante reconhecer a luta de lideranças do DF em defesa do seu patrimônio, principalmente dos bens que precisam ser preservados para além do Plano Piloto de Brasília. Acompanho, desde que cheguei a Brasília, há mais de 15 anos, as ações de algumas comunidades contra a destruição de seu patrimônio, com destaque para as lideranças de Planaltina. O Centro Histórico de Planaltina é o único assentamento urbano do DF onde ainda é possível ver exemplares arquitetônicos que vão do colonial, passando pelo ecletismo e art deco, chegando ao modernismo. É fundamental que o GDF crie condições para dar respostas e, junto a essas populações, que se organiza para fazer o que é possível e cobrar, garantir a preservação do patrimônio cultural do DF, que é diverso, importante, e está espalhado por todo o território. Há muita potência e resistência nesses territórios, mostrando que Aloísio estava certíssimo". Luiz Eduardo Sarmento, presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil, Departamento do DF.

José Leme Galvão Jr., o Soneca, Conselheiro Superior do IAB e vice-presidente da Associação dos Amigos do Teatro Nacional Cláudio Santoro (Atena). Foto: Minervino Jr / Correio Braziliense/D.A.Press


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A construção da profissão, um projeto
O IAB iniciou as atividades do Projeto A Construção da Profissão no mês de julho. O projeto visa difundir a história e as perspectivas profissionais no campo arquitetônico. Através de pesquisas no acervo documental da IAB DF, pretende-se montar uma exposição com eixos relevantes para a profissão e atuação dos arquitetos. Além da exposição, foram convidados profissionais atuantes nas mais diversas frentes da arquitetura. 

O projeto foi idealizado e é executado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil, Departamento do Distrito Federal (IAB.DF), com apoio da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (FAU-UnB) e patrocínio do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal (CAU/DF).

A primeira palestra, realizada em 27 de julho, no auditório do CAU-DF, teve como temática 'Expografias em Arquitetura e Urbanismo', e contou com apresentações de Gabriela Bilá e Marcelo Sávio, que puderam falar sobre seus trabalhos com exposições, tecnologia e concursos. A gravação na íntegra está no canal do IAB-DF no YouTube: https://youtu.be/hwZ2QLgbuGE

A segunda atividade aconteceu no dia 08 de agosto, também no auditório do CAU-DF, com as temáticas 'Expografias em Arquitetura e Urbanismo' e 'Pesquisar, construir narrativas e exposições'. As palestras foram ministradas por Muha Bazila e Luiza Coelho, cujos títulos foram, respectivamente: 'Arquitetura e Narrativas Históricas: uma análise racializada sobre memória e territórios' e 'O reconhecimento do trabalho feminino na arquitetura e urbanismo'. A gravação na íntegra está no canal do IAB-DF no YouTube: https://youtu.be/FxvR4GgovW8

A terceira atividade foi realizada no dia 05 de setembro no auditório da FAU/UnB, com Paula André e Danilo Matoso, os profissionais apresentaram seus trabalhos: 'Do Arquivo ao Atlas: infinitos sentidos dos valores culturais da arquitetura' e 'Por uma política nacional de acervos de arquitetura e urbanismo'. As palestras fizeram parte das temáticas: 'Acervos de arquitetura: potencial construtivo, potência histórica, ameaças e ativo cultural' e 'A formação da profissão de arquitetura e urbanismo no Brasil'. A gravação está disponível no instagram do IAB-DF: https://www.instagram.com/reel/Cw1GYAOs_En/?igshid=NzZhOTFlYzFmZQ==

A quarta atividade, realizada no dia 13 de setembro no Auditório do CAU/DF, foi composta por duas palestras, com Ana Flávia Magalhães e Paulo Tavares, 'De reintegração de posse e desmonumentalização do racismo: exercícios de letramento histórico' e 'Pavilhão Terra'. As palestras integraram duas temáticas: 'Pesquisar, identificar objetos museológicos e construir narrativas. O que é curadoria?' e 'Construção de novas narrativas a partir de acervos documentais'. A gravação na íntegra está no canal do IAB-DF no YouTube: https://youtu.be/cn4AOSNRL0Y?si=xBsyMtcm_V2hl2Xy 

A quinta atividade deu início à nossa etapa de oficinas, que trata especificamente das atividades em acervo. No dia 16 de setembro, na sede do IAB-DF, no SCS, a arquivista Roseni Ximenes apresentou práticas, conceitos e técnicas sobre gestão documental e arquivos. A oficina contou com a presença de profissionais de campos diversos, que puderam conhecer e levar alguns itens da IAB-DF.

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Prêmio IAB 2023
O departamento do Distrito Federal do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB.DF) realizará a Premiação IAB 2023, com o objetivo de divulgar e premiar a produção intelectual e profissional de arquitetos, arquitetas e urbanistas do Distrito Federal.
A premiação acontecerá em duas etapas: DISTRITAL e NACIONAL.
As propostas premiadas na Etapa Distrital serão encaminhadas automaticamente para a Etapa Nacional.
A participação é aberta a todos os profissionais associados do IAB em qualquer um dos seus Departamentos Estaduais e Distrital.

CATEGORIAS DE PREMIAÇÃO
IAB/DF 2023 selecionará propostas nas seguintes categorias, que serão as mesmas consideradas na Etapa Nacional:
  1. Edificações e Projetos;
  2. Interiores e Design;
  3. Urbanismo, Planejamento e Cidades;
  4. Cultura Arquitetônica.
 
Além das categorias acima, também poderão ser selecionadas propostas na(s) seguintes categorias distritais, que concorrerão, caso vencedores locais, nas categorias nacionais conforme indicado:
  1. Destaque Atuação Pública (categoria nacional Cultura Arquitetônica);
  2. Destaque Ações Afirmativas (categoria nacional Cultura Arquitetônica);
  3. Destaque Emergência Climática (categorias nacionais Edificações e Projetos e Urbanismo, Planejamento e Cidades).

CRONOGRAMA
  • período de inscrições    18/set a 03/nov
  • anúncio da comissão julgadora        até 29/set        
  • divulgação preliminar das inscrições        06/nov
  • prazo para recurso                06/nov e 07/nov
  • homologação final das inscrições        08/nov
  • Período de julgamento: etapa estadual    09/nov a 13/nov
  •  divulgação dos resultados:  etapa estadual    17/nov
  • Período de julgamento: etapa nacional    20/nov a 12/jan
  •  divulgação dos resultados: etapa nacional    19/jan 
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As inscrições são feitas pelo portal.arbo.org.br/
Baixe o edital aqui

Apoie o IAB​
O IAB é uma entidade de livre associação, sem fins lucrativos e que só existe graças ao trabalho voluntário de seus dirigentes e parceiros e recursos dos associados e apoiadores.

Associe-se ao IAB e mantenha sua anuidade em dia!
  • confira em: http://www.iabdf.org.br/associe-se.html 

Apoie o IAB fazendo uma doação e ajude a alavancar nossos projetos!
  • pix para doações: CNPJ  |  00.480.533/0001-18 ​

Em nova iniciativa, o IAB.DF passará a enviar informes com algumas das atividades desenvolvidas pelos membros da gestão. Assim, temos uma comunicação mais clara e assertiva com nossos associados e interessados nas nossas ações!

Além do recebimento em primeira mão pelos assinantes da nossa lista de email, os informes estarão disponíveis no nosso site e instagram. Caso seja associado, o informe vai automaticamente pra você, caso queira passar a receber nossas comunicações, é só preencher o formulário .
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Seminário Palácios de portas abertas: conhecer para proteger

 
Pronunciamento da professora doutora Sylvia Ficher
17 setembro 2023
 
" Gostaria inicialmente de agradecer Yukie Watanabe, coordenadora-geral de Patrimônio Histórico do Itamaraty pelo gentil convite. Considerando a razão de ser deste nosso encontro – uma reflexão sobre o valor histórico, artístico e cultural acrisolado na arquitetura cívica da Capital Federal, eu vou me permitir começar citando uma crônica da jornalista e amiga Conceição Freitas, do dia 21 de abril passado.
 
Tem por título, Nem-Nem.
 
Com a palavra, Conceição:
 
Num encontro recente com alunos de ensino médio de escolas públicas fora do Plano, perguntei se alguém sabia quem era Lucio Costa. Ninguém.
 
Em outro, dias depois, os adolescentes não se consideravam nem candangos nem brasilienses. A capital da utopia, para eles, é uma imagem monótona e repetitiva que rola no celular ou na TV.
 
– Candango é quem é pobre.
– Brasiliense é quem é rico.
– Somos nem-nem.
 
Fecha aspas...
 
E eles estão certos, eles são nem-nem. Esses jovens vivem uma segregação não só espacial, mas também simbólica.
 
Para eles, este patrimônio, este local em que nos encontramos, tão valorizado em nosso meio, na nossa bolha, não diz nada. Sequer o conhecem. Se já estiveram em alguma visita aqui no Itamaraty, talvez tenham gostado mesmo é do dia de folga das aulas. Estão alijados dos códigos que permitiriam uma leitura da experiência, que permitiriam dar outros significados à experiência.
 
Falar em educação patrimonial como tarefa pedagógica sem a contrapartida de apresentar com objetividade qual o porquê da preservação de um bem, seja material, sejam imaterial, é insistir em lições abstratas sobre valores transcendentais.
 
Eu estou convencida que só se protege aquilo que se conhece, aquilo sobre o qual se tem referências claras, concretas. Aquilo que se é capaz de decifrar os códigos, se é capaz de reconhecer. E, ao reconhecer, fazer-se proprietário também.
 
Para, assim, superar o desnível que há entre o entendimento que se tem da importância do patrimônio entre os aqui presentes e entre o entendimento de grande parte das pessoas. Esse descompasso é geral, diria mesmo, universal, entre padrões de gosto, entre níveis de informação, entre experiências de vida, entre valores culturais.
 
Vou me permitir também repetir algumas considerações que fiz em evento recente no IPHAN, denominado "Palácios de Brasília: Projeto e Destino". Afinal, as preocupações são semelhantes.
 
Em 1978, tendo recém concluído um mestrado sobre patrimônio arquitetônico e urbano, participei de uma reunião da SBPC na cidade de Santos. Exatos quarenta anos depois, em 2018 participei de outra reunião, desta vez na Fundação Cultural de Curitiba. Infelizmente, a questão era a mesma: os desafios da preservação.
 
E a minha resposta também foi a mesma: informação, informação, informação. Mas informação direta, sem notas de pé de página e sem bibliografia. Nada explica dizer-se que o Palácio do Itamaraty é uma obra-prima de Oscar Niemeyer, uma obra-prima da arquitetura brasileira, reconhecido internacionalmente por seu alto valor artístico. São palavras vazias...
 
Informação deve ser através de publicações de divulgação, guias despretensiosos, histórias em quadrinho, vídeos curtos como o TikTok e todo o arsenal digital disponível para quem quiser se aprofundar naquilo que lhe interessar. É preciso ter aplicativos.
 
Eu costumava dizer que se não está na internet, não existe. Hoje eu digo: se não tem aplicativo, não existe. Tem aplicativo para tudo, até para beber água! Ou para namorar, como na música do jovem Gabriel Diniz, mais um artista morto em um desses trágicos acidentes com jatinhos, "O nome dela é Jennifer, eu conheci ela no Tinder".
 
Daí a importância de se associar aplicativos e roteiros. Porque roteiros são imprescindíveis, com mapas simplificados, percursos e muitas ilustrações comparativas. E ficam melhor ainda se traduzidos em aplicativos. De modo a auxiliar na visita a bens de uma mesma classe, que ajudem a observar, diferenciar e, assim, reconhecer o que há em comum entre esses bens.
 
No caso de Curitiba, roteiros sobre a arquitetura de madeira, sobre a arquitetura eclética do café, a arquitetura art-nouveau da virada do século ou sobre a arquitetura art-deco da industrialização. No caso de Brasília, um roteiro das sedes de fazendas remanescentes, de suas áreas de preservação ambiental, outro das etapas de construção da metrópole, outro ainda de sua arquitetura monumental, e assim por diante. Insisto, reconhecer é indispensável para o passo seguinte: apropriação, sentir-se proprietário do bem.
 
Reconhecimento e apropriação, ou seja, adesão afetiva, na feliz expressão de Graça Ramos no citado evento do IPHAN. Ou, para citar mais uma música, aquela do Peninha, de grande sucesso na nossa bolha quando gravada na voz de Caetano: "Quando a gente gosta é claro que a gente cuida..."
 
O resto todos nós já sabemos muito bem, são as tarefas rotineiras dos preservacionistas: levantamentos cadastrais, documentação, conservação de arquivos, capacitação técnica, atribuição de valores, definição de prioridade, etc., etc., etc.
 
E portas abertas para se conhecer um bem para além daquilo que é público, para se conhecer suas entranhas e mistérios. Vale sempre o prazer de visitar o proibido!! "


Fala pronunciada no Palácio do Itamaraty de Brasília dia 17 de agosto de 2023 no seminário "Palácios de portas abertas: conhecer para proteger" cuja programação foi a seguinte:

10h00: Abertura
Embaixador Denis Fontes de Souza Pinto. Secretário de Gestão Administrativa/MRE
10h10: Senhor Leandro Grass. Presidente do !PHAN
10h25: Professora Doutora Sylvia Ficher. Professera Emérita da FAU/UnB
 
10h40: Mesa redonda
Moderação: Conselheira Yukie Watanabe, Coordenadora-geral de Patrimônio Histórico/MRE
10h45: Senhor Rogerio Carvalho, Diretor Curatorial dos Palácios Presidenciais
10h55: Senhor Marcelo Sa de Sousa, Diretor do Museu da Câmara dos Deputados
11h05: Senhora Maria Cristina Silva Monteiro, Coordenadora do Museu do Senado
11h15: Senhor Estêvão Waterloo, Secretario-geral da Presidência do Supremo Tribunal Federal e Senhora Daniela Daros, Secretaria de Altos Estudos, Pesquisas e Gestão da lnformação/STF
11h25: Debate/perguntas e respostas
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Começam as atividades do projeto ''A Construção da Profissão''

 
O Instituto de Arquitetos do Brasil - Departamento do Distrito Federal (IAB.DF), com apoio da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (FAU-UnB) e patrocínio do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal (CAU-DF), deu início às atividades públicas no mês de julho.

O primeiro evento faz parte de uma série de atividades programadas para acontecer entre julho e dezembro de 2023, como palestras e oficinas, culminando em uma exposição. “A construção da profissão: a história da do campo da arquitetura e urbanismo pelo acervo centenário do IAB em Brasília” foi contemplada por financiamento através de Edital de Chamamento Público do CAU-DF.

A primeira palestra, realizada em 27 de julho, no auditório do CAU-DF, teve como temática ''Expografias em Arquitetura e Urbanismo'', e contou com apresentações de Gabriela Bilá e Marcelo Sávio, que puderam falar sobre seus trabalhos com exposições, tecnologia e concursos. A gravação na íntegra está no canal do IAB-DF no YouTube: https://youtu.be/hwZ2QLgbuGE

A segunda atividade aconteceu no dia 08 de agosto, também no auditório do CAU-DF, com as temáticas 'Expografias em Arquitetura e Urbanismo' e 'Pesquisar, construir narrativas e exposições'. As palestras foram ministradas por Muha Bazila e Luiza Coelho, cujos títulos foram, respectivamente: 'Arquitetura e Narrativas Históricas: uma análise racializada sobre memória e territórios' e 'O reconhecimento do trabalho feminino na arquitetura e urbanismo'. A gravação na íntegra está no canal do IAB-DF no YouTube: https://youtu.be/FxvR4GgovW8


Estão programados mais eventos até o mês de dezembro, e as datas serão divulgadas nas redes sociais do IAB-DF. A próxima palestra acontecerá no dia 05/09, com Danilo Matoso e Paula André, e as informações estão no nosso instagram.

Lembramos que todas as atividades são gratuitas e garantem certificado de participação!​
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Número de domicílios vazios seria capaz de absorver toda demanda habitacional no DF

 
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O Censo de 2022 teve seus primeiros dados divulgados no dia 28 de junho, e trouxe algumas informações sobre o panorama nacional de crescimento e também de questões habitacionais. O Distrito Federal, segundo os dados recém-publicados, tem atualmente um total de 1.172.588 domicílios, dos quais 148.846 mil encontram-se desocupados.

Contrastando-se esses números aos do Censo de 2010, nota-se um aumento muito expressivo no número de domicílios não ocupados1. Em 2010, havia 80.584 imóveis na mesma situação. O último levantamento, realizado em 2022, especificou ainda a categoria de imóveis não-ocupados de uso ocasional2, que totaliza 33.779 unidades no DF. Adicionando-se esse número ao número de domicílios não ocupados, a diferença do índice em relação ao último levantamento representa que o número de imóveis vazios mais que dobrou, totalizando 182.625 mil.

Ao mesmo tempo que a vacância imobiliária torna-se mais expressiva, o déficit habitacional também aumenta no DF.

O conceito de déficit habitacional sustenta os indicadores que buscam estimar a falta de habitações e/ou existência de habitações em condições inadequadas como noção mais ampla de necessidades habitacionais (FJP, 2021). O levantamento mais recente do DF, cruzado com informações da Pesquisa Distrital por Amostra de Dados (PDAD), indicou um total de 102.984 domicílios.

O componente de maior expressão é Ônus excessivo com aluguel – 52,10% do total; seguido da Precariedade dos domicílios – 26,84%; depois do Adensamento excessivo – 10,89%; e, por último, da Coabitação familiar – 10,16%, de acordo com dados da Seduh de 2021.

Esse número de domicílios não ocupados também é superior à estimativa do Panorama Habitacional Prospectivo para o DF, realizado em 2018, pela Companhia de Planejamento do DF (CODEPLAN) que prospectou que o déficit habitacional do DF estaria entre 133 mil e 150 mil domicílios em 2025.

Isso demonstra, que há imóveis suficientes na Capital Federal para suprir a demanda total por moradias – tanto quantitativa, quanto qualitativa.

Os componentes qualitativos do déficit não necessariamente têm como ‘resposta’ mais adequada a criação de uma nova unidade habitacional. Muitas vezes, algumas melhorias nas construções e na infraestrutura de serviços podem configurar a adequação de uma moradia. Ainda assim, o número de domicílios vazios seria capaz de absorver todos os tipos de demanda habitacional registradas atualmente no DF.

Ausência de política pública
A diferença entre oferta e demanda de domicílio é representativa da desigualdade social que se intensificou na cidade no período em questão. A investigação dos padrões da produção imobiliária local entre os Censos, se feita, indicaria o descompasso entre a falta de produção de unidades habitacionais direcionados a fatia da população que não tem seu direito constitucional à moradia garantido, e ao grande número de unidades habitacionais que são direcionadas a um público consumidor que não usa seus imóveis para morar.

O próprio Censo levantou o aumento de 36,88% no número de unidades habitacionais, esse número representa 317.092 novas habitações, muitas delas em regiões como Águas Claras, Noroeste e Jardim Botânico. Essas regiões não possuem o déficit habitacional tão expressivo como a Unidade de Planejamento Territorial Oeste, composta por Ceilândia, Taguatinga, Samambaia e Brazlândia, que representa 34,35% do déficit do Distrito Federal.

Apesar do grande número de imóveis desocupados, nunca houve no DF, uma política pública voltada ao seu aproveitamento para Habitação de Interesse Social, apesar do debate ocorrer entre técnicos da área, acadêmicos e movimentos sociais. 
Não há a visibilidade desejada para essa questão, mesmo que estudos e experiências em outras grandes cidades já tenham demonstrado que a readequação de imóveis seguida da realocação populacional pode representar economia aos cofres públicos. Essa estratégia ainda ataca a falta de função social dos imóveis vazios em áreas munidas de serviços e infraestrutura urbana, bem como e permite dinamizar áreas urbanas subutilizadas.

Contradições
No levantamento realizado pelo Observatório Territorial do Distrito Federal, baseado em dados da CAESB, somente em 2016, 41 mil unidades habitacionais estavam com a rede de água inativa. Segundo esses dados, podemos ver uma grande contradição: o Plano, que é o destino de grande parte da força de trabalho do DF tem o maior número de imóveis desocupados, e a Ceilândia, cidade com maior déficit absoluto do DF, está logo em terceiro lugar no levantamento.
Levantamento realizado pelo Observatório Territorial do Distrito Federal / Reprodução Seduh

O próprio Plano Distrital de Habitação de Interesse Social cita a questão dos móveis ociosos, que podem ser objeto de aplicação dos instrumentos urbanísticos visando sua ocupação pela população de baixa renda. Um desses instrumentos é o PEUC (Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios), aplicado quando o imóvel não cumpre sua função social, é um instrumento do Estatuto da Cidade, ainda não regulamentado no Distrito Federal.

Vale lembrar também que a demanda por recursos e infraestrutura como água, iluminação, esgoto e pavimentação, é muito custosa, e o Distrito Federal já enfrenta alguns problemas por conta do crescimento desordenado, relacionado diretamente aos custos e dificuldade de acesso à habitação digna.

:: Leia outros textos desta coluna aqui ::

* Cecília Almeida – Diretora Cultural e de Divulgação do Instituto de Arquitetos do Brasil do Distrito Federal
** Clarissa Sapori – Mestra em Planejamento Urbano. Coordenadora da Comissão de Política Urbana do Instituto de Arquitetos do Brasil do Distrito Federal.

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​“Gênero, Raça e Planejamento de cidades”: decolonizar o ensino para mudar.

 
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Cláudia Sales no evento “Arquitetura e feminismo: Sem começo nem fim”.
Texto republicado do Coletivo Arquitetas Invisíveis
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O mês de julho é marcado por 2 datas de grande relevância para a construção e debate sobre equidade, inclusão e visibilidade das mulheres no campo da arquitetura e urbanismo: o dia 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, e o dia 31 de julho, Dia Nacional da Arquiteta e Urbanista. Neste ano, a Coletiva Arquitetas (in)Visíveis, em conjunto com o IAB.DF e a Vice-Presidência Extraordinária de Ações Afirmativas do IAB, colaboraram com o Instituto Cervantes para montar a Exposição Arquitetura e Feminismo: sem começo nem fim, em Brasília. A exposição aborda o cotidiano dos espaços arquitetônicos, centralizando o ponto de vista das pessoas que tradicionalmente têm sido ignoradas e propondo alternativas mais igualitárias.

Como parte da programação paralela à exposição, realizamos no dia 20 de julho uma mesa de debate sobre como habitar os espaços de forma mais sustentável, empática e justa, a partir da perspectiva feminista na arquitetura e urbanismo. O debate foi extremamente rico, contando com a participação de Semiramis González, curadora da exposição, Martha Fonseca Salinas, Collectiu Punt 6, Maribel Aliaga, observatório amar.é.linha, e Claudia Sales, conselheira federal do CAU/BR.

Hoje, dando continuidade às celebrações deste mês e do Dia da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, compartilhamos com todas, todes e todos a fala da arquiteta, urbanista e pedagoga Claudia Sales de Alcântara, que aborda a urgência de decolonizar o ensino para promover mudanças nas nossas cidades e sociedade.

@claudiasalcantara ressalta a necessidade de DEcolonizar o ensino de arquitetura e urbanismo, construindo outras pedagogias e epistemes para além das dominantes, voltadas para os sujeitos subalternizados pela colonialidade, como indígenas, negros, mulheres e outros marcadores de diferença contrapostos às lógicas educativas hegemônicas, que são predominantemente masculinas e brancas. Somente assim poderemos avançar verdadeiramente. “Nossas arquitetas não cabem no ‘modulô”.

Que estas reflexões inspirem a todos nós a construir um futuro mais equânime, generoso e transformador!

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​“Gênero, Raça e Planejamento de cidades”: decolonizar o ensino para mudar.

Cláudia Sales de Alcântara

Todas as pessoas deveriam sentir-se à vontade no espaço urbano, em qualquer lugar e a qualquer hora. O espaço urbano deveria ser democrático e as cidades seguras. O urbanismo deveria beneficiar todos, todas e todes, por intermédio de um espaço público mais inclusivo.

Após décadas de cidades projetadas por e para homens, chegamos à conclusão de que o planejamento urbano não é neutro e que é preciso incluir as mulheres nele. Devemos pensar em propostas que consigam ir além de rever a má iluminação das vias, ou aumentar a vigilância, devemos pensar em como investir em estruturas urbanas inclusivas para criar espaços de convivência para que todos usufruam do direito à cidade.

O CAU BRASIL tem se comprometido com a  pauta da promoção da Equidade de Gênero na Arquitetura e Urbanismo por meio da Comissão Temporária de Equidade de Gênero do CAU/BR (2019), da Comissão Temporária de Política de Equidade de Gênero do CAU/BR (2020) e Comissão Temporária de Raça, Equidade e Diversidade (2021 – 22), incluindo a perspectiva das mulheres no desenvolvimento das cidades brasileiras por meio de uma nova abordagem de participação e a possibilidade de romper esses limites que definem o acesso das mulheres à cidade, tornando-as mais inclusivas e segura para todas as pessoas.

Como instituições reguladoras e fiscalizadoras da profissão que moldam os espaços da moradia e do exercício da cidadania, o CAU/BR e os CAU/UF têm papel fundamental nesse contexto, pois podem esclarecer a sociedade sobre a importância do direito universal à cidade. Assim, buscam seu protagonismo como referência em planejamento e gestão democrática e inclusiva, especialmente porque mais da metade da categoria de arquitetos e urbanistas é composta por mulheres.

Atender as demandas das mulheres no planejamento urbano não implica fazer uma cidade especializada unicamente para elas, excluindo o lugar e as necessidades dos outros cidadãos, mas afirmar uma perspectiva que representa uma nova abordagem de inclusão, do olhar, da opinião, da percepção e da contribuição das mulheres na construção da cidade contemporânea, trazendo uma nova dimensão ao desenvolvimento da cidade e da sociedade. Pensar as cidades a partir das necessidades de uso das mulheres é refletir sobre a infraestrutura do espaço urbano para responder às atividades do cotidiano também delas.

Porém, quero trazer aqui mais uma camada interseccional para ser trabalhada com a questão de gênero, que é a questão racial. Isso porque ainda hoje no Brasil, as mulheres negras são quem protagonizam os piores indicadores sociais. As vivências de mulheres pretas são distintas das de mulheres brancas.

Para nós, mulheres pretas, as experiências individuais e coletivas que nos movem são derivadas do enfrentamento diário pela sobrevivência em um ambiente estruturalmente racista, fruto de uma herança escravocrata que ainda não foi encarada como se deveria. A socióloga Ednéia Gonçalves elucida essa questão quando diz que:
  • “refletir sobre as implicações do racismo no processo de apropriação e circulação da população negra nas cidades é também um exercício de identificação desse território como mais um espaço de luta contra o apagamento de nossa presença histórica, econômica, social, cultural e religiosa que atinge as mulheres negras, interseccionando violências, discriminações e opressões.
    Trabalhar, estudar, maternar, amar, morar, alugar, permanecer viva… O direito à livre circulação ainda é uma abstração, tendo em vista que as experiências individuais e coletivas que incidem na construção de vínculos com esse território se baseiam, sobretudo, na hostilidade ao nosso corpo e à história que ele representa.
    (…). Essa visão “casa grande e senzala”, que até hoje inspira políticas públicas e alimenta o imaginário racista e separatista, contribui fortemente para a permanência do quarto de empregada, uniformes alvos e elevadores de serviço, que escandalosa ou disfarçadamente resistem na cidade, fortalecendo e reinventando as armadilhas discriminatórias de sempre.”

Diante do exposto, quero concentrar minha fala colocando a necessidade de se  trabalhar a questão de cidade gênero, numa perspectiva de justiça racial que nos permita a oportunidade de desconstruir estruturas que contribua para uma série de violações de direitos e nos permita obter uma compreensão mais profunda de como as estruturas racistas e patriarcais que se sobrepõem e que precisam ser debatidas e solucionadas.

Entendo que essa questão envolve fundamentalmente a nossa formação para o exercício profissional. Se não fizermos uma revisão nos nossos currículos, um giro decolonial na nossa formação, não sairemos do canto, não conseguiremos construir as respostas que de fato são necessárias para esse contexto.

A autora Thais Luzia Colaço utiliza o termo “decolonial”, suprimindo o “s” para marcar uma distinção com o significado de descolonizar em seu sentido clássico. Deste modo quer salientar que a intenção não é desfazer o colonial ou revertê-lo, ou seja, superar o momento colonial pelo momento pós-colonial. A intenção é provocar um posicionamento contínuo de transgredir e insurgir. O decolonial implica, portanto, uma luta contínua”. Indica uma superação do colonialismo — o qual é a base do patriarcado e o racismo; por seu turno, a ideia de decolonialidade indica exatamente o oposto e visa transcender a colonialidade.

Precisamos DEcolonizar o ensino de arquitetura e urbanismo, construindo outras pedagogias e epistemes para além da hegemônica, a partir dos sujeitos subalternizados pela colonialidade, como indígenas, negros, mulheres e outros marcadores das diferenças contrapostas às lógicas educativas hegemônicas, que são masculinas e brancas. Só assim conseguiremos avançar.

Os teóricos que estudamos são em sua maioria, ainda hoje, eurocêntricos e estadunidenses, não nos aprofundamos na produção de conhecimento latino-americana, voltada para América Latina, e por esse motivo, acabamos reproduzindo um conhecimento filosófico, metafísico, eclesiástico, arquitetônico, formado nesses países de centro, que não possui conexão com nossa realidade social e cultural.

O que a gente faz é tentar de alguma maneira aplicar esses conhecimentos a nossa realidade, o que não funciona, fazendo com que as coisas feitas aqui pareçam ser muito distantes daquele ideal hegemônico. Logo, a nossa produção passa a ser vista como algo menor, como uma coisa que não conseguiu chegar lá, capenga e “tupiniquim”.

Os cursos de Arquitetura e do Urbanismo no Brasil, tentando se inserir na linha histórica dos países europeus, valorizaram desde o seu nascedouro a seleção e organização do conhecimento produzidos nesses países de centro, como fundamento para a formação dos profissionais brasileiros. Esses conhecimentos foram distribuídos em, pelo menos, quatro principais eixos — teoria, história, projeto (arquitetura, urbanismo e patrimônio) e tecnologia — que se estruturam quase que de forma autônoma e independente, com pouca articulação e transversalidade e interdisciplinaridade. E isso por si só já é um prejuízo! Porque se tem um processo formativo fragmentado, na lógica do processo industrial (fabril), capitalista e colonial, onde se acredita que na junção das partes, forma-se o todo. E a gente já sabe, que, na prática, não funciona desta forma…

Adotando o paradigma Moderno de fazer ciência — modelo esse eurocêntrico, dos países históricos (Flüsser) — impomos nas nossas escolas um pensamento cartesiano e positivista de enxergar a cidade e o edifício, simplificando problemas complexos, construindo de forma instrumental, linear e sucessiva o conhecimento.

Então, a temática DA DECOLONIZAÇÃO DO ENSINO DE ARQUITETURA é uma temática que me obriga a falar desse projeto de modernidade, que continua presente nos cursos, numa lógica opressora para mulheres, pretos, povos originários, PCDs, etc. E me convida a pensar e construir paradigmas que rompam com essa produção de conhecimento de episteme eurocêntrica.

E isso é muito difícil, porque ninguém quer fazer uma imersão em si: dá trabalho, mexe com problemas e feridas que não queremos lembrar e revisitar, nos obriga a rever e criticar o que já foi hegemonicamente colocado para nós, como se não nos houvesse outra opção, de forma “naturalizada”, numa espécie de violência simbólica onde nós, não percebendo essa violência que nos foi e é imputada, acabamos criando mecanismos de manutenção e reprodução dessa violência (Bourdieu). É o que Cida Bento chama de pacto da branquitude.
Na arquitetura, mais especificamente, esse pensamento estruturado no modo cartesiano e positivista de enxergar a realidade, chega no seu expoente máximo no MODERNISMO, estabelecendo uma maneira de enxergar e projetar o objeto arquitetônico e a cidade. E nós, adotamos, sem sermos modernos, e sem passarmos pela revolução industrial, pelos mesmos problemas de ordem econômica-social que desembocou no modernismo europeu, esse paradigma como estruturante epistemológica das nossas escolas, e consequentemente em nossas cidades, desconsiderando nosso próprio processo histórico, marcado por diversas violências de gênero e raça.

Por que estou dizendo tudo isso? Porque se quisermos habitar os espaços de forma mais sustentável, igualitária e justa, o nosso tema deve ser primeiro a DECOLONIZAÇÃO do campo da arquitetura e urbanismo. Porque a supervalorização do moderno, ainda tão presente nas escolas de arquitetura e urbanismo, gera pelo menos três problemas centrais, impeditivos para se construir espaços mais empáticos, uma profissão mais inclusiva e uma sociedade mais equânime a partir da arquitetura e urbanismo, são eles: o discurso, o projeto e o conteúdo das nossas escolas.

O primeiro é o discurso, a falsa ideia que a verdadeira arquitetura brasileira foi aquela produzida durante o movimento moderno, numa tentativa “purista” e higienista, de se inserir na história da arquitetura “mundial”. Qual é o prejuízo desse tipo de supervalorização?: é que, se o modernismo brasileiro é a nossa arquitetura que “deu certo”, que nos projetou internacionalmente (aquela — falsa — sensação de que nos inserimos na linha histórica dos países de centro), então todos os estudantes querem copiar esse paradigma! Porque é mais seguro “colar” em algo que deu certo.

E como prejuízo da supervalorização desse discurso, temos projetos que muitas vezes só contribuem para a manutenção e reprodução de uma arquitetura cartesiana e objetiva, distante da área criativa da complexidade da sociedade, que não cabe num “modulô”.

O segundo problema está na maneira de fazer projeto que esse paradigma imprimiu e reproduzimos em muitas das nossas escolas. Já sabemos disso, mas falarei novamente, para os modernistas a forma do objeto arquitetônico deveria seguir a função. Portanto, a forma surge da articulação de atividades resolvidas em planta-baixa (elemento gerador do projeto). Frases clássicas como a de Le Corbusier — A Casa é uma Máquina de Morar — e a de Mies Van der Rohe — Menos é Mais — exaltavam os quesitos funcionais do projeto e ganharam o mundo, principalmente depois da segunda grande guerra.

Iniciamos, geralmente, pela planta-baixa, depois eleva-se os cortes e fachadas. Essa forma de projetar faz com que o estudante não consiga ter uma visão geral (total), mais complexa do objeto, pois, sempre trabalha por partes, de forma fragmentada. Isso gera problemas não só de representação e de projeto, mas, problemas na maneira de ler a realidade, de ler o projeto, de ler o edifício, ler a cidade. Falta de conexão com as demais disciplinas, principalmente as de história. 

Esse modo de fazer projeto, fruto dessa racionalidade técnica eurocêntrica, centrada no olho, nada tem a ver com nossa cultura latino-americana, repleta de gestos, sentidos, excessos e mestiçagens. Para nós deveria ser “Mais é mais e menos é um tédio” (Iris Barrel), como sonhava Ariano Suassuna em seu manifesto Armorial:
  • A arquitetura brasileira contemporânea, nem é arquitetura — pois é feia, fria e desagradável — nem é brasileira — pois é copiada de Le Corbusier, internacionalista, cosmopolita, requentada, brancosa, cartesiana, de paredes nuas, brancas, retas, e tendo, ainda por cima, desterrado de dentro de si a Pintura, a Cerâmica e a Escultura. Certa vez, Le Corbusier indignou um grupo de jovens arquitetos brasileiros que o visitavam, dizendo que toda a Arquitetura brasileira moderna originava-se da dele.
    Le Corbusier tinha razão, e ainda foi delicado, porque não acrescentou que ele próprio faz, às vezes, por acaso, coisas boas, e nossos arquitetos só têm feito é copiar o que ele tem de pior, de mais  brancoso, cartesiano e calvinista, repetindo fórmulas e o feio jargão de “gabaritos” “soluções”, e outras coisas “funcionais”. Tudo isso não tem nada de brasileiro.
    Nossa arquitetura teria de ser imaginosa, meio demente, colorida, violenta, irregular, ardente e forte em certos casos, e, noutros casos, tranquila e acolhedora; (…)
    Os atuais “caixões” de paredes despidas e duras, semelhantes a postos de gasolina, não nos servem, não correspondem ao Brasil. (…)

O terceiro problema é que esse paradigma faz uma demarcação daquilo que deve ser estudado com uma certa importância e aquilo que deve ser deixado de lado, ele seleciona os conteúdos, ele fragmenta e diz aquilo que é importante e aquilo que é secundário, aquilo que é arte e aquilo que não é, aquilo que é arquitetura e aquilo que não deve ser. Supervaloriza os conhecimentos dos países históricos, e despreza e invisibiliza os saberes populares e conhecimentos dos demais contextos e culturas (demarcação de poder).

E isso gera GRANDE PROBLEMA: o fato de eu eleger uma arquitetura como hegemônica, faz com que eu perceba com que toda a outra produção, ela seja colocada como uma categoria a parte, menor ou invisibilizada.

É uma arquitetura e um urbanismo menor, que não precisa ser visto, não precisa ser visitado, não precisa ser analisada e protegida. Nós não estudamos a América Latina e sim a Europa. Não conhecemos as contribuições incas, maias, tupis, mas estudamos a Grécia Antiga e sabemos distinguir uma coluna dórica, jônica e coríntios! Vocês já se perguntaram a quem isso interessa?

Nos aprofundamos nas obras dos “grandes” arquitetos do modernismo mundial e brasileiro, mas quando olhamos a cidade, o que a gente tem, não é exatamente esse exemplar. O que está sendo produzido são outras coisas: mestiças, ecléticas, femininas e barrocas. Fruto de uma série de fatores, que nós não estudamos nas escolas de arquitetura, e aí a gente se frustra! 

As escolas de arquitetura invisibilizam essa produção mestiça, marcada pela presença de negros, pardos, indígenas e mulheres, a produção feita a partir da diversidade de culturas e dos problemas do dia a dia; para supervalorizar uma produção que se assemelhe com a produção hegemônica dita “pura” e intelectualizada, o que supostamente nos levaria a um “reconhecimento e validação” dos países de centro.

Habitar os espaços de forma mais sustentável, igualitária e justa, só será possível quando conseguirmos mudar nosso modo de estruturar os cursos de arquitetura e urbanismo, quando tivermos realmente dispostos a decolonizar e assumir nossa condição latino-americana. Eu ainda não sei como fazer isso, mas sei que um primeiro passo é trazer o tema para discutirmos nas universidades, entidades e conselho profissional, acreditando que outros caminhos também são possíveis. Como dizia Paulo Freire: “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”. “Mudar é difícil, mas é possível”.
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IAB DF em ação - informativo do Instituto de Arquitetos do Brasil do Distrito Federal

 
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Primeiro encontro da Comissão de Política Urbana do IAB DF 2023

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Ocorreu, no dia 22 de Abril de 2023 a primeira atividade pública da Comissão de Política Urbana do IAB.DF. Intitulado O lugar das Periferias na Política Urbana do DF, o evento aconteceu no espaço Jovem de Expressão, na Ceilândia, que foi parceiro na organização.

A Política Urbana afeta todas as pessoas que vivem e ocupam as cidades, porém de formas muito desiguais. A quantidade de investimentos para melhorias urbanas diminuem à medida que nos aproximamos das periferias. Ao mesmo tempo, nas Periferias habitam pessoas potentes e criativas que promovem soluções às questões urbanas cotidianas, mas sem a visibilidade e os recursos necessários.

Para debater esse tema, convidamos profissionais com diferentes bagagens e vivências. Participaram: o artista visual Gu da Cei, o arquiteto do Ministério das Cidades Flávio Tavares, o professor Orlando Nunes e a pesquisadora, ativista e assessora parlamentar Geysa Costa.

Após o debate, houve uma vivência por Ceilândia e Sol Nascente, visitando áreas urbanizadas por meio de processos participativos e os blocos habitacionais cujos projetos foram escolhidos por concursos públicos nacionais de projeto.

O próximo encontro da CPU com vivência pelo território do DF foi realizado na cidade de São Sebastião e estará no nosso próximo informe. Confira nossas redes! ​

​Caravana das Periferias

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[Representantes do IAB-DF, Movimento Supernova, Brigadas Populares, Sebas Turística, Agência Sebastianas, Controladoria Geral da União, Ministério das Cidades, Ministério do Desenvolvimento Regional, Ministério dos Direitos Humanos e Gabinete Aba Reta (Max Maciel)  juntos debatendo a Periferia Viva.]
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O IAB.DF marcou presença no evento promovido pela Secretaria das Periferias, do Ministério da Cidade,  no dia 27 de abril.

Com o objetivo de mapear todo tipo de iniciativa que promove direitos e manifestações da população das quebradas brasileiras, o Secretário Guilherme Simões visitou as Regiões Administrativas de São Sebastião, Sol Nascente e Ceilândia e esteve em contato com articuladores de movimentos sociais variados nesses territórios. O IAB.DF acompanhou as visitas e expressou o interesse da Comissão  de Política Urbana da atual gestão de aproximar arquitetos e urbanistas dos movimentos sociais que atuam nos territórios com temas pertencentes ou transversais à Política Urbana.

Coluna do IAB.DF no Brasil de Fato

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Com uma reflexão sobre os 63 anos da nova capital o IAB.DF inaugurou sua coluna no jornal Brasil de Fato DF. 

‘’Brasília, por que ignora sua segregação escancarada?’’ é o artigo de autoria compartilhada com: Raquel Freire, arquiteta urbanista, conselheira superior e coordenadora da Comissão Extraordinária de Equidade de Gênero e Raça; André Tavares, arquiteto urbanista e coordenador especial das Comissões e Articulação Política do Instituto dos Arquitetos do Brasil/núcleo DF (IAB/DF) e Guilherme Oliveira Lemos, doutor em História pela Universidade de Brasília.
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A parceria IAB.DF e Brasil de Fato DF começou bem! A coluna foi a mais acessada no mês do aniversário de Brasília.  

  • confira em: https://www.brasildefatodf.com.br/2023/04/21/brasilia-por-que-ignora-sua-segregacao-escancarada#:~:text=Jogados%20no%20descampado%20com%20os,por%20condi%C3%A7%C3%B5es%20dignas%20de%20moradia.​​

A salvaguarda de acervos de arquitetura foram tema de eventos no Rio de Janeiro e Brasília 

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[3º Ciclo de Palestras - A obra de Eduardo Souto de Moura, Paço Imperial do Rio de Janeiro, 19 de abril. Foto: Sandra Branco.]

O presidente do IAB.DF e Diretor Nacional de Cultura do IAB, Luiz Eduardo Sarmento, participou de dois eventos do Ciclo de Debates sobre a Obras do Arquiteto Souto de Moura. Os debates aconteceram como complementação da Exposição sobre a obra do arquiteto português montada no Paço Imperial do Rio de Janeiro, importante centro cultural do Iphan.

No Rio, em 19 de abril,  proferiu a palestra “Construir com o tempo”, analisando obras de intervenção em patrimônio histórico projetadas por Souto de Moura. Em sua fala o presidente destacou a importância da preservação dos acervos de arquitetura e a urgente necessidade criar uma instituição de guarda e outras ações para evitar a evasão de acervos do Brasil e garantir seu acesso ao público. 

Ressaltou a importância da realização da exposição de Souto de Moura no Brasil, ao mesmo tempo que chamou atenção do público para a quase total ausência de exposições de arquitetura no país fruto, em grande parte, da ausência da arquitetura no Plano Nacional de Cultura e a falta de fomento a este tipo de projetos.

Na Embaixada de Portugal em Brasília, em 25 de maio, o arquiteto mediu a mesa Desafios dos tratamento de acervos, em que foram apresentadas boas práticas na preservação e difusão de acervos de arquitetura. Participaram da mesa Raquel Schenkman, presidente do IAB.SP, Márcia Elizabeth Martins, do Centro de Memória do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio Grande do Sul e,  por vídeo, Nuno Sampaio, da Casa de Arquitectura de Matosinhos.​
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Presidente do CAU.BR, Nádia Someck; Ana Flávia Magalhães, Diretora-Geral do Arquivo Nacional; Alexandra Pinho, Diretora do Camões - CCP Brasília; Danilo Matoso, representante do Fórum de Entidades em Defesa do Patrimônio Cultural Brasileiro, Cecília Sá, subsecretária de equipamentos culturais do Minc e Luiz Eduardo Sarmento, presidente do IAB.DF em evento na Embaixada de Portugal em Brasília.

Novamente o presidente do IAB.DF aproveitou sua fala no sentido de defender a criação de um Museu de Arquitetura e Urbanismo em Brasília para receber os diversos acervos de arquitetura, hoje sem acesso público e muitos em risco. Sarmento ressaltou também a importância da participação nas conferências preparatórias para a Conferência Nacional de Cultura, local de construção coletiva onde o tema pode ser tratado com outros agentes sociais.

IAB em defesa de um DF mais justo

O IAB.DF possui diversas representações em instâncias de participação social na administração pública. Uma delas é o Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan), no qual o Instituto possui atuação histórica e combativa em defesa do direito à cidade, da justiça fundiária, do meio ambiente e da preservação do patrimônio cultural edificado.

Alinhado a sua trajetória atuante, a atual representação do IAB-DF desempenhou papel ativo no debate da proposta de Projeto de Lei Complementar (PLC) de Parcelamento do Solo Urbano no Conplan, apontando uma série de vícios no rito de elaboração e apresentação da proposta ao Conselho, bem como questionando o GDF sobre pontos do projeto de lei que representam riscos ao preceito da função social da cidade e da propriedade urbana.

A insistência do governo em promover uma aprovação expressa da matéria levou a um pedido de vistas do processo em apreciação, iniciativa acompanhada pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal - CAU-DF. A partir do pedido de vistas, IAB.DF e CAU.DF promoveram reuniões técnicas e um debate público na sede do Conselho, como forma de ampliar a discussão sobre o PLC, bem como apresentaram um parecer registrando todas as questões problemáticas da proposta. 

Apesar disso, o PLC foi aprovado no Conplan. A atual gestão do IAB-DF busca, agora, junto a outras instâncias, alternativas para que seja garantida a participação social na elaboração da nova lei, bem como para impedir que dispositivos contrários ao interesse público componham o texto legislativo da proposta. 

Organizando a casa

Como primeira ação da gestão IAB.DF 2023-2025 foi definida uma reorganização expedita dos espaços do IAB em Brasília, visando garantir um maior acesso aos associados e melhores condições de trabalho para as equipes que atuam nos projetos e propósitos do IAB no DF.
O escritório do IAB.DF, localizado na sala 206 do Edifício Oscar Niemeyer, importante obra de Oscar em Brasília, agora conta com espaços de reuniões, biblioteca e espaço reservado para a guarda do acervo histórico documental do IAB. 

Associados podem solicitar utilização do espaço para reuniões, pesquisas e trabalhos por meio do e-mail [email protected]. 

Venha nos fazer uma visita!

Arquiteta IAB.DF do Ano 2022

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[Luiza Coelho recebendo seu certificado da Presidente do IAB, Maria Elisa Baptista;]

A arquiteta e urbanista Luiza Dias Coelho é a arquiteta do ano de 2022, um reconhecimento do IAB.DF por sua atuação em defesa da arquitetura e urbanismo e seu desenvolvimento. Seu nome foi escolhido por unanimidade pelo Conselho Diretor do IAB.DF graças à dedicação que Luiza tem destinado às ações do IAB, com destaque aos projetos de memória, na luta pela equidade de gênero e diversidade nas instâncias de política da categoria profissional e no desprendido trabalho que desempenha há anos em atividades administrativas e de gestão do IAB em nível Distrital e Federal.

Luiza Dias Coelho é formada pela FAU-UnB. É Conselheira Superior do IAB.DF, onde foi propositora e Coordenadora da Comissão de Equidade De Gênero e Raça, além de assessorar a Comissão Administrativa e Financeira. Em 2020, foi responsável pelo regulamento de criação da Ouvidoria da IAB.DF, iniciativa adotada por unanimidade em assembleia do departamento. Na direção nacional do instituto é cocoordenadora da Comissão de Equidade de Gênero – Rosa Kliass e Vice-presidente Extraordinária de Ações Afirmativas, estabelecendo diversas parceiras e projetos de promoção da equidade e inclusão na Arquitetura e Urbanismo. Foi coordenadora adjunta do Concurso Público de Projeto de Arquitetura e Expografia para o Pavilhão da Brasil na Expo Osaka 2025. Em 2022, trabalhou como arquiteta e produtora no Camões – Centro Cultural Português em Brasília, vinculado a Embaixada de Portugal, onde pode compor a produção executiva do Pavilhão de Portugal na 26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo.  Cofundadora da Coletiva Arquitetas (in)Visíveis (2014), integrante da equipe editorial da Revista Arquitetas Invisíveis desde 2015. Cofundadora e pesquisadora no Observatório Amar.é.linha, grupo de pesquisa de feminista em arquitetura e urbanismo. Cursou um ano de arquitetura no Instituto de Tecnologia de Illinois em Chicago, EUA, pelo programa Ciências sem Fronteiras. Atua como arquiteta em projetos culturais e expográficos.

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Em nova iniciativa, o IAB.DF passará a enviar informes com algumas das atividades desenvolvidas pelos membros da gestão. Assim, temos uma comunicação mais clara e assertiva com nossos associados e interessados nas nossas ações!

Além do recebimento em primeira mão pelos assinantes da nossa lista de email, os informes estarão disponíveis no nosso site e instagram. Caso seja associado, o informe vai automaticamente pra você, caso queira passar a receber nossas comunicações, é só preencher o formulário (link também nos stories): https://forms.gle/P9ZbWpambjvfDvud6
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Dirigentes do IAB.DF visitam obras de habitação de interesse social oriundas de concurso público nacional de projeto

 
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No ultimo dia 22 ocorreu, no espaço do Programa Jovem de Expressão em Ceilândia, a 1ª Reunião da Comissão de Política Urbana do IAB.DF. 

Após o rico debate sobre o lugar das periferias nas políticas urbanas governamentais decidiu-se por fazer uma visita ao Sol Nascente para que as pessoas presentes pudessem conhecer as obras de edificações habitacionais construídas ou em obras.

Na quadra 501 no Trecho 1 do Sol Nascente os dirigentes e associados do IAB conheceram os blocos habitacionais cujo projeto é de autoria das arquitetas Jéssica Baringer, Amanda C. Fabeni, Leandro Sasse, Bruno Moreira Custódio, cujo escritório está sediado em Blumenau / SC.

O resultado do Concurso organizado pela CODHAB/DF com apoio do IAB.DF foi divulgado em outubro de 2016. A comissão julgadora entendeu que a  "proposta é adequada ao programa por sua viabilidade econômica, mostrando aderência aos valões praticados pelos agentes financeiros desta modalidade e edificação." E destacou que a proposta ora edificada "sugere baixa demanda de manutenção pelo sistema construtivo, materiais empregados e conformação dos espaços e uso coletivo. Trata de forma adequada o térreo, criando um espaço de convívio para os moradores (...)." 

Os apartamentos já estão ocupados pelas famílias beneficiadas, o que gerou interesse dos dirigentes acerca de estudos de pós-ocupação e verificação da opinião dos moradores acerca da arquitetura de seus blocos e apartamentos, já que são bastante diferentes das unidades construídas no DF.
Conheça mais sobre o projeto aqui: https://concursosdeprojeto.org/2016/10/31/premiados-habitacao-coletiva-sol-nascente-codhab-df/

Em seguida o grupo se dirigiu ao Trecho 2 do Sol Nascente para ver as obras dos blocos de uso misto (unidades habitacionais em 3 pavimentos sobre térreo comercial). O projeto foi escolhido também por meio de concurso. https://concursosdeprojeto.org/2017/03/01/premiados-edificios-de-uso-misto-no-sol-nascente-trecho-2-codhab-df/

Para além da qualidade estética do projeto, chama atenção a presença de áreas comerciais no térreo com galerias cobertas, garantindo uma cidade mais viva e segura.
O grupo também esteve na Rua das Palmeiras, um largo localizado no coração do Trecho 1 cujo projeto urbanistico foi feito por meio do programa de Athis da Codhab. O paisagismo, executado por meio de mutirões com a comunidade local, encontra-se consolidado, garantindo um importante espaço público verde na maior favela da américa latina.
​
A ideia é sempre promover vivências urbanas após os encontros presenciais da CPU do IAB.DF.
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Discurso de Posse IAB DF - Gestão 2023-2025: cultura, democracia e diversidade

 

pelo presidente Luiz Eduardo Sarmento

Fotos: Toninho Barbosa
Boa noite a todas, a todos e a todes.
 
Autoridades, apoiadores e associados do IAB; dirigentes e ex-dirigentes de nossa entidade; representantes do Conselho de Arquitetura e Urbanismo e das entidades irmãs de arquitetura e urbanismo; movimentos sociais; representações diplomáticas e estudantes de arquitetura e urbanismo: nosso muito obrigado pelo prestígio.
 
Vocês honram o IAB com suas presenças neste Museu Nacional da República.
 
Todas e todos que estão aqui hoje, reunidos neste espaço que é um patrimônio cultural do Brasil, projeto do nosso arquiteto maior Oscar Niemeyer, são pessoas que, de alguma forma, constroem o Brasil a partir deste planalto central. Nossa gratidão à vocês.
 
E estamos aqui para um ritual de passagem. E pq sabemos o quão importantes são os rituais de passagem, que marcam o tempo, encerram e iniciam ciclos. Hoje iniciamos, com vcs, um novo ciclo de luta pelo direito à cidade, à arquitetura, à moradia, ao patrimônio cultural e a promoção de espaços propícios ao intercâmbio e desenvolvimento da arquitetura e urbanismo no brasil e no DF.
 
É com grande satisfação e dever de responsabilidade que assumimos, nesta solenidade pública, como dirigentes do IAB.DF, uma empreitada de 3 anos, um compromisso voluntário e coletivo que escolhemos para focar nossas energias, nosso tempo (e trabalho livre) nos próximos três anos. Não é pouca coisa. Não será pouco o trabalho a qual teremos que enfrentar.
 
Nossa responsabilidade é enorme ao dirigir uma  entidade fundada pelo arquiteto Wilson Reis Netto: destacado artista e importante arquiteto e urbanista que chegou ao planalto para trabalhar com Niemeyer na construção de nossa Capital. Assim como eu, um LGBTQIA+ que veio construir uma vida, ajudar a consolidar essa cidade inserida no cerrado - ou o que sobrou dele e que tanto precisamos lutar para preservar. Gostaria de agradecer ao meu marido, Chico Monteiro, aqui presente, e que tem, nos últimos anos, ajudado ativamente nas atividades do IAB, inclusive na construção das comemorações do centenário de nossa Entidade em 2021.
 
Começamos um novo ciclo em um IAB que foi casa de Lelé, de Olga Verjovstky, de Alda Rabelo, Ítalo Campofiorito - pausa: um profissional que como eu, Soneca, Raul, Henrique - que compõem nossa atual gestão, trabalhou no Iphan, órgão que presidiu e onde instruiu o processo de tombamento de Brasília), Fernando Burmeister, Elvin Dubugras, Milton Ramos, Miguel Pereira, Athos Bulcão e o mestre Edgar Graeff, para citar apenas alguns dos nossos que não estão mais entre nós mas que deixaram um legado importantíssimo ainda nos afeta.
 
Nosso IAB, esta organização da sociedade civil potente, já foi sediada no apartamento do Wilson Reis Netto, na UnB, no Teatro Nacional, no Edifício Mineiro no SCS, no Edifício Oscar Niemeyer, também no SCS; em nosso belo terreno da L2 Sul - onde está prevista a construção da casa da arquitetura e do urbanismo no brasil - Sede Conjunta do Conselho de Arquitetura do Brasil e do IAB em Brasília.
 
Hoje, mesmo que momentaneamente, fizemos do Museu Nacional da República nossa casa.  Esperamos estar mais e mais vezes aqui neste importante espaço, discutindo, expondo e apresentando arquitetura e soluções para cidades mais justas e sustentáveis. Aproveitando o ensejo, agradeço a diretora do Museu, querida Sara Seilert e sua equipe pela acolhida e pelos projetos que virão!
 
A chapa eleita, que ora toma posse nesta solenidade (solene pela presença de vocês!) se intitulou como IAB-DF: cultura, democracia e diversidade. Fomos eleitos em processo democrático no fim de 2022, quando tomamos posse cartorialmente e iniciamos nosso trabalho.
 
Assim como estamos reconstruindo o país, estamos reconstruindo o IAB. Os últimos anos não foram fáceis. Enfrentamos uma pandemia mundial, perdemos pessoas queridas, inclusive arquitetas e arquitetos referenciais para nós e nossa entidade e, especificamente no Brasil, vivenciamos constantes ataques à nossa frágil e recente democracia e suas instituições. O isolamento social que nos impôs o coronavírus, evidenciou a importância vital da cultura para os seres humanos, e nos colocou diante da fragilidade da democracia ameaçada, reforçando o papel fundamental da sociedade civil organizada.
 
Os desafios que enfrentamos nos últimos anos confirmou a necessidade de estarmos em permanente trabalho em prol de processos participativos e da radicalização do regime democrático, visando garantir mais acesso e mais direitos.
 
O momento atual é de retomada, reorganização e reconstrução. Estes conceitos, aliados à cultura, democracia e diversidade devem orientar os três anos de trabalho voluntário que ora começamos no IAB. Pretendemos também que o IAB.DF se consolide como escola cidadã e que seja suporte para o exercício de posturas e das boas práticas que tanto cobramos de nossos governantes, como a busca pela transparência, respeito e instituição de processos participativos e com controle social.
 
A virada do ano já foi de muito trabalho para nós: começamos a fazer um levantamento pormenorizado das condições físicas e fiscais dos bens imóveis do IAB.DF. Também começamos a organizar os acervos documentais e bibliográficos do Departamento, entendendo que possuímos um legado fruto de muito trabalho daqueles que nos antecederam anos atrás e das/os associados, com suas anuidades e doações.
 
Os bens do IAB merecem nosso mais profundo respeito e responsabilidade e terão em nossa gestão. Já iniciamos a elaboração de um planejamento estratégico para o gerenciamento e a reorganização de nossa sede administrativa, além de muitas tarefas burocráticas inerentes à transição e início de gestão.
 
Nesses três meses de gestão, estabelecemos a organização de nossa Comissão de Política Urbana - cujas reuniões talvez sejam nossa mais importante e duradoura ação, visto que congrega pessoas de diversas formações, classe social, local de moradia no DF, etc. para pensar e propor soluções para nossa metrópole Brasiliense e contribuir também com a política urbana e habitacional em nível nacional.
 
Em breve vamos retomar nossa agenda atividades abertas ao público e eventos dedicados ao debate e desenvolvimento do urbanismo e da arquitetura, da ampliação do direito à cidade, à arquitetura e à cultura, além de potencializar trocas entre as/os profissionais associados ao IAB.
 
A reunião Comissão de Política Urbana será a primeira dessas ações voltadas ao público, buscando, fortalecendo e estabelecendo novas pontes em prol do nosso DF e de nosso campo de atuação profissional e militante, formando massa crítica.
 
Há muito trabalho a ser feito, muitas ideias, possibilidades e urgências. Para tanto, contamos com a contribuição de profissionais associados que são o sustentáculo de nosso departamento, seja por meio de doações, anuidades, parcerias e trabalho voluntário.
 
Desde já convidamos a todas e todos para participar e ocupar o IAB.DF e seus espaços e nos ajudar a carregar nossas bandeiras históricas, como a luta intransigente para que projetos para obras públicas sejam escolhidos por meio de concursos nacionais de projeto, a promoção da arquitetura no Brasil, por meio de mostras e debates, a reforma urbana - conceito cunhado no âmbito do IAB que, em julho, faz 60 anos - Seminário do Quitandinha.
 
E pegando o gancho do Quitandinha, me faz pensar que IAB é uma organização que tem se especializado em tramar: tramar no sentido de tecer, tecer redes para promover soluções e sonhos por meio da arquitetura e do urbanismo.
 
Nessa trama, temos grandes conquistas:
a criação do cau - luta de décadas do IAB, a sanção da lei de athis em 2008, que o IAB tanto contribuiu com as demais entidades, a criação do ministério e do estatuto das cidades - em grande parte escrito em nossa sede da L2 sul, sem contar mostras, seminários, congressos (nacionais e mundial), cursos…
 
A responsabilidade de estar em uma organização - construída por trabalho dedicado, voluntário, e que se mede em décadas, não é pouca.
 
O IAB, em 1922 se reunia, quando o presidente planejava inaugurar a pedra fundamental de Brasilia, localizada na charmosa Planaltina, para propor ao presidente da república que o projeto para a escolha da nova capital deveria ser por concurso público. Décadas depois, em 1956, depois de muita luta, o IAB logrou êxito e o resultado deste concurso é hoje este patrimônio Mundial em cujo coração estamos aqui reunidos agora.
 
Cabe à nós agora, 101 anos depois, começar a forjar o futuro. E não há futuro possível se não começarmos uma guinada à revolução ambiental, à inclusão de pessoas marginalizadas e das periferias, que são centrais neste futuro que queremos.
 
No presente, daremos continuidade às missões históricas do IAB, que é a luta pelo direito à cidade, à arquitetura, à memoria, à beleza, à habitação, à cultura.
 
Meu muito obrigado a todas, todes e todos que estão aqui presentes e que estão contribuindo com essa construção coletiva sexagenária no DF e centenária no brasil!
 
 
E falando em coletivo, eu estou aqui ocupando este púlpito, mas representando um grupo enorme. Algumas dessas pessoas estão aqui e gostaria de chamar ao palco. Peço o aplauso de vocês para cada integrante deste time IAB-DF: cultura, democracia e diversidade:
 
Vice- Presidente - Maribel Fuentes Aliaga (colaborador: André Tavares)
Diretora Administrativo Financeiro - Nádia Vilela
Diretora Cultural e de Divulgação - Cecília de Almeida Silva
Diretor de Articulação Institucional - Gabriel Couto
Diretor Técnico - Leonardo Sá                                      
Diretora de Intercâmbio Acadêmico - Guiga Nery e Gê Gomes
Coordenação da Comissão de Políticas Urbanas - Henrique Rabelo, Matias Ocaranza e Clarissa Sapori
Coordenação da Comissão da Trienal de Arquitetura de Brasília - Juliette Lenoir e Cecília de Almeida Silva
 
Coordenação Especial das Comissões e Articulação Política - André Tavares (Cargo não estatutário proposto para a gestão)
 
Coordenação de comunicação - Juliette Lenoir e Cecília de Almeida Silva (Cargo não estatutário proposto para a gestão)
 
Coordenação de patrimônio cultural - Julia Mazzutti e José Leme Galvão - (Cargo não estatutário proposto para a gestão)
 
Comissão extraordinária de equidade de gênero e raça - Raquel Freire - (Cargo não estatutário proposto para a gestão)
 
Conselheiras/os Superiores
 
Titulares         
Conselheira - Luiza Rego Dias Coelho
Conselheira - Raquel Freire
Conselheira - Letícia Miguel Teixeira
Conselheiro - José Leme Galvão Jr.
Conselheiro - Antônio Carlos Moraes de Castro
 
Suplentes         
Conselheiro - Raul Maravalhas
Conselheiro - Caique Tomé
Conselheiro - Gê Gomes
Conselheiro - Heloísa Moura
 
Conselho Fiscal
 
Conselheira - Clarissa Sapori
Conselheiro - João Augusto Pereira Júnior
 
 
Nos encontramos na recepção onde estamos vendendo o livro do centenário do IAB, o livro Os Caminhos que Levam à Cidade, de nossa decana Vera França e Leite, e Arquitetura da Destruição, do companheiro Danilo Mattoso.
 
Em seguida nos vemos no pavilhão anexo ao Museu para ouvirmos um pouco de música e batermos papo no bar da Fenea!
 
Muito obrigado!
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Sessão Solene de Posse do Conselho Diretor e Conselho Superior do IAB.DF

 

Discurso de Maria Elisa Baptista, presidente do IAB Direção Nacional

Fotos: Toninho Barbosa
Celebrar hoje o início dessa nova gestão, lado a lado com a comemoração de 63 anos do IAB-DF e com o lançamento − na agora de fato e de direito, capital do Brasil − do livro que registra a história do IAB, é uma alegria. O IAB conta sua história de muitos modos, e todos esses modos dirigem nosso olhar para o futuro.

Não o futuro irremediavelmente dado pelo passado de descuido e destruição que construímos, mas o porvir, o que poderá ser, se o passado que o constituir for outro, como diz Slavoj Žižek.

Não é pouca coisa lançar mão do que sabemos sobre a memória, como o facho de luz que nos ilumina o caminho. A memória lê, sempre parcialmente, a história. Dá relevo ao que nos anima, ao que nos faz querer viver, por sobre os escombros do violento percurso de uma suposta civilização e um volátil (e também suposto) desenvolvimento econômico.

O registro dessa memória − rigorosa porque afetiva − pede o reconhecimento dos lugares, das coisas e das palavras que nos humanizam, e pede a festa e a comemoração com as pessoas que tornam tudo isso possível.

Nada mais incrível que a celebração de hoje se dê no dia seguinte à solenidade de entrega do Prêmio Marielle Franco de Direitos Humanos ao IAB-DF, por sua atuação pelo direito à cidade, à moradia, à cultura e à arquitetura. Atuação que promete continuar, registrada nas palavras escolhidas pelo grupo que hoje toma posse: cultura, democracia e diversidade.

A arquitetura e o urbanismo são elementos insubstituíveis na construção continuada da democracia. A prática cotidiana dessa certeza – registrada nesse livro vermelho, celebrada no prêmio recebido, e prometida nessa posse – é que faz do percurso do IAB um caminho para um país generoso, para uma vida plena para todas as pessoas, para um mundo em que possamos todos viver.

Imagino que, hoje, adiamos mais um pouco o fim do mundo, como nos recomenda Ailton Krenak.

Parabéns Luiz,
Parabéns, arquitetas e arquitetos do Distrito Federal. Ganhamos todos, ganhamos todas nós.
​
Vida longa ao IAB-DF!
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Andrey Schlee, Diretor do Departamento de Patrimônio Material e Fiscalização do Iphan, destaca a atuação do IAB

 
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(crédito: Andrey Rosenthal Schlee)
Em evento organizado pelo jornal Correio Braziliense, o arquiteto e urbanista Andrey Rosenthal Schlee, diretor do Depam-Iphan e professor titular da Universidade de Brasília, destacou, em sua fala, a importância do IAB na qualificação da arquitetura e urbanismo no Brasil por meio da promoção de concursos públicos nacionais de projeto e da luta do Instituto para que obras públicas sejam realizadas a partir de projetos escolhidos por concursos públicos de projetos.

O IAB organiza concursos de projetos há mais de um século, alcançando resultados excepcionais e obras de referência e qualidade superior. Recentemente, mais uma edificação fruto de concurso público organizado pelo IAB.DF e realizado pela ApexBrasil foi destaque mundial. O Pavilhao do Brasil na Expo Dubai 2022 foi escolhido, por meio de voto popular, como um dos dez prédios mais importantes do ano pela plataforma Archdaily.

Elogiando a presença do IAB.DF no evento, Andrey destacou que "é importante a presença do IAB aqui porque o IAB tem sido um parceiro de todas as cidades brasileiras no sentido de desenvolver Concursos Públicos. E vejam a qualidade que os concursos estão incorporando nas nossas cidades."

Tratando especificamente do Conjunto Urbano de Brasília, o diretor reforçou a ideia de que tombamento não é engessamento e que as gerações atuais podem e devem atuar sobre o patrimônio, qualificando-o. 

"Não podemos impedir que as gerações contemporâneas contribuam com ela. É um contrassenso a gente imaginar que apenas a geração do Lucio Costa, do Oscar Niemeyer foi capaz ou teve condições de projetar algo bom pra esse país. Nós temos que permitir que as gerações contemporâneas, que estão sendo formadas pelas escolas de arquitetura, que estão sendo colocadas em prova pelos concursos do Instituto de Arquitetos do Brasil, só para citar duas instituições presentes, não têm condições de apresentar coisas boas para Brasília. Claro que tem. Então eu acho que cada vez mais a gente tem que lutar para preservar e transformar, no sentido de melhorar, aquilo que está preservado. Não é um congelamento e nunca foi um congelamento o que se pensou para Brasília, e ai mais um vez basta ler os textos do Lucio Costa, do  Italo Campofiorito pelo Iphan, que quando estavam pensando como que se daria o tombamento de Brasília na década de 80, trocando cartas e correspondências, a noção clara de uma cidade que se transforma e que terá que se transformar, sempre pra melhor, é claro.”

​Confira registro completo em: CORREIO DEBATE - ENTRE OS EIXOS DO DF 2ª EDIÇÃO: QUEM AMA PRESERVA | 28.02.2023 - YouTube
​
​Referência: https://www.correiobraziliense.com.br/cidades-df/2023/02/5076844-diretor-do-iphan-reforca-que-e-necessario-defender-o-patrimonio-de-brasilia.html 
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