A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) prestou homenagem ao Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento do Distrito Federal (IAB/DF) no dia 11 de abril. Em sessão solene, prestigiada pelas principais organizações representativas da arquitetura e urbanismo, a Casa marcou a passagem dos 65 anos da instituição, completos em 20 de março. A sessão solene foi proposta pelo deputado distrital Fábio Félix (PSOL) e rendeu menção honrosa a arquitetos/as e urbanistas que estiveram à frente da instituição. Assista ao vídeo da transmissão ao vivo pela TV Câmara Distrital no Youtube! www.youtube.com/watch?v=vGYHtBDyRpA Fundado em 1960, um mês antes da inauguração oficial de Brasília, o IAB-DF tem sua história profundamente associada à criação da capital federal. Entre os nomes que compuseram seu quadro de associados, estiveram arquitetos da equipe liderada por Oscar Niemeyer para a construção da capital federal. A própria Câmara Distrital conta com importantes contribuições de representantes do IAB/DF: o primeiro presidente da Casa foi o arquiteto e urbanista Salviano Guimarães, entre 1991 e 1995. A sede erguida à margem do Eixo Monumental teve projeto selecionado a partir de concurso público promovido pelo IAB/DF. Na abertura da sessão, Fábio Félix destacou a atuação do IAB-DF em defesa das pautas urbanas e do direito à cidade. "O IAB/DF tem sido um grande aliado em causas fundamentais, como a luta em defesa do Conjunto Urbanístico de Brasília, uma luta árdua contra a especulação imobiliária predatória, e também no enfrentamento às desigualdades sociais", afirmou.
O deputado enfatizou que, mesmo contando com um orçamento bilionário e recursos provenientes de fundo constitucional, o DF é a terceira unidade da federação mais desigual do Brasil, realidade que o IAB/DF ajuda a combater por meio de bandeiras importantes como a assistência técnica para habitação de interesse social (ATHIS). A coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo da FAU/UNB, Vânia Raquel Telles Loureiro saudou a parceria com a instituição. "O IAB tem sido um aliado essencial, promovendo debates, colaborações e parcerias que ampliam o impacto das ações que realizamos na FAU. Que nas próximas décadas, sigamos de mãos dadas no enfrentamento aos desafios postos e vindouros pela democratização do acesso à arquitetura e urbanismo", afirmou. Representando o CAU/DF, o conselheiro Antonio Menezes Jr classificou o IAB como uma organização que potencializa a ação de outras entidades. "Sou formado pelo IAB, pelas entidades profissionais que construíram Brasília. Estamos celebrando uma história de vida formada por prática, presença física e política, através de ideias ao longo dessas décadas”, disse. “Nos arquivos do IAB, mora todo o passado, todo o presente e aquilo que virá a ser futuro próspero”, disse a Angelina Nardelli, representante do Colegiado das Entidades da Arquitetura e Urbanismo (CEAU) do DF. Para a presidente do Conselho Superior do IAB (COSU), Luiza Coelho, o IAB é uma escola, um espaço que catalisa o que a profissão representa para a transformação social. “É uma entidade fiel às suas bandeiras e que não tem medo de se atualizar. É onde eu aprendi todas as vitórias e dissabores do que é a democracia. Que possamos continuar sendo essa entidade necessária e continuar construindo uma sociedade igualitária através de uma profissão que defende a sua função social", disse. Em seu discurso, o presidente Luiz Eduardo Sarmento atribuiu a riqueza da intervenção do IAB-DF à atuação em rede, tanto em nível nacional quanto internacional, e ao engajamento dos profissionais nas pautas relevantes para a sociedade. “O IAB propõe uma postura crítica, especialmente diante dos governos que ignoram o interesse público, mas nunca apresentamos uma crítica sem uma proposição”, afirmou. Também destacou a histórica resistência da instituição na defesa e na radicalização da democracia. Resgatando a postura no enfrentamento às ditaduras, em defesa dos direitos civis e à expressão, lembrou que o IAB teve o ex-presidente Geraldo Nogueira Batista preso após a criação de uma frente em defesa da UNB e seus estudantes. “Essa luta não pode ser esquecida por que a ameaça está sempre batendo à nossa porta”, declarou. O presidente também fez um agradecimento especial aos dirigentes da atual gestão. “São pessoas fundamentais que sempre arregaçam as mangas para enfrentar as nossas diversas batalhas e ajudar a formular os nossos projetos”, disse. A deputada Jaqueline Silva, presidente da Comissão de Assuntos Fundiários da Câmara Legislativa, enviou mensagem aos profissionais presentes. Nas palavras da parlamentar, a sessão solene celebra o legado que a instituição oferece para o futuro.
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Em 21 de fevereiro, a professora Sabrina Fontenele apresentou a palestra "Um olhar sobre os arquivos e a construção de narrativas" no auditório Ernesto Walter, na UnB. Sabrina discorreu principalmente sobre sua experiência na valorização dos acervos documentais de arquitetura da USP e do IAB/SP.
Essa palestra fez parte do projeto Revela, que visa promover a organização, a catalogação e o tratamento técnico do acervo documental do IAB/DF, e contou com o apoio do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UnB (PPG-FAU) e do Laboratório de Pesquisa em Acervos e Arquivos (Lupa) da FAU-UnB. O projeto Revela é patrocinado pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal (CAU/DF), por meio do Edital CAU/DF 2/2024. Legenda: Eder Alencar, Matheus Seco e Luciana Saboia © Maressa Andrioli Fundação Bienal de São Paulo A partir do projeto curatorial Intelligens. Natural. Artificial. Collective, idealizada pelo curador Carlo Ratti, a Bienal de Arquitetura de Veneza 2025 deste ano se aprofunda nas três dimensões da inteligência - natural, artificial e coletiva, propondo a comunidade arquitetônica global a discutir soluções para o desafio premente das mudanças climáticas. No contexto desta edição, a Fundação Bienal de São Paulo anuncia o projeto curatorial e o título da exposição que ocupará o Pavilhão do Brasil no evento. Com o nome (RE)INVENÇÃO, a mostra conta com a curadoria da arquiteta Luciana Saboia e dos arquitetos Matheus Seco e Eder Alencar, do grupo Plano Coletivo. O projeto parte de uma reflexão sobre as recentes descobertas arqueológicas de infraestruturas ancestrais do território amazônico para considerar as contradições e questionar condições socioambientais da cidade contemporânea. Os curadores são egressos da Universidade de Brasília. Todos possuem um grande repertório de projetos em diferentes áreas de atuação profissional na arquitetura, destacando-se o trabalho dos escritórios brasilienses ARQBR Arquitetos e BLOCO Arquitetos, dos quais Eder e Matheus são, respectivamente, sócio-fundadores. Já a arquiteta Luciana Saboia, que é professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília, possui pesquisas acadêmicas e projetos de grande relevância para a área. Segundo o site do Coletivo: O Plano Coletivo é um grupo de arquitetos, professores e pesquisadores que possuem interesses e formações diversos e colaboram de forma livre em torno de dois objetivos comuns: discutir o território urbano como narrativa crítica e refletir sobre arquitetura como ação socioambiental. É com essa bagagem e preocupação que o trio de curadores optou por nomear a exposição de (RE)INVENÇÃO, tratada em dois atos e descrita como a construção de uma narrativa que atravessa tempos e territórios. Serão, segundo os autores, exploradas as mais diversas interpretações de infraestrutura e paisagem, como aquelas realizadas pelos povos indígenas há mais de 10 mil anos, como também projetos, pesquisas e práticas em arquitetura que trabalham a ressignificação da cidade. Uma das formas de retratar as influências brasilienses e da região centro-oeste na exposição foi a Plataforma-Jardim, descrita pelos profissionais como uma estrutura linear com jardim em toda a sua extensão, que anteriormente necessitava de constante irrigação, foi substituída por espécies nativas ou adaptadas à temporalidade do Brasil Central. O jardim naturalista de flores, capins e plantas savânicas nasce, cresce, floresce e seca acompanhando a sazonalidade do bioma do Planalto Central em uma grande plataforma existente de estrutura pré-moldada em concreto protendido. ![]() Estudos de pesos e contrapesos, 2025, Plano Coletivo / © cortesia Fundação Bienal de São Paulo. O grupo Plano Coletivo ainda conta com a participação de outros arquitetos, professores e pesquisadores. Três deles também são egressos da Universidade de Brasília: André Velloso (sócio do ARQBR), Daniel Mangabeira e Henrique Coutinho (sócios do BLOCO) são membros do grupo e colaboram diretamente com o projeto. A decisão sobre quem representa o país na Bienal é feita através de um Comitê estabelecido pela Fundação Bienal de São Paulo, que conta com representantes da própria Fundação, do Instituto de Arquitetos do Brasil - IAB e dos Ministérios da Cultura e das Relações Exteriores. A participação do Brasil na Bienal é viabilizada por uma parceria entre a Fundação e os Ministérios. É possível ver mais do projeto e ter atualizações através do site da Bienal e da página dos Arquitetos no Instagram: @ederalencar @saboia_luciana @matheusseco 1. Perspectiva interna (RE)INVENÇÃO / © cortesia dos autores, Fundação Bienal São Paulo;
2. Geoglifos encontrados no estado do Acre, Brasil, 2022, Diego Gurgel / © cortesia do fotógrafo; 3. “Plataforma Jardim” - Jardim de Sequeiro – ICC, realizado por Julio Pastore e Oscar Niemeyer, 2021, Joana França / © cortesia da fotógrafa; 4. Arrimo Habitado - Restaurante oati, realizado por Lina Bo Bardi e João Filgueiras Lima, 2014, Joana França © / cortesia da fotógrafa; 5.Jardim de Sequeiro, Instituto Central de Ciências, Universidade de Brasília, Brasil, 2023, Julio Pastore / © cortesia do fotógrafo O Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal (IHG-DF) e o Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento do Distrito Federal (IAB-DF) assinaram, na última terça-feira (11), um Acordo de Cooperação Técnica. A solenidade ocorreu na sede do IHG-DF, na Asa Sul, e contou com a apresentação da marca e do selo comemorativo dos 65 anos do Instituto.
O IHG-DF foi fundado em 8 de dezembro de 1960, mesmo ano da criação do IAB-DF, ocorrido um pouco antes, em 20 de março. A identidade visual da efeméride foi desenvolvida por Luiz Eduardo Sarmento, presidente do IAB-DF, que formalizou a doação do trabalho durante o evento. A cerimônia reuniu, na mesa de honra, o presidente do IHG-DF, Paulo Castelo Branco, além do diretor de Relações Institucionais, Sr. Jorge Cartaxo, e da diretora do Centro de Documentação da entidade, Sra. Lenora Barbo. Pelo IAB-DF, participaram o presidente Luiz Eduardo Sarmento. O ato contou ainda com a assinatura de testemunhas, os arquitetos Antônio Carlos Moraes de Castro e Sylvia Ficher. O acordo de cooperação entre as instituições tem como objetivo fortalecer a parceria para a promoção de atividades técnicas e culturais, com foco inicial na preservação da memória e do patrimônio cultural de Brasília, bem como na organização dos acervos históricos das entidades, que contam com importantes - e ainda pouco conhecidos - documentos sobre a capital. Entre os documentos preservados pelo IHG-DF, destacam-se registros e instrumentos do engenheiro Joffre Mozart Parada, utilizados na demarcação do marco zero de Brasília, além da ata de fundação do Instituto, assinada por Juscelino Kubitschek. Já no acervo do IAB-DF, encontra-se um documento inédito de 1922, no qual os arquitetos fundadores da entidade defendem a escolha do projeto de Brasília por meio de concurso público e a contratação da obra via licitação – um registro relevante sobre a atuação da categoria na defesa de boas práticas para projetos e obras públicas. A parceria entre o IHG-DF e o IAB-DF, firmada em um ano de celebrações e reflexões sobre a história da capital, representa um importante passo na valorização e preservação da memória de instituições que ajudaram a construir e consolidar Brasília e que agora buscam construir caminhos para um futuro mais justo e qualificado para o DF. Crédito das Imagens: IHG-DF O Instituto de Arquitetos do Brasil - Departamento do Distrito Federal (IAB.DF), com apoio da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (FAU-UnB) e patrocínio do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal (CAU-DF), deu início às atividades públicas no mês de julho.
As primeiras atividades realizadas podem ser conferidas aqui: https://www.iabdf.org.br/noticias/comecam-as-atividades-do-projeto-a-construcao-da-profissao A terceira atividade aconteceu no dia 05 de setembro, no auditório da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (FAU-UnB), com as temáticas: 'Acervos de arquitetura: potencial construtivo, potência histórico, ameaças e ativo cultural' e 'A formação da profissão de Arquitetura e Urbanismo no Brasil'. As palestras foram ministradas por Paula André e Danilo Matoso, cujas apresentações se intitulam, respectivamente 'Do Arquivo ao Atlas: infinitos sentidos dos valores culturais da arquitetura' e 'Por uma política nacional de acervos de Arquitetura e Urbanismo'. A gravação está disponibilizada no instagram do IAB.DF e pode ser acessada através do link: https://www.instagram.com/reel/Cw1GYAOs_En/?igsh=bGE2eWk0dzBuZ2Vj A quarta e última atividade do ciclo de palestras foi realizada no dia 13 de setembro, no auditório do CAU-DF, com as temáticas 'Pesquisar, construir narrativas e exposições' e 'Construção de novas narrativas a partir de acervos documentais'. As palestras foram ministradas por Ana Flávia Magalhães e Paulo Tavares, intituladas, respectivamente: 'Da reintegração de posse e desmonumentalização do racismo: exercícios de letramento histórico' e 'Pavilhão Terra'. A gravação está disponibilizada no canal do IAB.DF no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=cn4AOSNRL0Y&list=PLc5HZcUp1uXuqn_9ERadTThgGP-mL3r2n&index=2 A primeira atividade do ciclo de oficinas foi realizada no dia 16 de setembro, na sede administrativa do IAB.DF, intitulada: Oficina de gestão documental com foco em memória institucional, ministrada pela arquivista Roseni Ximenes. A oficina tratou de conteúdos sobre arquivologia e gestão documental, compreensão sobre a memória institucional de arquivos, além da orientação prática para o dia-a-dia do tratamento de acervos. A segunda atividade do ciclo de oficinas foi realizada em 30 de setembro, também na sede administrativa do IAB.DF, intitulada: Noções básicas de conservação de acervos documentais em papel, ministrada pela arquiteta Ana Cláudia Magalhães, especialista em Conservação e Restauração. A Oficina tratou de conceito e práticas de conservação de acervos documentais em papel, com conteúdos sobre agentes de degradação e procedimentos de higienização. Ambas as oficinas tiveram inscrição aberta, divulgada através das redes do CAU/DF e do IAB.DF, e contaram com lanche para os participantes. Por se tratar de atividade presencial e limitada, não há gravação disponível. Aproveitamos novamente para agradecer todos e todas as palestrantes e oficiantes que participaram do nosso projeto, a Arquitetura ganha muito com profissionais como vocês! O projeto "A Construção da Profissão" foi coordenado e executado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil, Departamento do Distrito Federal (IAB.DF), com patrocínio do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal (CAU/DF).
O projeto se iniciou em 2017, tendo em princípio as atividades voltadas para reorganização e alocação desse acervo localizado no DF. Através disso, foram sendo desenvolvidos outros projetos, todos com base no acervo do IAB. Em 2023, através do edital de fomento do CAU/DF, o projeto ganhou um cunho educativo e cultural mais intenso, pois compreendia também palestras e oficinas com profissionais da arquitetura e arquivologia. Todas as atividades foram feitas pensando no objetivo final do IAB: a Exposição. O processo de organização e gestão dos materiais foi realizado por Cecília Almeida, (Diretora Cultural), junto da equipe de projeto, composta por Luiz Eduardo Sarmento (Presidente), Luiza Dias Coelho (Conselheira Superior), Raquel Freire (Conselheira Superior) e André Tavares (Coordenação Especial das Comissões e Articulação Política). O projeto expográfico assinado pelos arquitetos, Rick Hudson (Hudson Castro Arquitetura) e André Tavares, foi concebido com a ideia de combinar a linguagem do tema "A Construção da Profissão" à atmosfera de um canteiro de obra. Para isso, foram utilizados elementos como cabo de aço, pinos de madeira e papel, compondo o elemento central da exposição. Elementos de linguagem como andaimes e fachadeiro foram incorporados para reforçar essa temática, juntamente com cavaletes e iluminação com fios e spots aparentes, similares às instalações encontradas em canteiros de obra. Além disso, a cor vermelha, simbolizando a entidade, foi integrada, juntamente com obras de arte, fotografias e murais colaborativos, demonstrando a amplitude de atuação na arquitetura e urbanismo e reforçando a importância da estética como elemento de comunicação e linguagem. Destaca-se também que a exposição foi modular, permitindo 56 painéis, dispostos verticalmente pela galeria, pudessem ser adaptados a outras galerias, uma vez que o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) é uma entidade nacional, e a abertura de seu acervo é de interesse público e cultural. O conteúdo dos painéis foi organizado por Julia Bianchi, que desenvolveu o design das peças curadas pela equipe do IAB. Por se tratar de um acervo majoritariamente arquivístico, com muitos papéis, o trabalho demandou seleção, digitalização e destaque dos documentos encontrados. Através disso, foram dispostas as informações que consideramos mais relevantes, dentre elas, a participação do IAB no enfrentamento à ditadura militar, a participação no concurso para Brasília, a presença oficial enquanto membros de comissão para discussão e elaboração da Constituinte, dentre outros. O resultado pode ser conferido na Galeria do CAU/DF, na 510 Norte, em Brasília, dos dias 20 de março a 20 de maio de 2024. Ficha técnica Instituto de Arquitetos do Brasil - Departamento do Distrito Federal A construção da profissão Ficha técnica Concepção e Organização do Projeto Luiz Eduardo Sarmento Luiza Dias Coelho Equipe Curatorial Luiz Eduardo Sarmento Cecília Almeida Luiza Dias Coelho Júlia Bianchi Raquel Freire Produção Júlia Bianchi Cecília Almeida Luiz Eduardo Sarmento Luiza Dias Coelho Raquel Freire André Tavares José Leme Galvão Jr. (Soneca) Pesquisa, organização dos originais e textos Cecília Almeida Luiz Eduardo Sarmento Júlia Bianchi Raquel Freire José Leme Galvão Jr. (Soneca) Luiza Dias Coelho André Tavares Lais Petra Lobato Martins Ana Elisa Carnaúba Digitalização e Tratamento Cecília Almeida Júlia Bianchi Luiz Eduardo Sarmento Projeto Expográfico Rick Hudson André Tavares Design Gráfico Júlia Bianchi Cecília Almeida Montagem e produção Rick Hudson André Tavares Gestão financeira e administrativa Leonardo Sá Palestras e Oficinas de Formação Ana Cláudia Magalhães Ana Flávia Magalhães Pinto Danilo Matoso Gabriela Bilá Luiza Dias Coelho Marcelo Sávio Muhammad Bazila Paula André Paulo Tavares Roseni Corrêa Organização e Produção das palestras Cecília Almeida Matías Ocaranza Raquel Freire Bruna Ruperto João Lima Farias Ana Elisa Carnaúba Registros Cecília Almeida Matías Ocaranza Luiz Eduardo Sarmento Agradecimentos Alessandro Viana, Amilcar Coelho Chaves, Ana Cláudia Magalhães, Ana Flávia Magalhães Pinto, Ana Luísa Pires Pedreira, Ana Paula Campos Gurgel, Antônio Carlos Moraes de Castro, Beatriz Helena Monteiro, Bruna Ruperto, Caio Frederico e Silva, Coarquitetos, Daniela Borges dos Santos, Daniela Dino, Danilo Fleury, Danilo Matoso, Dante Akira Uwai, Eduardo Ancrin, Flávia Dourado, Flávio Oliveira, Gabriela Bilá, Gabriela Cascelli Farinasso, Gabriel Góes, Giselle Moll Mascarenhas, Gilson Paranhos, Haroldo Pinheiro, Joana França, João Augusto Pereira Jr, José Leme Galvão Jr, Júlia Lopes, Juliana Albuquerque, Jorge Henrique Martins, Letícia Pacheco, Leonardo Sá, Lia Soares, Lorena Pinheiro de Farias, Maria Cláudia Candeia, Marília Campos, Marcelo Sávio, Margarida Massimo, Maria Elisa Baptista, Matheus Henrique dos Santos, Mescla Arquitetura, Mônica Blanco, Muhammad Bazila, Paula André, Paulo Henrique Paranhos, Paulo Tavares, Pedro de Almeida Grilo, Pedro Roberto da Silva Neto, Phellipe Macedo, Ricardo Meira, Roberta Borges, Rômulo Alves, Roseni Corrêa, Sylvia Ficher, Talita Andrade, Thiago Teixeira de Andrade, Vera França e Leite. Realização Instituto de Arquitetos do Brasil - Departamento do Distrito Federal (IAB.DF) Patrocínio Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal (CAU/DF) Apoio Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (FAU/UnB) Contribuição do IAB DF aos debates dos eventos sobre o QUITANDINHA +60 No ano em que se comemoram os 60 anos do Seminário de Habitação e Reforma Urbana (s.HRu), o Instituto de Arquitetos do Brasil - Departamento do Distrito Federal (IAB.DF) oferece aos participantes do evento este registro dos debates ocorridos em 1963. O evento idealizado pelo IAB e organizado conjuntamente com o IPASE (Instituto de Previdência e Aposentadoria dos Servidores do Estado) ocorreu em três cidades, na sede do IAB em São Paulo, no Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro, e, em seguida, no Hotel Quitandinha em Petrópolis, o que fez esse importante encontro ficar conhecido como Seminário de Quitandinha. O material que ora apresentamos foi publicado na Edição de Nº 15 da ARQUITETURA, “órgão oficial do Instituto de Arquitetos do Brasil”, de setembro de 1963. ARQUITETURA era a revista cultural do IAB que circulou nacionalmente de agosto de 1961 a dezembro de 1968, que não apenas publicava projetos e obras arquitetônicas e urbanísticas relevantes do Brasil e do Mundo, como também era espaço de promoção do design moderno, das artes visuais, cinema e literatura, além de teses e conceitos sobre os principais problemas e soluções para os espaços construídos. Lançada em um momento de enorme esperança para brasileiros e brasileiras, a revista saiu de circulação quando a Ditadura Militar mostrou seu lado mais repressor. Anteriormente à publicação do “Documento Final do Seminário”, houve um enorme esforço do IAB, por meio de sua revista, em fazer circular opiniões sobre os problemas mais urgentes das cidades brasileiras. Temas como a importância dos planos diretores, a relação de saúde com habitação adequada e o problema do déficit quantitativo e qualitativo habitacional no Brasil estamparam as páginas de diversas edições da publicação, fomentando um pensamento crítico e colocando o tema na ordem do dia, ao menos entre as/os profissionais de arquitetura e urbanismo. O propósito do s.HRu foi elaborar “um programa de atividades com o objetivo de conseguir do Governo as medidas indispensáveis para enfrentar o problema da habitação e do planejamento dos aglomerados humanos brasileiros”, conforme artigo publicado na edição da ARQUITETURA, de junho de 1963, que ressaltava: “esta atividade do IAB tem sido traduzida pela ação junto ao Poder Público e pelo esclarecimento da população”, visando encontrar uma solução global para a questão dos “problemas de planejamento urbano e de habitação”. Por meio da republicação desses documentos históricos, pretendemos que, com um olhar atento à nossas conquistas do passado, frutos de enorme esforço coletivo, possamos novamente nos colocar como instrumentos de construção do futuro, de políticas públicas adequadas e baseadas em conhecimentos técnicos e participação social. Também almejamos formular soluções para os problemas que existiam em 1963 e que hoje estão ainda mais graves. Ressaltamos que a relevância do s.HRu e seu impacto nas políticas públicas e na transformação das condições de vida da população - apesar da ditadura que golpeou violentamente o sonho da moradia digna e da reforma urbana - só foi possível graças a um exaustivo trabalho coletivo de elaboração de propostas e da articulação com o poder público, que incluía a participação direta da Presidência da República, no governo João Goulart, no contexto das Reformas de Base. A partir do Seminário, os conceitos de reforma urbana e de moradia digna passaram a fazer parte do léxico de quem luta por cidades justas e pelo direito ao habitat adequado e, posteriormente, das políticas públicas. Neste momento de reconstrução do país e de suas instituições, o IAB.DF deseja a todas e todos um excelente Seminário. Que todos os coletivos, entidades, instituições de ensino e movimentos sociais aqui reunidos para discutir O Povo, Sua Casa, Sua Cidade, consigam não apenas aprofundar as análises sobre os problemas urbanos brasileiros, mas também propor soluções adequadas para enfrentar um mundo ainda mais desigual, violento e em acelerado colapso ambiental. Que as estratégias e propostas de 1963 nos inspirem! Um outro mundo é possível! Brasília, 21 de outubro de 2023. Luiz Eduardo Sarmento Presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil Departamento do DF 🏛️✨ Anunciamos a 176ª Reunião do Conselho Superior do IAB (COSU)! 🏙️
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