A partir deste sábado (10 de maio), a Bienal de Arquitetura de Veneza 2025 abre para visitação com participação destacada de arquitetos de Brasília. O pavilhão do Brasil na mostra, que chega à 19ª edição, abriga a exposição “(RE)INVENÇÃO” que tem como curadores a arquiteta Luciana Saboia e os arquitetos Eder Alencar e Matheus Seco, do grupo Plano Coletivo, todos egressos da UnB. A pré-abertura, no dia 8, foi prestigiada pela diretoria da Bienal de São Paulo, por representantes da embaixada brasileira e do Ministério da Cultura, apoiadores da iniciativa junto com o Ministério das Relações Exteriores.
A escolha dos curadores reforça o papel de Brasília como laboratório de inovações urbanas e projeta respostas arquitetônicas criadas no Brasil. Em diálogo com o tema central da Bienal “Intelligens. Natural. Artificial. Collective”, os arquitetos levaram para a mostra internacional um projeto curatorial e expográfico dedicado a estimular a reflexão sobre interações entre natureza, infraestruturas ancestrais e contemporâneas. “Fizemos uma seleção de doze estratégias, cada uma conectada com um projeto diferente”, explica Matheus Seco, que também é ex-presidente do IAB/DF. Ele e os colegas desembarcaram em Veneza a tempo de acompanhar a montagem de parte da exposição, processo executado pelo arquiteto italiano Mateo Eiletz e a equipe da EO Architects. Os curadores estiveram envolvidos ativamente nas decisões sobre a estruturação da sala aérea, um dos espaços em que exploram estratégias contemporâneas embutidas nas cidades brasileiras. “É uma sala suspensa do chão e, na montagem, a gente teve contato direto com a equipe italiana, tanto com supervisores e gerenciadores, como o Mateo Eiletz, quanto com as pessoas que executaram as peças que a gente fez”, relatou o arquiteto. O processo personalizado da criação faz com que a mostra se assemelhe a uma obra no estilo site-specific, elaborada especialmente para o local. Além de participar das decisões, a equipe teve oportunidade de conhecer o processo de produção das peças. “As pedras que a gente usou como contrapeso da exposição são das regiões dos arredores de Veneza, que é mármore bruto e foram esculpidas para chegar no peso máximo de 25 kg. Elas foram produzidas por um artesão que trabalha na basílica de San Marco”, conta. Para Matheus, a montagem manteve a característica colaborativa da concepção. “Assim como o pavilhão é reflexo de um trabalho conjunto, a instalação tem um pouco disso também. A gente definiu coisas juntos, se adaptou. Acho que foi uma das coisas mais ricas da experiência” afirma o arquiteto. A 19ª Bienal de Arquitetura de Veneza ocorre de 10 de maio a 23 de novembro e projetará para o mundo a arquitetura de 65 países nos seus pavilhões. A curadoria da mostra é assinada pelo arquiteto e engenheiro Carlo Ratti. Leia também: A Bienal de Arquitetura de Veneza de 2025 contará com uma forte presença de profissionais de Brasília!
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Maio 2025
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