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Câmara Distrital celebra os 65 anos do IAB/DF

 
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A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) prestou homenagem ao Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento do Distrito Federal (IAB/DF) no dia 11 de abril. Em sessão solene, prestigiada pelas principais organizações representativas da arquitetura e urbanismo, a Casa marcou a passagem dos 65 anos da instituição, completos em 20 de março. A sessão solene foi proposta pelo deputado distrital Fábio Félix (PSOL) e rendeu menção honrosa a arquitetos/as e urbanistas que estiveram à frente da instituição.

Assista ao vídeo da transmissão ao vivo pela TV Câmara Distrital no Youtube! 
​www.youtube.com/watch?v=vGYHtBDyRpA

Fundado em 1960, um mês antes da inauguração oficial de Brasília, o IAB-DF tem sua história profundamente associada à criação da capital federal. Entre os nomes que compuseram seu quadro de associados, estiveram arquitetos da equipe liderada por Oscar Niemeyer para a construção da capital federal. A própria Câmara Distrital conta com importantes contribuições de representantes do IAB/DF: o primeiro presidente da Casa foi o arquiteto e urbanista Salviano Guimarães, entre 1991 e 1995. A sede erguida à margem do Eixo Monumental teve projeto selecionado a partir de concurso público promovido pelo IAB/DF.
Na abertura da sessão, Fábio Félix destacou a atuação do IAB-DF em defesa das pautas urbanas e do direito à cidade. "O IAB/DF tem sido um grande aliado em causas fundamentais, como a luta em defesa do Conjunto Urbanístico de Brasília, uma luta árdua contra a especulação imobiliária predatória, e também no enfrentamento às desigualdades sociais", afirmou. 

O deputado enfatizou que, mesmo contando com um orçamento bilionário e recursos provenientes de fundo constitucional, o DF é a terceira unidade da federação mais desigual do Brasil, realidade que o IAB/DF ajuda a combater por meio de bandeiras importantes como a assistência técnica para habitação de interesse social (ATHIS). 
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A coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo da FAU/UNB, Vânia Raquel Telles Loureiro saudou a parceria com a instituição. "O IAB tem sido um aliado essencial, promovendo debates, colaborações e parcerias que ampliam o impacto das ações que realizamos na FAU. Que nas próximas décadas, sigamos de mãos dadas no enfrentamento aos desafios postos e vindouros pela democratização do acesso à arquitetura e urbanismo", afirmou. 

Representando o CAU/DF, o conselheiro Antonio Menezes Jr classificou o IAB como uma organização que potencializa a ação de outras entidades. "Sou formado pelo IAB, pelas entidades profissionais que construíram Brasília. Estamos celebrando uma história de vida formada por prática, presença física e política, através de ideias ao longo dessas décadas”, disse. 

“Nos arquivos do IAB, mora todo o passado, todo o presente e aquilo que virá a ser futuro próspero”, disse a Angelina Nardelli, representante do Colegiado das Entidades da Arquitetura e Urbanismo (CEAU) do DF. 

Para a presidente do Conselho Superior do IAB (COSU), Luiza Coelho, o IAB é uma escola, um espaço que catalisa o que a profissão representa para a transformação social. “É uma entidade fiel às suas bandeiras e que não tem medo de se atualizar. É onde eu aprendi todas as vitórias e dissabores do que é a democracia. Que possamos continuar sendo essa entidade necessária e continuar construindo uma sociedade igualitária através de uma profissão que defende a sua função social", disse.

Em seu discurso, o presidente Luiz Eduardo Sarmento atribuiu a riqueza da intervenção do IAB-DF à atuação em rede, tanto em nível nacional quanto internacional, e ao engajamento dos profissionais nas pautas relevantes para a sociedade.  “O IAB propõe uma postura crítica, especialmente diante dos governos que ignoram o interesse público, mas nunca apresentamos uma crítica sem uma proposição”, afirmou. 

Também destacou a histórica resistência da instituição na defesa e na radicalização da democracia. Resgatando a postura no enfrentamento às ditaduras, em defesa dos direitos civis e à expressão, lembrou que o IAB teve o ex-presidente Geraldo Nogueira Batista preso após a criação de uma frente em defesa da UNB e seus estudantes. “Essa luta não pode ser esquecida por que a ameaça está sempre batendo à nossa porta”, declarou.

O presidente também fez um agradecimento especial aos dirigentes da atual gestão. “São pessoas fundamentais que sempre arregaçam as mangas para enfrentar as nossas diversas batalhas e ajudar a formular os nossos projetos”, disse. 

A deputada Jaqueline Silva, presidente da Comissão de Assuntos Fundiários da Câmara Legislativa, enviou mensagem aos profissionais presentes. Nas palavras da parlamentar, a sessão solene celebra o legado que a instituição oferece para o futuro.
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Projeto Revela - Palestra: Um olhar sobre os arquivos e a construção de narrativas

 
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Em 21 de fevereiro, a professora Sabrina Fontenele apresentou a palestra "Um olhar sobre os arquivos e a construção de narrativas" no auditório Ernesto Walter, na UnB. Sabrina discorreu principalmente sobre sua experiência na valorização dos acervos documentais de arquitetura da USP e do IAB/SP.

Essa palestra fez parte do projeto Revela, que visa promover a organização, a catalogação e o tratamento técnico do acervo documental do IAB/DF, e contou com o apoio do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UnB (PPG-FAU) e do Laboratório de Pesquisa em Acervos e Arquivos (Lupa) da FAU-UnB.
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O projeto Revela é patrocinado pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal (CAU/DF), por meio do Edital CAU/DF 2/2024.
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A Bienal de Arquitetura de Veneza de 2025 contará com uma forte presença de profissionais de Brasília!

 
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Legenda: Eder Alencar, Matheus Seco e Luciana Saboia © Maressa Andrioli  Fundação Bienal de São Paulo
A partir do projeto curatorial Intelligens. Natural. Artificial. Collective, idealizada pelo curador Carlo Ratti, a Bienal de Arquitetura de Veneza 2025  deste ano se aprofunda nas três dimensões da inteligência - natural, artificial e coletiva, propondo a comunidade arquitetônica global a discutir soluções para o desafio premente das mudanças climáticas. 

No contexto desta edição, a Fundação Bienal de São Paulo anuncia o projeto curatorial e o título da exposição que ocupará o Pavilhão do Brasil no evento. Com o nome (RE)INVENÇÃO, a mostra conta com a curadoria da arquiteta Luciana Saboia e dos arquitetos Matheus Seco e Eder Alencar, do grupo Plano Coletivo.

O projeto parte de uma reflexão sobre as recentes descobertas arqueológicas de infraestruturas ancestrais do território amazônico para considerar as contradições e questionar condições socioambientais da cidade contemporânea. Os curadores são egressos da Universidade de Brasília. Todos possuem um grande repertório de projetos em diferentes áreas de atuação profissional na arquitetura, destacando-se o trabalho dos escritórios brasilienses ARQBR Arquitetos e BLOCO Arquitetos, dos quais Eder e Matheus são, respectivamente, sócio-fundadores. Já a arquiteta Luciana Saboia, que é professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília, possui pesquisas acadêmicas e projetos de grande relevância para a área.

Segundo o site do Coletivo: O Plano Coletivo é um grupo de arquitetos, professores e pesquisadores que possuem interesses e formações diversos e colaboram de forma livre em torno de dois objetivos comuns: discutir o território urbano como narrativa crítica e refletir sobre arquitetura como ação socioambiental. 

É com essa bagagem e preocupação que o trio de curadores optou por nomear a exposição de (RE)INVENÇÃO, tratada em dois atos e descrita como a construção de uma narrativa que atravessa tempos e territórios. Serão, segundo os autores, exploradas as mais diversas interpretações de infraestrutura e paisagem, como aquelas realizadas pelos povos indígenas há mais de 10 mil anos, como também projetos, pesquisas e práticas em arquitetura que trabalham a ressignificação da cidade.

Uma das formas de retratar as influências brasilienses e da região centro-oeste na exposição foi a Plataforma-Jardim, descrita pelos profissionais como uma estrutura linear com jardim em toda a sua extensão, que anteriormente necessitava de constante irrigação, foi substituída por espécies nativas ou adaptadas à temporalidade do Brasil Central. O jardim naturalista de flores, capins e plantas savânicas nasce, cresce, floresce e seca acompanhando a sazonalidade do bioma do Planalto Central em uma grande plataforma existente de estrutura pré-moldada em concreto protendido.
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Estudos de pesos e contrapesos, 2025, Plano Coletivo / © cortesia Fundação Bienal de São Paulo.

​​O grupo Plano Coletivo ainda conta com a participação de outros arquitetos, professores e pesquisadores. Três deles também são egressos da Universidade de Brasília: André Velloso (sócio do ARQBR), Daniel Mangabeira e Henrique Coutinho (sócios do BLOCO) são membros do grupo e colaboram diretamente com o projeto.

A decisão sobre quem representa o país na Bienal é feita através de um Comitê estabelecido pela Fundação Bienal de São Paulo, que conta com representantes da própria Fundação, do Instituto de Arquitetos do Brasil - IAB e dos Ministérios da Cultura e das Relações Exteriores. A participação do Brasil na Bienal é viabilizada por uma parceria entre a Fundação e os Ministérios. 

É possível ver mais do projeto e ter atualizações através do site da Bienal e da página dos Arquitetos no Instagram: @ederalencar @saboia_luciana @matheusseco
1. Perspectiva interna (RE)INVENÇÃO / © cortesia dos autores, Fundação Bienal São Paulo;
2. Geoglifos encontrados no estado do Acre, Brasil, 2022, Diego Gurgel / © cortesia do fotógrafo;
3. 
“Plataforma Jardim” - Jardim de Sequeiro – ICC, realizado por Julio Pastore e Oscar Niemeyer, 2021, Joana França / © cortesia da fotógrafa;

4. Arrimo Habitado - Restaurante oati, realizado por Lina Bo Bardi e João Filgueiras Lima, 2014, Joana França © / cortesia da fotógrafa;
5.Jardim de Sequeiro, Instituto Central de Ciências, Universidade de Brasília, Brasil, 2023, Julio Pastore / © cortesia do fotógrafo

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IAB/DF e IHG/DF assinam Acordo de Cooperação Técnica

 
O Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal (IHG-DF) e o Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento do Distrito Federal (IAB-DF) assinaram, na última terça-feira (11), um Acordo de Cooperação Técnica. A solenidade ocorreu na sede do IHG-DF, na Asa Sul, e contou com a apresentação da marca e do selo comemorativo dos 65 anos do Instituto.  

O IHG-DF foi fundado em 8 de dezembro de 1960, mesmo ano da criação do IAB-DF, ocorrido um pouco antes, em 20 de março. A identidade visual da efeméride foi desenvolvida por Luiz Eduardo Sarmento, presidente do IAB-DF, que formalizou a doação do trabalho durante o evento.  

A cerimônia reuniu, na mesa de honra, o presidente do IHG-DF, Paulo Castelo Branco, além do diretor de Relações Institucionais, Sr. Jorge Cartaxo, e da diretora do Centro de Documentação da entidade, Sra. Lenora Barbo. Pelo IAB-DF, participaram o presidente Luiz Eduardo Sarmento. O ato contou ainda com a assinatura de testemunhas, os arquitetos Antônio Carlos Moraes de Castro e Sylvia Ficher.  

O acordo de cooperação entre as instituições tem como objetivo fortalecer a parceria para a promoção de atividades técnicas e culturais, com foco inicial na preservação da memória e do patrimônio cultural de Brasília, bem como na organização dos acervos históricos das entidades, que contam com importantes - e ainda pouco conhecidos - documentos sobre a capital.

Entre os documentos preservados pelo IHG-DF, destacam-se registros e instrumentos do engenheiro Joffre Mozart Parada, utilizados na demarcação do marco zero de Brasília, além da ata de fundação do Instituto, assinada por Juscelino Kubitschek. Já no acervo do IAB-DF, encontra-se um documento inédito de 1922, no qual os arquitetos fundadores da entidade defendem a escolha do projeto de Brasília por meio de concurso público e a contratação da obra via licitação – um registro relevante sobre a atuação da categoria na defesa de boas práticas para projetos e obras públicas.  

A parceria entre o IHG-DF e o IAB-DF, firmada em um ano de celebrações e reflexões sobre a história da capital, representa um importante passo na valorização e preservação da memória de instituições que ajudaram a construir e consolidar Brasília e que agora buscam construir caminhos para um futuro mais justo e qualificado para o DF.

Crédito das Imagens:  IHG-DF
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A Construção da Profissão - Ciclos

 
O Instituto de Arquitetos do Brasil - Departamento do Distrito Federal (IAB.DF), com apoio da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (FAU-UnB) e patrocínio do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal (CAU-DF), deu início às atividades públicas no mês de julho.

As primeiras atividades realizadas podem ser conferidas aqui: https://www.iabdf.org.br/noticias/comecam-as-atividades-do-projeto-a-construcao-da-profissao

A terceira atividade aconteceu no dia 05 de setembro, no auditório da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (FAU-UnB), com as temáticas: 'Acervos de arquitetura: potencial construtivo, potência histórico, ameaças e ativo cultural' e 'A formação da profissão de Arquitetura e Urbanismo no Brasil'. As palestras foram ministradas por Paula André e Danilo Matoso, cujas apresentações se intitulam, respectivamente 'Do Arquivo ao Atlas: infinitos sentidos dos valores culturais da arquitetura' e 'Por uma política nacional de acervos de Arquitetura e Urbanismo'. A gravação está disponibilizada no instagram do IAB.DF e pode ser acessada através do link: https://www.instagram.com/reel/Cw1GYAOs_En/?igsh=bGE2eWk0dzBuZ2Vj

A quarta e última atividade do ciclo de palestras foi realizada no dia 13 de setembro, no auditório do CAU-DF, com as temáticas 'Pesquisar, construir narrativas e exposições' e 'Construção de novas narrativas a partir de acervos documentais'. As palestras foram ministradas por Ana Flávia Magalhães e Paulo Tavares, intituladas, respectivamente: 'Da reintegração de posse e desmonumentalização do racismo: exercícios de letramento histórico' e 'Pavilhão Terra'. A gravação está disponibilizada no canal do IAB.DF no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=cn4AOSNRL0Y&list=PLc5HZcUp1uXuqn_9ERadTThgGP-mL3r2n&index=2 

A primeira atividade do ciclo de oficinas foi realizada no dia 16 de setembro, na sede administrativa do IAB.DF, intitulada: Oficina de gestão documental com foco em memória institucional, ministrada pela arquivista Roseni Ximenes. A oficina tratou de conteúdos sobre arquivologia e gestão documental, compreensão sobre a memória institucional de arquivos, além da orientação prática para o dia-a-dia do tratamento de acervos.

A segunda atividade do ciclo de oficinas foi realizada em 30 de setembro, também na sede administrativa do IAB.DF, intitulada: Noções básicas de conservação de acervos documentais em papel, ministrada pela arquiteta Ana Cláudia Magalhães, especialista em Conservação e Restauração. A Oficina tratou de conceito e práticas de conservação de acervos documentais em papel, com conteúdos sobre agentes de degradação e procedimentos de higienização. 

Ambas as oficinas tiveram inscrição aberta, divulgada através das redes do CAU/DF e do IAB.DF, e contaram com lanche para os participantes. Por se tratar de atividade presencial e limitada, não há gravação disponível. 

Aproveitamos novamente para agradecer todos e todas as palestrantes e oficiantes que participaram do nosso projeto, a Arquitetura ganha muito com profissionais como vocês! 
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A Construção da Profissão

 
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O projeto "A Construção da Profissão" foi coordenado e executado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil, Departamento do Distrito Federal (IAB.DF), com patrocínio do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal (CAU/DF). 

O projeto se iniciou em 2017, tendo em princípio as atividades voltadas para reorganização e alocação desse acervo localizado no DF. Através disso, foram sendo desenvolvidos outros projetos, todos com base no acervo do IAB. 

Em 2023, através do edital de fomento do CAU/DF, o projeto ganhou um cunho educativo e cultural mais intenso, pois compreendia também palestras e oficinas com profissionais da arquitetura e arquivologia. Todas as atividades foram feitas pensando no objetivo final do IAB: a Exposição. 

O processo de organização e gestão dos materiais foi realizado por Cecília Almeida, (Diretora Cultural), junto da equipe de projeto, composta por Luiz Eduardo Sarmento (Presidente), Luiza Dias Coelho (Conselheira Superior), Raquel Freire (Conselheira Superior) e André Tavares (Coordenação Especial das Comissões e Articulação Política).

O projeto expográfico assinado pelos arquitetos, Rick Hudson (Hudson Castro Arquitetura) e André Tavares, foi concebido com a ideia de combinar a linguagem do tema "A Construção da Profissão" à atmosfera de um canteiro de obra. Para isso, foram utilizados elementos como cabo de aço, pinos de madeira e papel, compondo o elemento central da exposição. Elementos de linguagem como andaimes e fachadeiro foram incorporados para reforçar essa temática, juntamente com cavaletes e iluminação com fios e spots aparentes, similares às instalações encontradas em canteiros de obra. Além disso, a cor vermelha, simbolizando a entidade, foi integrada, juntamente com obras de arte, fotografias e murais colaborativos, demonstrando a amplitude de atuação na arquitetura e urbanismo e reforçando a importância da estética como elemento de comunicação e linguagem.
Destaca-se também que a exposição foi modular, permitindo 56 painéis, dispostos verticalmente pela galeria, pudessem ser adaptados a outras galerias, uma vez que o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) é uma entidade nacional, e a abertura de seu acervo é de interesse público e cultural.

O conteúdo dos painéis foi organizado por Julia Bianchi, que desenvolveu o design das peças curadas pela equipe do IAB. Por se tratar de um acervo majoritariamente arquivístico, com muitos papéis, o trabalho demandou seleção, digitalização e destaque dos documentos encontrados. Através disso, foram dispostas as informações que consideramos mais relevantes, dentre elas, a participação do IAB no enfrentamento à ditadura militar, a participação no concurso para Brasília, a presença oficial enquanto membros de comissão para discussão e elaboração da Constituinte, dentre outros.

O resultado pode ser conferido na Galeria do CAU/DF, na 510 Norte, em Brasília, dos dias 20 de março a 20 de maio de 2024.

Ficha técnica

Instituto de Arquitetos do Brasil - Departamento do Distrito Federal

A construção da profissão
Ficha técnica

Concepção e Organização do Projeto
Luiz Eduardo Sarmento
Luiza Dias Coelho

Equipe Curatorial
Luiz Eduardo Sarmento
Cecília Almeida
Luiza Dias Coelho
Júlia Bianchi
Raquel Freire

Produção
Júlia Bianchi
Cecília Almeida
Luiz Eduardo Sarmento
Luiza Dias Coelho
Raquel Freire
André Tavares
José Leme Galvão Jr. (Soneca)

Pesquisa, organização dos originais e textos
Cecília Almeida
Luiz Eduardo Sarmento
Júlia Bianchi
Raquel Freire
José Leme Galvão Jr. (Soneca)
Luiza Dias Coelho
André Tavares
Lais Petra Lobato Martins
Ana Elisa Carnaúba

Digitalização e Tratamento
Cecília Almeida
Júlia Bianchi
Luiz Eduardo Sarmento

Projeto Expográfico
Rick Hudson
André Tavares

Design Gráfico
Júlia Bianchi
Cecília Almeida

Montagem e produção
Rick Hudson
André Tavares

Gestão financeira e administrativa
Leonardo Sá

Palestras e Oficinas de Formação
Ana Cláudia Magalhães
Ana Flávia Magalhães Pinto
Danilo Matoso
Gabriela Bilá
Luiza Dias Coelho
Marcelo Sávio
Muhammad Bazila
Paula André
Paulo Tavares
Roseni Corrêa

Organização e Produção das palestras
Cecília Almeida
Matías Ocaranza

Raquel Freire
Bruna Ruperto
João Lima Farias
Ana Elisa Carnaúba

Registros
Cecília Almeida
Matías Ocaranza

Luiz Eduardo Sarmento

Agradecimentos 
Alessandro Viana, Amilcar Coelho Chaves, Ana Cláudia Magalhães, Ana Flávia Magalhães Pinto, Ana Luísa Pires Pedreira, Ana Paula Campos Gurgel, Antônio Carlos Moraes de Castro, Beatriz Helena Monteiro, Bruna Ruperto, Caio Frederico e Silva, Coarquitetos, Daniela Borges dos Santos, Daniela Dino, Danilo Fleury, Danilo Matoso, Dante Akira Uwai, Eduardo Ancrin, Flávia Dourado, Flávio Oliveira, Gabriela Bilá, Gabriela Cascelli Farinasso, Gabriel Góes, Giselle Moll Mascarenhas, Gilson Paranhos, Haroldo Pinheiro, Joana França, João Augusto Pereira Jr, José Leme Galvão Jr, Júlia Lopes, Juliana Albuquerque, Jorge Henrique Martins, Letícia Pacheco, Leonardo Sá, Lia Soares, Lorena Pinheiro de Farias, Maria Cláudia Candeia, Marília Campos, Marcelo Sávio, Margarida Massimo, Maria Elisa Baptista, Matheus Henrique dos Santos, Mescla Arquitetura, Mônica Blanco, Muhammad Bazila, Paula André, Paulo Henrique Paranhos, Paulo Tavares, Pedro de Almeida Grilo, Pedro Roberto da Silva Neto, Phellipe Macedo, Ricardo Meira, Roberta Borges, Rômulo Alves, Roseni Corrêa, Sylvia Ficher, Talita Andrade, Thiago Teixeira de Andrade, Vera França e Leite.


Realização
Instituto de Arquitetos do Brasil - Departamento do Distrito Federal (IAB.DF)

Patrocínio
Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal (CAU/DF)

Apoio
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (FAU/UnB)
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Pensar o presente e futuro da luta pela reforma urbana e direito à moradia digna

 
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Contribuição do IAB DF aos debates dos eventos sobre o QUITANDINHA +60


No ano em que se comemoram os 60 anos do Seminário de Habitação e Reforma Urbana (s.HRu), o Instituto de Arquitetos do Brasil - Departamento do Distrito Federal (IAB.DF) oferece aos participantes do evento este registro dos debates ocorridos em 1963.

O evento idealizado pelo IAB e organizado conjuntamente com o IPASE (Instituto de Previdência e Aposentadoria dos Servidores do Estado) ocorreu em três cidades, na sede do IAB em São Paulo, no Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro, e, em seguida, no Hotel Quitandinha em Petrópolis, o que fez esse importante encontro ficar conhecido como Seminário de Quitandinha.

O material que ora apresentamos foi publicado na Edição de Nº 15 da ARQUITETURA, “órgão oficial do Instituto de Arquitetos do Brasil”, de setembro de 1963. ARQUITETURA era a revista cultural do IAB  que circulou nacionalmente de agosto de 1961 a dezembro de 1968, que não apenas publicava projetos e obras arquitetônicas e urbanísticas relevantes do Brasil e do Mundo, como também era espaço de promoção do design moderno, das artes visuais, cinema e literatura, além de teses e conceitos sobre os principais problemas e soluções para os espaços construídos. Lançada em um momento de enorme esperança para brasileiros e brasileiras, a revista saiu de circulação quando a Ditadura Militar mostrou seu lado mais repressor.

Anteriormente à publicação do “Documento Final do Seminário”, houve um enorme esforço do IAB, por meio de sua revista, em fazer circular opiniões sobre os problemas mais urgentes das cidades brasileiras. Temas como a importância dos planos diretores, a relação de saúde com habitação adequada e o problema do déficit quantitativo e qualitativo habitacional no Brasil estamparam as páginas de diversas edições da publicação, fomentando um pensamento crítico e colocando o tema na ordem do dia, ao menos entre as/os profissionais de arquitetura e urbanismo.

O propósito do s.HRu foi elaborar “um programa de atividades com o objetivo de conseguir do Governo as medidas indispensáveis para enfrentar o problema da habitação e do planejamento dos aglomerados humanos brasileiros”, conforme artigo publicado na edição da ARQUITETURA, de junho de 1963, que ressaltava: “esta atividade do IAB tem sido traduzida pela ação junto ao Poder Público e pelo esclarecimento da população”, visando encontrar uma solução global para a questão dos “problemas de planejamento urbano e de habitação”.

Por meio da republicação desses documentos históricos, pretendemos que, com um olhar atento à nossas conquistas do passado, frutos de enorme esforço coletivo, possamos novamente nos colocar como instrumentos de construção do futuro, de políticas públicas adequadas e baseadas em conhecimentos técnicos e participação social. Também almejamos formular soluções para os problemas que existiam em 1963 e que hoje estão ainda mais graves.

Ressaltamos que a relevância do s.HRu e seu impacto nas políticas públicas e na transformação das condições de vida da população - apesar da ditadura que golpeou violentamente o sonho da moradia digna e da reforma urbana - só foi possível graças a um exaustivo trabalho coletivo de elaboração de propostas e da articulação com o poder público, que incluía a participação direta da Presidência da República, no governo João Goulart, no contexto das Reformas de Base.

A partir do Seminário, os conceitos de reforma urbana e de moradia digna passaram a fazer parte do léxico de quem luta por cidades justas e pelo direito ao habitat adequado e, posteriormente, das políticas públicas.

Neste momento de reconstrução do país e de suas instituições, o IAB.DF deseja a todas e todos um excelente Seminário.  Que todos os coletivos, entidades, instituições de ensino e movimentos sociais aqui reunidos para discutir O Povo, Sua Casa, Sua Cidade, consigam não apenas aprofundar as análises sobre os problemas urbanos brasileiros, mas também propor soluções adequadas para enfrentar um mundo ainda mais desigual, violento e em acelerado colapso ambiental.

Que as estratégias e propostas de 1963 nos inspirem! Um outro mundo é possível!

Brasília, 21 de outubro de 2023.

Luiz Eduardo Sarmento
Presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil
Departamento do DF
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176° REUNIÃO DO CONSELHO SUPERIOR DO IAB - COSU_BSB

 
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🏛️✨ Anunciamos a 176ª Reunião do Conselho Superior do IAB (COSU)! 🏙️
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Nos dias 21 e 22 de outubro, Brasília, Distrito Federal, será o palco deste evento no Memorial Darcy Ribeiro, carinhosamente conhecido como Beijodromo, localizado na UnB, Asa Norte.
O COSU é a essência do nosso compromisso com a arquitetura e urbanismo. É o momento em que conselheiras e conselheiros do IAB, líderes e profissionais da área, se reúnem para discutir as questões mais prementes e desafiadoras que envolvem nossa profissão.
Nesta 176ª edição, destacamos a importância do COSU para o fortalecimento e evolução da nossa profissão e da nossa centenária entidade. Será um espaço para reflexão, compartilhamento de ideias e tomada de decisões buscam auxiliar a construção do futuro da profissão.
Desde o Beijódromo, arquitetura contemporânea inspirada nos saberes construtivos dos povos originários, esperamos por dias produtivos para ajudar a forjar um futuro arquitetônico e urbanístico inspirador, sustentável, justo e inovador.

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Começam as atividades do projeto ''A Construção da Profissão''

 
O Instituto de Arquitetos do Brasil - Departamento do Distrito Federal (IAB.DF), com apoio da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (FAU-UnB) e patrocínio do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal (CAU-DF), deu início às atividades públicas no mês de julho.

O primeiro evento faz parte de uma série de atividades programadas para acontecer entre julho e dezembro de 2023, como palestras e oficinas, culminando em uma exposição. “A construção da profissão: a história da do campo da arquitetura e urbanismo pelo acervo centenário do IAB em Brasília” foi contemplada por financiamento através de Edital de Chamamento Público do CAU-DF.

A primeira palestra, realizada em 27 de julho, no auditório do CAU-DF, teve como temática ''Expografias em Arquitetura e Urbanismo'', e contou com apresentações de Gabriela Bilá e Marcelo Sávio, que puderam falar sobre seus trabalhos com exposições, tecnologia e concursos. A gravação na íntegra está no canal do IAB-DF no YouTube: https://youtu.be/hwZ2QLgbuGE

A segunda atividade aconteceu no dia 08 de agosto, também no auditório do CAU-DF, com as temáticas 'Expografias em Arquitetura e Urbanismo' e 'Pesquisar, construir narrativas e exposições'. As palestras foram ministradas por Muha Bazila e Luiza Coelho, cujos títulos foram, respectivamente: 'Arquitetura e Narrativas Históricas: uma análise racializada sobre memória e territórios' e 'O reconhecimento do trabalho feminino na arquitetura e urbanismo'. A gravação na íntegra está no canal do IAB-DF no YouTube: https://youtu.be/FxvR4GgovW8


Estão programados mais eventos até o mês de dezembro, e as datas serão divulgadas nas redes sociais do IAB-DF. A próxima palestra acontecerá no dia 05/09, com Danilo Matoso e Paula André, e as informações estão no nosso instagram.

Lembramos que todas as atividades são gratuitas e garantem certificado de participação!​
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​“Gênero, Raça e Planejamento de cidades”: decolonizar o ensino para mudar.

 
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Cláudia Sales no evento “Arquitetura e feminismo: Sem começo nem fim”.
Texto republicado do Coletivo Arquitetas Invisíveis
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O mês de julho é marcado por 2 datas de grande relevância para a construção e debate sobre equidade, inclusão e visibilidade das mulheres no campo da arquitetura e urbanismo: o dia 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, e o dia 31 de julho, Dia Nacional da Arquiteta e Urbanista. Neste ano, a Coletiva Arquitetas (in)Visíveis, em conjunto com o IAB.DF e a Vice-Presidência Extraordinária de Ações Afirmativas do IAB, colaboraram com o Instituto Cervantes para montar a Exposição Arquitetura e Feminismo: sem começo nem fim, em Brasília. A exposição aborda o cotidiano dos espaços arquitetônicos, centralizando o ponto de vista das pessoas que tradicionalmente têm sido ignoradas e propondo alternativas mais igualitárias.

Como parte da programação paralela à exposição, realizamos no dia 20 de julho uma mesa de debate sobre como habitar os espaços de forma mais sustentável, empática e justa, a partir da perspectiva feminista na arquitetura e urbanismo. O debate foi extremamente rico, contando com a participação de Semiramis González, curadora da exposição, Martha Fonseca Salinas, Collectiu Punt 6, Maribel Aliaga, observatório amar.é.linha, e Claudia Sales, conselheira federal do CAU/BR.

Hoje, dando continuidade às celebrações deste mês e do Dia da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, compartilhamos com todas, todes e todos a fala da arquiteta, urbanista e pedagoga Claudia Sales de Alcântara, que aborda a urgência de decolonizar o ensino para promover mudanças nas nossas cidades e sociedade.

@claudiasalcantara ressalta a necessidade de DEcolonizar o ensino de arquitetura e urbanismo, construindo outras pedagogias e epistemes para além das dominantes, voltadas para os sujeitos subalternizados pela colonialidade, como indígenas, negros, mulheres e outros marcadores de diferença contrapostos às lógicas educativas hegemônicas, que são predominantemente masculinas e brancas. Somente assim poderemos avançar verdadeiramente. “Nossas arquitetas não cabem no ‘modulô”.

Que estas reflexões inspirem a todos nós a construir um futuro mais equânime, generoso e transformador!

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​“Gênero, Raça e Planejamento de cidades”: decolonizar o ensino para mudar.

Cláudia Sales de Alcântara

Todas as pessoas deveriam sentir-se à vontade no espaço urbano, em qualquer lugar e a qualquer hora. O espaço urbano deveria ser democrático e as cidades seguras. O urbanismo deveria beneficiar todos, todas e todes, por intermédio de um espaço público mais inclusivo.

Após décadas de cidades projetadas por e para homens, chegamos à conclusão de que o planejamento urbano não é neutro e que é preciso incluir as mulheres nele. Devemos pensar em propostas que consigam ir além de rever a má iluminação das vias, ou aumentar a vigilância, devemos pensar em como investir em estruturas urbanas inclusivas para criar espaços de convivência para que todos usufruam do direito à cidade.

O CAU BRASIL tem se comprometido com a  pauta da promoção da Equidade de Gênero na Arquitetura e Urbanismo por meio da Comissão Temporária de Equidade de Gênero do CAU/BR (2019), da Comissão Temporária de Política de Equidade de Gênero do CAU/BR (2020) e Comissão Temporária de Raça, Equidade e Diversidade (2021 – 22), incluindo a perspectiva das mulheres no desenvolvimento das cidades brasileiras por meio de uma nova abordagem de participação e a possibilidade de romper esses limites que definem o acesso das mulheres à cidade, tornando-as mais inclusivas e segura para todas as pessoas.

Como instituições reguladoras e fiscalizadoras da profissão que moldam os espaços da moradia e do exercício da cidadania, o CAU/BR e os CAU/UF têm papel fundamental nesse contexto, pois podem esclarecer a sociedade sobre a importância do direito universal à cidade. Assim, buscam seu protagonismo como referência em planejamento e gestão democrática e inclusiva, especialmente porque mais da metade da categoria de arquitetos e urbanistas é composta por mulheres.

Atender as demandas das mulheres no planejamento urbano não implica fazer uma cidade especializada unicamente para elas, excluindo o lugar e as necessidades dos outros cidadãos, mas afirmar uma perspectiva que representa uma nova abordagem de inclusão, do olhar, da opinião, da percepção e da contribuição das mulheres na construção da cidade contemporânea, trazendo uma nova dimensão ao desenvolvimento da cidade e da sociedade. Pensar as cidades a partir das necessidades de uso das mulheres é refletir sobre a infraestrutura do espaço urbano para responder às atividades do cotidiano também delas.

Porém, quero trazer aqui mais uma camada interseccional para ser trabalhada com a questão de gênero, que é a questão racial. Isso porque ainda hoje no Brasil, as mulheres negras são quem protagonizam os piores indicadores sociais. As vivências de mulheres pretas são distintas das de mulheres brancas.

Para nós, mulheres pretas, as experiências individuais e coletivas que nos movem são derivadas do enfrentamento diário pela sobrevivência em um ambiente estruturalmente racista, fruto de uma herança escravocrata que ainda não foi encarada como se deveria. A socióloga Ednéia Gonçalves elucida essa questão quando diz que:
  • “refletir sobre as implicações do racismo no processo de apropriação e circulação da população negra nas cidades é também um exercício de identificação desse território como mais um espaço de luta contra o apagamento de nossa presença histórica, econômica, social, cultural e religiosa que atinge as mulheres negras, interseccionando violências, discriminações e opressões.
    Trabalhar, estudar, maternar, amar, morar, alugar, permanecer viva… O direito à livre circulação ainda é uma abstração, tendo em vista que as experiências individuais e coletivas que incidem na construção de vínculos com esse território se baseiam, sobretudo, na hostilidade ao nosso corpo e à história que ele representa.
    (…). Essa visão “casa grande e senzala”, que até hoje inspira políticas públicas e alimenta o imaginário racista e separatista, contribui fortemente para a permanência do quarto de empregada, uniformes alvos e elevadores de serviço, que escandalosa ou disfarçadamente resistem na cidade, fortalecendo e reinventando as armadilhas discriminatórias de sempre.”

Diante do exposto, quero concentrar minha fala colocando a necessidade de se  trabalhar a questão de cidade gênero, numa perspectiva de justiça racial que nos permita a oportunidade de desconstruir estruturas que contribua para uma série de violações de direitos e nos permita obter uma compreensão mais profunda de como as estruturas racistas e patriarcais que se sobrepõem e que precisam ser debatidas e solucionadas.

Entendo que essa questão envolve fundamentalmente a nossa formação para o exercício profissional. Se não fizermos uma revisão nos nossos currículos, um giro decolonial na nossa formação, não sairemos do canto, não conseguiremos construir as respostas que de fato são necessárias para esse contexto.

A autora Thais Luzia Colaço utiliza o termo “decolonial”, suprimindo o “s” para marcar uma distinção com o significado de descolonizar em seu sentido clássico. Deste modo quer salientar que a intenção não é desfazer o colonial ou revertê-lo, ou seja, superar o momento colonial pelo momento pós-colonial. A intenção é provocar um posicionamento contínuo de transgredir e insurgir. O decolonial implica, portanto, uma luta contínua”. Indica uma superação do colonialismo — o qual é a base do patriarcado e o racismo; por seu turno, a ideia de decolonialidade indica exatamente o oposto e visa transcender a colonialidade.

Precisamos DEcolonizar o ensino de arquitetura e urbanismo, construindo outras pedagogias e epistemes para além da hegemônica, a partir dos sujeitos subalternizados pela colonialidade, como indígenas, negros, mulheres e outros marcadores das diferenças contrapostas às lógicas educativas hegemônicas, que são masculinas e brancas. Só assim conseguiremos avançar.

Os teóricos que estudamos são em sua maioria, ainda hoje, eurocêntricos e estadunidenses, não nos aprofundamos na produção de conhecimento latino-americana, voltada para América Latina, e por esse motivo, acabamos reproduzindo um conhecimento filosófico, metafísico, eclesiástico, arquitetônico, formado nesses países de centro, que não possui conexão com nossa realidade social e cultural.

O que a gente faz é tentar de alguma maneira aplicar esses conhecimentos a nossa realidade, o que não funciona, fazendo com que as coisas feitas aqui pareçam ser muito distantes daquele ideal hegemônico. Logo, a nossa produção passa a ser vista como algo menor, como uma coisa que não conseguiu chegar lá, capenga e “tupiniquim”.

Os cursos de Arquitetura e do Urbanismo no Brasil, tentando se inserir na linha histórica dos países europeus, valorizaram desde o seu nascedouro a seleção e organização do conhecimento produzidos nesses países de centro, como fundamento para a formação dos profissionais brasileiros. Esses conhecimentos foram distribuídos em, pelo menos, quatro principais eixos — teoria, história, projeto (arquitetura, urbanismo e patrimônio) e tecnologia — que se estruturam quase que de forma autônoma e independente, com pouca articulação e transversalidade e interdisciplinaridade. E isso por si só já é um prejuízo! Porque se tem um processo formativo fragmentado, na lógica do processo industrial (fabril), capitalista e colonial, onde se acredita que na junção das partes, forma-se o todo. E a gente já sabe, que, na prática, não funciona desta forma…

Adotando o paradigma Moderno de fazer ciência — modelo esse eurocêntrico, dos países históricos (Flüsser) — impomos nas nossas escolas um pensamento cartesiano e positivista de enxergar a cidade e o edifício, simplificando problemas complexos, construindo de forma instrumental, linear e sucessiva o conhecimento.

Então, a temática DA DECOLONIZAÇÃO DO ENSINO DE ARQUITETURA é uma temática que me obriga a falar desse projeto de modernidade, que continua presente nos cursos, numa lógica opressora para mulheres, pretos, povos originários, PCDs, etc. E me convida a pensar e construir paradigmas que rompam com essa produção de conhecimento de episteme eurocêntrica.

E isso é muito difícil, porque ninguém quer fazer uma imersão em si: dá trabalho, mexe com problemas e feridas que não queremos lembrar e revisitar, nos obriga a rever e criticar o que já foi hegemonicamente colocado para nós, como se não nos houvesse outra opção, de forma “naturalizada”, numa espécie de violência simbólica onde nós, não percebendo essa violência que nos foi e é imputada, acabamos criando mecanismos de manutenção e reprodução dessa violência (Bourdieu). É o que Cida Bento chama de pacto da branquitude.
Na arquitetura, mais especificamente, esse pensamento estruturado no modo cartesiano e positivista de enxergar a realidade, chega no seu expoente máximo no MODERNISMO, estabelecendo uma maneira de enxergar e projetar o objeto arquitetônico e a cidade. E nós, adotamos, sem sermos modernos, e sem passarmos pela revolução industrial, pelos mesmos problemas de ordem econômica-social que desembocou no modernismo europeu, esse paradigma como estruturante epistemológica das nossas escolas, e consequentemente em nossas cidades, desconsiderando nosso próprio processo histórico, marcado por diversas violências de gênero e raça.

Por que estou dizendo tudo isso? Porque se quisermos habitar os espaços de forma mais sustentável, igualitária e justa, o nosso tema deve ser primeiro a DECOLONIZAÇÃO do campo da arquitetura e urbanismo. Porque a supervalorização do moderno, ainda tão presente nas escolas de arquitetura e urbanismo, gera pelo menos três problemas centrais, impeditivos para se construir espaços mais empáticos, uma profissão mais inclusiva e uma sociedade mais equânime a partir da arquitetura e urbanismo, são eles: o discurso, o projeto e o conteúdo das nossas escolas.

O primeiro é o discurso, a falsa ideia que a verdadeira arquitetura brasileira foi aquela produzida durante o movimento moderno, numa tentativa “purista” e higienista, de se inserir na história da arquitetura “mundial”. Qual é o prejuízo desse tipo de supervalorização?: é que, se o modernismo brasileiro é a nossa arquitetura que “deu certo”, que nos projetou internacionalmente (aquela — falsa — sensação de que nos inserimos na linha histórica dos países de centro), então todos os estudantes querem copiar esse paradigma! Porque é mais seguro “colar” em algo que deu certo.

E como prejuízo da supervalorização desse discurso, temos projetos que muitas vezes só contribuem para a manutenção e reprodução de uma arquitetura cartesiana e objetiva, distante da área criativa da complexidade da sociedade, que não cabe num “modulô”.

O segundo problema está na maneira de fazer projeto que esse paradigma imprimiu e reproduzimos em muitas das nossas escolas. Já sabemos disso, mas falarei novamente, para os modernistas a forma do objeto arquitetônico deveria seguir a função. Portanto, a forma surge da articulação de atividades resolvidas em planta-baixa (elemento gerador do projeto). Frases clássicas como a de Le Corbusier — A Casa é uma Máquina de Morar — e a de Mies Van der Rohe — Menos é Mais — exaltavam os quesitos funcionais do projeto e ganharam o mundo, principalmente depois da segunda grande guerra.

Iniciamos, geralmente, pela planta-baixa, depois eleva-se os cortes e fachadas. Essa forma de projetar faz com que o estudante não consiga ter uma visão geral (total), mais complexa do objeto, pois, sempre trabalha por partes, de forma fragmentada. Isso gera problemas não só de representação e de projeto, mas, problemas na maneira de ler a realidade, de ler o projeto, de ler o edifício, ler a cidade. Falta de conexão com as demais disciplinas, principalmente as de história. 

Esse modo de fazer projeto, fruto dessa racionalidade técnica eurocêntrica, centrada no olho, nada tem a ver com nossa cultura latino-americana, repleta de gestos, sentidos, excessos e mestiçagens. Para nós deveria ser “Mais é mais e menos é um tédio” (Iris Barrel), como sonhava Ariano Suassuna em seu manifesto Armorial:
  • A arquitetura brasileira contemporânea, nem é arquitetura — pois é feia, fria e desagradável — nem é brasileira — pois é copiada de Le Corbusier, internacionalista, cosmopolita, requentada, brancosa, cartesiana, de paredes nuas, brancas, retas, e tendo, ainda por cima, desterrado de dentro de si a Pintura, a Cerâmica e a Escultura. Certa vez, Le Corbusier indignou um grupo de jovens arquitetos brasileiros que o visitavam, dizendo que toda a Arquitetura brasileira moderna originava-se da dele.
    Le Corbusier tinha razão, e ainda foi delicado, porque não acrescentou que ele próprio faz, às vezes, por acaso, coisas boas, e nossos arquitetos só têm feito é copiar o que ele tem de pior, de mais  brancoso, cartesiano e calvinista, repetindo fórmulas e o feio jargão de “gabaritos” “soluções”, e outras coisas “funcionais”. Tudo isso não tem nada de brasileiro.
    Nossa arquitetura teria de ser imaginosa, meio demente, colorida, violenta, irregular, ardente e forte em certos casos, e, noutros casos, tranquila e acolhedora; (…)
    Os atuais “caixões” de paredes despidas e duras, semelhantes a postos de gasolina, não nos servem, não correspondem ao Brasil. (…)

O terceiro problema é que esse paradigma faz uma demarcação daquilo que deve ser estudado com uma certa importância e aquilo que deve ser deixado de lado, ele seleciona os conteúdos, ele fragmenta e diz aquilo que é importante e aquilo que é secundário, aquilo que é arte e aquilo que não é, aquilo que é arquitetura e aquilo que não deve ser. Supervaloriza os conhecimentos dos países históricos, e despreza e invisibiliza os saberes populares e conhecimentos dos demais contextos e culturas (demarcação de poder).

E isso gera GRANDE PROBLEMA: o fato de eu eleger uma arquitetura como hegemônica, faz com que eu perceba com que toda a outra produção, ela seja colocada como uma categoria a parte, menor ou invisibilizada.

É uma arquitetura e um urbanismo menor, que não precisa ser visto, não precisa ser visitado, não precisa ser analisada e protegida. Nós não estudamos a América Latina e sim a Europa. Não conhecemos as contribuições incas, maias, tupis, mas estudamos a Grécia Antiga e sabemos distinguir uma coluna dórica, jônica e coríntios! Vocês já se perguntaram a quem isso interessa?

Nos aprofundamos nas obras dos “grandes” arquitetos do modernismo mundial e brasileiro, mas quando olhamos a cidade, o que a gente tem, não é exatamente esse exemplar. O que está sendo produzido são outras coisas: mestiças, ecléticas, femininas e barrocas. Fruto de uma série de fatores, que nós não estudamos nas escolas de arquitetura, e aí a gente se frustra! 

As escolas de arquitetura invisibilizam essa produção mestiça, marcada pela presença de negros, pardos, indígenas e mulheres, a produção feita a partir da diversidade de culturas e dos problemas do dia a dia; para supervalorizar uma produção que se assemelhe com a produção hegemônica dita “pura” e intelectualizada, o que supostamente nos levaria a um “reconhecimento e validação” dos países de centro.

Habitar os espaços de forma mais sustentável, igualitária e justa, só será possível quando conseguirmos mudar nosso modo de estruturar os cursos de arquitetura e urbanismo, quando tivermos realmente dispostos a decolonizar e assumir nossa condição latino-americana. Eu ainda não sei como fazer isso, mas sei que um primeiro passo é trazer o tema para discutirmos nas universidades, entidades e conselho profissional, acreditando que outros caminhos também são possíveis. Como dizia Paulo Freire: “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”. “Mudar é difícil, mas é possível”.
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Discurso de Posse IAB DF - Gestão 2023-2025: cultura, democracia e diversidade

 

pelo presidente Luiz Eduardo Sarmento

Fotos: Toninho Barbosa
Boa noite a todas, a todos e a todes.
 
Autoridades, apoiadores e associados do IAB; dirigentes e ex-dirigentes de nossa entidade; representantes do Conselho de Arquitetura e Urbanismo e das entidades irmãs de arquitetura e urbanismo; movimentos sociais; representações diplomáticas e estudantes de arquitetura e urbanismo: nosso muito obrigado pelo prestígio.
 
Vocês honram o IAB com suas presenças neste Museu Nacional da República.
 
Todas e todos que estão aqui hoje, reunidos neste espaço que é um patrimônio cultural do Brasil, projeto do nosso arquiteto maior Oscar Niemeyer, são pessoas que, de alguma forma, constroem o Brasil a partir deste planalto central. Nossa gratidão à vocês.
 
E estamos aqui para um ritual de passagem. E pq sabemos o quão importantes são os rituais de passagem, que marcam o tempo, encerram e iniciam ciclos. Hoje iniciamos, com vcs, um novo ciclo de luta pelo direito à cidade, à arquitetura, à moradia, ao patrimônio cultural e a promoção de espaços propícios ao intercâmbio e desenvolvimento da arquitetura e urbanismo no brasil e no DF.
 
É com grande satisfação e dever de responsabilidade que assumimos, nesta solenidade pública, como dirigentes do IAB.DF, uma empreitada de 3 anos, um compromisso voluntário e coletivo que escolhemos para focar nossas energias, nosso tempo (e trabalho livre) nos próximos três anos. Não é pouca coisa. Não será pouco o trabalho a qual teremos que enfrentar.
 
Nossa responsabilidade é enorme ao dirigir uma  entidade fundada pelo arquiteto Wilson Reis Netto: destacado artista e importante arquiteto e urbanista que chegou ao planalto para trabalhar com Niemeyer na construção de nossa Capital. Assim como eu, um LGBTQIA+ que veio construir uma vida, ajudar a consolidar essa cidade inserida no cerrado - ou o que sobrou dele e que tanto precisamos lutar para preservar. Gostaria de agradecer ao meu marido, Chico Monteiro, aqui presente, e que tem, nos últimos anos, ajudado ativamente nas atividades do IAB, inclusive na construção das comemorações do centenário de nossa Entidade em 2021.
 
Começamos um novo ciclo em um IAB que foi casa de Lelé, de Olga Verjovstky, de Alda Rabelo, Ítalo Campofiorito - pausa: um profissional que como eu, Soneca, Raul, Henrique - que compõem nossa atual gestão, trabalhou no Iphan, órgão que presidiu e onde instruiu o processo de tombamento de Brasília), Fernando Burmeister, Elvin Dubugras, Milton Ramos, Miguel Pereira, Athos Bulcão e o mestre Edgar Graeff, para citar apenas alguns dos nossos que não estão mais entre nós mas que deixaram um legado importantíssimo ainda nos afeta.
 
Nosso IAB, esta organização da sociedade civil potente, já foi sediada no apartamento do Wilson Reis Netto, na UnB, no Teatro Nacional, no Edifício Mineiro no SCS, no Edifício Oscar Niemeyer, também no SCS; em nosso belo terreno da L2 Sul - onde está prevista a construção da casa da arquitetura e do urbanismo no brasil - Sede Conjunta do Conselho de Arquitetura do Brasil e do IAB em Brasília.
 
Hoje, mesmo que momentaneamente, fizemos do Museu Nacional da República nossa casa.  Esperamos estar mais e mais vezes aqui neste importante espaço, discutindo, expondo e apresentando arquitetura e soluções para cidades mais justas e sustentáveis. Aproveitando o ensejo, agradeço a diretora do Museu, querida Sara Seilert e sua equipe pela acolhida e pelos projetos que virão!
 
A chapa eleita, que ora toma posse nesta solenidade (solene pela presença de vocês!) se intitulou como IAB-DF: cultura, democracia e diversidade. Fomos eleitos em processo democrático no fim de 2022, quando tomamos posse cartorialmente e iniciamos nosso trabalho.
 
Assim como estamos reconstruindo o país, estamos reconstruindo o IAB. Os últimos anos não foram fáceis. Enfrentamos uma pandemia mundial, perdemos pessoas queridas, inclusive arquitetas e arquitetos referenciais para nós e nossa entidade e, especificamente no Brasil, vivenciamos constantes ataques à nossa frágil e recente democracia e suas instituições. O isolamento social que nos impôs o coronavírus, evidenciou a importância vital da cultura para os seres humanos, e nos colocou diante da fragilidade da democracia ameaçada, reforçando o papel fundamental da sociedade civil organizada.
 
Os desafios que enfrentamos nos últimos anos confirmou a necessidade de estarmos em permanente trabalho em prol de processos participativos e da radicalização do regime democrático, visando garantir mais acesso e mais direitos.
 
O momento atual é de retomada, reorganização e reconstrução. Estes conceitos, aliados à cultura, democracia e diversidade devem orientar os três anos de trabalho voluntário que ora começamos no IAB. Pretendemos também que o IAB.DF se consolide como escola cidadã e que seja suporte para o exercício de posturas e das boas práticas que tanto cobramos de nossos governantes, como a busca pela transparência, respeito e instituição de processos participativos e com controle social.
 
A virada do ano já foi de muito trabalho para nós: começamos a fazer um levantamento pormenorizado das condições físicas e fiscais dos bens imóveis do IAB.DF. Também começamos a organizar os acervos documentais e bibliográficos do Departamento, entendendo que possuímos um legado fruto de muito trabalho daqueles que nos antecederam anos atrás e das/os associados, com suas anuidades e doações.
 
Os bens do IAB merecem nosso mais profundo respeito e responsabilidade e terão em nossa gestão. Já iniciamos a elaboração de um planejamento estratégico para o gerenciamento e a reorganização de nossa sede administrativa, além de muitas tarefas burocráticas inerentes à transição e início de gestão.
 
Nesses três meses de gestão, estabelecemos a organização de nossa Comissão de Política Urbana - cujas reuniões talvez sejam nossa mais importante e duradoura ação, visto que congrega pessoas de diversas formações, classe social, local de moradia no DF, etc. para pensar e propor soluções para nossa metrópole Brasiliense e contribuir também com a política urbana e habitacional em nível nacional.
 
Em breve vamos retomar nossa agenda atividades abertas ao público e eventos dedicados ao debate e desenvolvimento do urbanismo e da arquitetura, da ampliação do direito à cidade, à arquitetura e à cultura, além de potencializar trocas entre as/os profissionais associados ao IAB.
 
A reunião Comissão de Política Urbana será a primeira dessas ações voltadas ao público, buscando, fortalecendo e estabelecendo novas pontes em prol do nosso DF e de nosso campo de atuação profissional e militante, formando massa crítica.
 
Há muito trabalho a ser feito, muitas ideias, possibilidades e urgências. Para tanto, contamos com a contribuição de profissionais associados que são o sustentáculo de nosso departamento, seja por meio de doações, anuidades, parcerias e trabalho voluntário.
 
Desde já convidamos a todas e todos para participar e ocupar o IAB.DF e seus espaços e nos ajudar a carregar nossas bandeiras históricas, como a luta intransigente para que projetos para obras públicas sejam escolhidos por meio de concursos nacionais de projeto, a promoção da arquitetura no Brasil, por meio de mostras e debates, a reforma urbana - conceito cunhado no âmbito do IAB que, em julho, faz 60 anos - Seminário do Quitandinha.
 
E pegando o gancho do Quitandinha, me faz pensar que IAB é uma organização que tem se especializado em tramar: tramar no sentido de tecer, tecer redes para promover soluções e sonhos por meio da arquitetura e do urbanismo.
 
Nessa trama, temos grandes conquistas:
a criação do cau - luta de décadas do IAB, a sanção da lei de athis em 2008, que o IAB tanto contribuiu com as demais entidades, a criação do ministério e do estatuto das cidades - em grande parte escrito em nossa sede da L2 sul, sem contar mostras, seminários, congressos (nacionais e mundial), cursos…
 
A responsabilidade de estar em uma organização - construída por trabalho dedicado, voluntário, e que se mede em décadas, não é pouca.
 
O IAB, em 1922 se reunia, quando o presidente planejava inaugurar a pedra fundamental de Brasilia, localizada na charmosa Planaltina, para propor ao presidente da república que o projeto para a escolha da nova capital deveria ser por concurso público. Décadas depois, em 1956, depois de muita luta, o IAB logrou êxito e o resultado deste concurso é hoje este patrimônio Mundial em cujo coração estamos aqui reunidos agora.
 
Cabe à nós agora, 101 anos depois, começar a forjar o futuro. E não há futuro possível se não começarmos uma guinada à revolução ambiental, à inclusão de pessoas marginalizadas e das periferias, que são centrais neste futuro que queremos.
 
No presente, daremos continuidade às missões históricas do IAB, que é a luta pelo direito à cidade, à arquitetura, à memoria, à beleza, à habitação, à cultura.
 
Meu muito obrigado a todas, todes e todos que estão aqui presentes e que estão contribuindo com essa construção coletiva sexagenária no DF e centenária no brasil!
 
 
E falando em coletivo, eu estou aqui ocupando este púlpito, mas representando um grupo enorme. Algumas dessas pessoas estão aqui e gostaria de chamar ao palco. Peço o aplauso de vocês para cada integrante deste time IAB-DF: cultura, democracia e diversidade:
 
Vice- Presidente - Maribel Fuentes Aliaga (colaborador: André Tavares)
Diretora Administrativo Financeiro - Nádia Vilela
Diretora Cultural e de Divulgação - Cecília de Almeida Silva
Diretor de Articulação Institucional - Gabriel Couto
Diretor Técnico - Leonardo Sá                                      
Diretora de Intercâmbio Acadêmico - Guiga Nery e Gê Gomes
Coordenação da Comissão de Políticas Urbanas - Henrique Rabelo, Matias Ocaranza e Clarissa Sapori
Coordenação da Comissão da Trienal de Arquitetura de Brasília - Juliette Lenoir e Cecília de Almeida Silva
 
Coordenação Especial das Comissões e Articulação Política - André Tavares (Cargo não estatutário proposto para a gestão)
 
Coordenação de comunicação - Juliette Lenoir e Cecília de Almeida Silva (Cargo não estatutário proposto para a gestão)
 
Coordenação de patrimônio cultural - Julia Mazzutti e José Leme Galvão - (Cargo não estatutário proposto para a gestão)
 
Comissão extraordinária de equidade de gênero e raça - Raquel Freire - (Cargo não estatutário proposto para a gestão)
 
Conselheiras/os Superiores
 
Titulares         
Conselheira - Luiza Rego Dias Coelho
Conselheira - Raquel Freire
Conselheira - Letícia Miguel Teixeira
Conselheiro - José Leme Galvão Jr.
Conselheiro - Antônio Carlos Moraes de Castro
 
Suplentes         
Conselheiro - Raul Maravalhas
Conselheiro - Caique Tomé
Conselheiro - Gê Gomes
Conselheiro - Heloísa Moura
 
Conselho Fiscal
 
Conselheira - Clarissa Sapori
Conselheiro - João Augusto Pereira Júnior
 
 
Nos encontramos na recepção onde estamos vendendo o livro do centenário do IAB, o livro Os Caminhos que Levam à Cidade, de nossa decana Vera França e Leite, e Arquitetura da Destruição, do companheiro Danilo Mattoso.
 
Em seguida nos vemos no pavilhão anexo ao Museu para ouvirmos um pouco de música e batermos papo no bar da Fenea!
 
Muito obrigado!
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Sessão Solene de Posse do Conselho Diretor e Conselho Superior do IAB.DF

 

Discurso de Maria Elisa Baptista, presidente do IAB Direção Nacional

Fotos: Toninho Barbosa
Celebrar hoje o início dessa nova gestão, lado a lado com a comemoração de 63 anos do IAB-DF e com o lançamento − na agora de fato e de direito, capital do Brasil − do livro que registra a história do IAB, é uma alegria. O IAB conta sua história de muitos modos, e todos esses modos dirigem nosso olhar para o futuro.

Não o futuro irremediavelmente dado pelo passado de descuido e destruição que construímos, mas o porvir, o que poderá ser, se o passado que o constituir for outro, como diz Slavoj Žižek.

Não é pouca coisa lançar mão do que sabemos sobre a memória, como o facho de luz que nos ilumina o caminho. A memória lê, sempre parcialmente, a história. Dá relevo ao que nos anima, ao que nos faz querer viver, por sobre os escombros do violento percurso de uma suposta civilização e um volátil (e também suposto) desenvolvimento econômico.

O registro dessa memória − rigorosa porque afetiva − pede o reconhecimento dos lugares, das coisas e das palavras que nos humanizam, e pede a festa e a comemoração com as pessoas que tornam tudo isso possível.

Nada mais incrível que a celebração de hoje se dê no dia seguinte à solenidade de entrega do Prêmio Marielle Franco de Direitos Humanos ao IAB-DF, por sua atuação pelo direito à cidade, à moradia, à cultura e à arquitetura. Atuação que promete continuar, registrada nas palavras escolhidas pelo grupo que hoje toma posse: cultura, democracia e diversidade.

A arquitetura e o urbanismo são elementos insubstituíveis na construção continuada da democracia. A prática cotidiana dessa certeza – registrada nesse livro vermelho, celebrada no prêmio recebido, e prometida nessa posse – é que faz do percurso do IAB um caminho para um país generoso, para uma vida plena para todas as pessoas, para um mundo em que possamos todos viver.

Imagino que, hoje, adiamos mais um pouco o fim do mundo, como nos recomenda Ailton Krenak.

Parabéns Luiz,
Parabéns, arquitetas e arquitetos do Distrito Federal. Ganhamos todos, ganhamos todas nós.
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Vida longa ao IAB-DF!
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Andrey Schlee, Diretor do Departamento de Patrimônio Material e Fiscalização do Iphan, destaca a atuação do IAB

 
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(crédito: Andrey Rosenthal Schlee)
Em evento organizado pelo jornal Correio Braziliense, o arquiteto e urbanista Andrey Rosenthal Schlee, diretor do Depam-Iphan e professor titular da Universidade de Brasília, destacou, em sua fala, a importância do IAB na qualificação da arquitetura e urbanismo no Brasil por meio da promoção de concursos públicos nacionais de projeto e da luta do Instituto para que obras públicas sejam realizadas a partir de projetos escolhidos por concursos públicos de projetos.

O IAB organiza concursos de projetos há mais de um século, alcançando resultados excepcionais e obras de referência e qualidade superior. Recentemente, mais uma edificação fruto de concurso público organizado pelo IAB.DF e realizado pela ApexBrasil foi destaque mundial. O Pavilhao do Brasil na Expo Dubai 2022 foi escolhido, por meio de voto popular, como um dos dez prédios mais importantes do ano pela plataforma Archdaily.

Elogiando a presença do IAB.DF no evento, Andrey destacou que "é importante a presença do IAB aqui porque o IAB tem sido um parceiro de todas as cidades brasileiras no sentido de desenvolver Concursos Públicos. E vejam a qualidade que os concursos estão incorporando nas nossas cidades."

Tratando especificamente do Conjunto Urbano de Brasília, o diretor reforçou a ideia de que tombamento não é engessamento e que as gerações atuais podem e devem atuar sobre o patrimônio, qualificando-o. 

"Não podemos impedir que as gerações contemporâneas contribuam com ela. É um contrassenso a gente imaginar que apenas a geração do Lucio Costa, do Oscar Niemeyer foi capaz ou teve condições de projetar algo bom pra esse país. Nós temos que permitir que as gerações contemporâneas, que estão sendo formadas pelas escolas de arquitetura, que estão sendo colocadas em prova pelos concursos do Instituto de Arquitetos do Brasil, só para citar duas instituições presentes, não têm condições de apresentar coisas boas para Brasília. Claro que tem. Então eu acho que cada vez mais a gente tem que lutar para preservar e transformar, no sentido de melhorar, aquilo que está preservado. Não é um congelamento e nunca foi um congelamento o que se pensou para Brasília, e ai mais um vez basta ler os textos do Lucio Costa, do  Italo Campofiorito pelo Iphan, que quando estavam pensando como que se daria o tombamento de Brasília na década de 80, trocando cartas e correspondências, a noção clara de uma cidade que se transforma e que terá que se transformar, sempre pra melhor, é claro.”

​Confira registro completo em: CORREIO DEBATE - ENTRE OS EIXOS DO DF 2ª EDIÇÃO: QUEM AMA PRESERVA | 28.02.2023 - YouTube
​
​Referência: https://www.correiobraziliense.com.br/cidades-df/2023/02/5076844-diretor-do-iphan-reforca-que-e-necessario-defender-o-patrimonio-de-brasilia.html 
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IAB-DF participa de evento promovido pelo Correio Braziliense sobre a preservação de Brasília

 
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O Conselheiro Superior do Instituto Arquitetos do Brasil (IAB-DF), José Leme Galvão, pontua que conservação do conjunto urbanístico-arquitetônico de Brasília também é uma intervenção - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press)
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Com o tema "Quem ama preserva", o Correio Braziliense promoveu a segunda edição do Entre os Eixos, que reuniu autoridades, especialistas e membros de organizações da sociedade civil para debater sobre os desafios da preservação do patrimônio cultural de Brasília, na tarde de ontem. Na abertura do evento, o arquiteto José Leme Galvão, o procurador-geral de Justiça do Distrito Federal Georges Carlos Fredderico Moreira Seigneur e o presidente da Câmara Legislativa (CLDF), deputado distrital Wellington Luiz (MDB), destacaram a importância de se debater temas relacionados à proteção ao acervo urbanístico e arquitetônico da capital do Brasil.

José Leme Galvão, ex-superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e conselheiro do Instituto Arquitetos do Brasil (IAB-DF), lembrou que há sempre polêmica a respeito do que pode ou não ser conservado do acervo da cidade, mas que as dúvidas se concentram principalmente em como preservar aquilo que é tombado. "Não há nada na cidade que não tenha sido incluído dentro do tombamento", reforça o arquiteto. 

Questionado sobre os desafios de modernizar e, ao mesmo tempo, conservar, Leme é taxativo. "Brasília já é moderna. O que ela precisa é de intervenções de qualidade. Bom lembrar que conservar também é uma intervenção, desde a manutenção mais simples até as mais complexas". Segundo José, Lucio Costa, responsável pelo traçado urbanístico da capital, não tinha como prever as mudanças que a cidade viveria futuramente, mas que projetou uma cidade com espaços generosos, que possibilitam a interatividade urbana. "Essa interatividade pode ser entendida como a acessibilidade somada à mobilidade", explica. 

Procurador-geral da Justiça do DF, Georges Carlos Fredderico destacou que o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) criou, há mais de 20 anos, promotorias especializadas para tratar da ordem urbanística. "O MP caminha com esse desafio de acompanhar a modernização, que é latente e presente, mas preservando aquilo que fez de Brasília um lugar especial", pontua. Por esse motivo, Moreira ressalta a importância de criar debates como o feito pelo Correio. "Fundamental para avançar nas ideias e buscar soluções para que nós não nos afastemos da modernidade e continuemos a preservar a nossa Brasília", enfatiza.

Para Georges Carlos, Brasília ser considerada um patrimônio cultural mostra o carinho e a atenção que a população que mora na cidade aqui deve ter com esse tema. "Brasília é conhecida mundialmente pela sua arquitetura e pelos traços urbanísticos. As tesourinhas dentro do nosso quadrilátero são pontos conhecidos em todo o Brasil, além de toda a forma que a cidade é colocada dentro das asas de um avião", comentou o procurador-geral. 

Ainda sobre os desafios de preservação, o Georges Carlos abordou a questão da mobilidade urbana na capital, pontuando que é necessário trazer mecanismos novos conciliados com a história de Brasília, além de destacar que é fundamental trazer um transporte coletivo de mais qualidade para a população que tanto necessita. "É uma forma inclusive de preservação da própria cidade, porque um melhor transporte coletivo leva a um número menor de veículos transitando e acaba tendo um estresse menor no tráfego de pessoas e na necessidade de construção de vias. Esse é um desafio que acho que o DF não tem como fugir mais", frisa.

Wellington Luiz marcou presença no encontro e disse que a Casa está atenta às questões relacionadas à preservação do conjunto urbanístico de Brasília. "A Câmara está buscando meios de escuta da população, arquitetos e outros especialistas, como forma de subsidiar a produção de leis que possam atender aos interesses da cidade sem deixar de preservar o patrimônio", declarou o distrital. "Mas a nossa participação não deve ser só na produção de lei, mas também na destinação de emendas parlamentares que ajudem na conservação da cidade", conclui.

Relevância
O fato de ter nascido junto a Brasília e por ter acompanhado todas as intensas mudanças pelas quais a capital passou, e ainda passa, o Correio é o melhor espaço para promover os debates de relevância para o desenvolvimento da cidade. "A preocupação com a preservação da capital do país faz parte do DNA do Correio, que acompanha a vida da cidade desde o começo. O projeto Entre os Eixos é mais uma ferramenta para unir ideias, propostas e pessoas em torno da cidade, ressalta Guilherme Machado, vice-presidente executivo do Correio.
Assim como Machado, o diretor financeiro do Correio, Leonardo Moisés, também celebra o projeto. "O título de Patrimônio Cultural da Humanidade que a nossa querida Brasília conquistou, em 1987, da Unesco é o maior reconhecimento da obra de Lucio Costa e Oscar Niemeyer. E nós, brasilienses, é que recebemos esse presente. É missão do Correio ser o protagonista dessas discussões", afirma. "Cultura é uma questão de educação, por isso a importância dessa discussão", conclui.
Para a superintendente de marketing do Correio, Valda César, a preservação da capital é de fundamental importância para as futuras gerações. "Ninguém melhor que o Correio para abrir suas páginas e suas plataformas digitais para tratar desse tema tao relevante", reforça.


Nosso patrimônio​
Brasília foi considerada patrimônio da humanidade pelo Comitê do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) em dezembro de 1987. Pouco tempo antes de completar 28 anos, a jovem capital do Brasil já figurava ao lado de cidades como Paris, Veneza, Cairo e Jerusalém, também declaradas patrimônio mundial. O caso de Brasília foi inédito, porque todas as outras já tinham centenas de anos de existência.

Assista Entre os Eixos do DF: entrevista com José Leme Galvão (Conselheiro do IAB) - YouTube
Este artigo foi publicado originalmente no portal https://www.correiobraziliense.com.br/cidades-df/2023/03/5076914-debate-promovido-pelo-correio-aponta-caminhos-para-preservar-brasilia.html 
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